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Procurando Dory | A origem e o processo criativo do polvo Hank

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Em Procurando Dory (2016), fomos apresentados a novos personagens e um deles, provavelmente o favorito de muitos, foi o Hank, um polvo septópode. Por trás de sua personalidade levemente arrogante, existe um verdadeiro estudo e complexidade tanto de sua origem quanto de sua criação.

Podem acreditar, no meio da imensidão azul, existe, sim, um polvo capaz de se camuflar como Hank. O nome dele é polvo mímico, presente na Malásia e Indonésia e ele foi descoberto em 1998. Essa espécie, diferentemente do filme, não se camufla somente em superfícies, como também imita outras criaturas marinhas.

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O curioso é que ele age dessa forma como uma manobra de iludir seus predadores, ao contrário do que outros animais fazem que é para intimidá-los ou evitá-los. E, além disso, ele não precisa se sentir ameaçado ou ter um animal “modelo” para se camuflar, o polvo mímico faz isso enquanto nada por aí.

Lembram quando Hank está no tanque infantil e um criança o aperta e ele libera uma tinta? O mesmo acontece com o animal quando ele está nadando e quer escapar de forma rápida. E por que os tentáculos são tão compridos? Isso é para capturar suas presas que são peixes e crustáceos.

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Com toda essa evolução natural que o animal possui, imagina transportar para o mundo da animação, trazendo todos os aspectos para que fique o mais próximo do real possível? Com certeza foi um trabalho bem difícil para a equipe do longa-metragem.

O que em Procurando Nemo (2003) seria impossível de fazer, em Procurando Dory, a complexidade do polvo mímico pôde ser executada com sucesso, mesmo sendo em um longo período. Somente a primeira cena em que Hank aparece para falar com a Dory levou dois anos para ser feita.

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Mike Stocker, um dos animadores que supervisionou Hank, conta: “Uma das coisas mais difíceis que tivemos que fazer foi desconstruir como que isso [o movimento do polvo] funciona e depois reproduzir dentro do equipamento que Jeremy [supervisor de Hank] fez. Como pessoa, eu tenho ossos, juntas e regras — meus braços podem fazer coisas que eu sei o que são.”

O equipamento comentado por Stocker foi criado por Jeremy Talbot, outro supervisor de animação do Hank, e faz com que ele se mexa, se estique, abaixe e suba — explicamos com mais detalhes em uma matéria anterior. Porém, equipe de Stocker não sabia como operá-lo, devido a essa dificuldade de reproduzir o movimento do animal, ou seja, apenas esse processo levou um ano.

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E após todo esse processo de desconstrução, John Halstaad, supervisor de direção técnica do filme, passa um pente fino em detalhes bem sutis. Um deles é quando Hank está em qualquer superfície. Seus sugadores devem estar apoiados, não penetrados no local, e jamais esses elementos dos tentáculos estão esmagados para não demonstrar o peso.

São esses cuidados que fazem o longa-metragem do Pixar Animation Studios trazer tantos comentários positivos, pois apesar de anos de produção, são anos produzindo detalhes e grandes imagens que irão impressionar todos os espectadores.

Família“:

Um ano após reunir Marlin e Nemo, Dory subitamente se lembra das memórias de sua infância. Acompanhada por seus amigos, ela parte em busca de sua família e chega ao Instituto de Vida Marinha em Monterey, na Califórnia, onde conhece três novos amigos: Bailey, uma baleia branca; Destiny, um tubarão-baleia; e Hank, um polvo, que se torna o seu guia no local.

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Escrito por Catarina

Colecionadora de tsum tsums, seu filme favorito da Disney varia de acordo com o humor. Apaixonada pelas trilhas sonoras da Disney e o mascote do site é o seu maior xodó gráfico.