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Procurando Dory | Avanços e dificuldades tecnológicas enfrentados pela equipe

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Treze anos se passaram desde a estreia de Procurando Nemo, em 2003. E durante esse período, a tecnologia e a computação gráfica avançaram de modo excepcional. Um dos desafios enfrentados pela equipe criativa por trás de Procurando Dory foi como conciliar a evolução tecnológica e a essência visual do longa-metragem original.

Ellen DeGeneres, voz original de Dory, a qual sofre de perda de memória recente, ficou surpresa com o visual do primeiro filme, e ainda mais espantada com a qualidade dessa tão aguardada sequência. “Eu pensava que Procurando Nemo parecia incrível, a água e como eles fizeram todos os cenários. Porém, isso foi muito além.

Um dos desafios da produção foi conciliar o visual original com os avanços tecnológicos.

Segundo John Halstead, supervisor de direção técnica da animação, existe algo em comum entre as duas produções. Em ambas, o Pixar Animation Studios procurou por ferramentas com as quais poderiam expandir o alcance criativo e trabalhar de modo mais eficiente. A diferença fica por conta da continuação ter trazido três saltos tecnológicos.

O primeiro foi o uso do RIS, a nova geração do RenderMan, sistema de renderização desenvolvido pelo estúdio, o qual permite uma melhor simulação do comportamento da luz. “Efeitos complicados, como reflexão e refração, aparentam mais sofisticados e são tratados automaticamente pelo sistema. Isso permite os artistas focarem na parte criativa,” explica Halstead.

Michael Stocker, supervisor de animação, trabalha na movimentação de Hank.

A equipe também desenvolveu um novo sistema chamado Universal Scene Description (USD). A ferramenta permite a reutilização de modelos e cenas sem a necessidade de recriá-los para diferentes programas de animação e edição, simplificando e centralizando todo o processo de produção do longa-metragem; e ao mesmo tempo, criar objetos e cenários ricos em detalhes.

Por fim, a última inovação foi o sistema de animação Presto. Embora o programa já venha sendo usado desde Valente (2012), o estúdio adicionou novas habilidades, as quais, por exemplo, facilitaram a movimentação dos sete tentáculos do rabugento polvo Hank (voz original de Ed O’Neill), algo inimaginável para os animadores há treze anos.

A paleta de cores e formas do longa-metragem de 2003 foram mantidas na continuação.

Com todas essas novidades, seria muito simples para a equipe criar um longa-metragem completamente destoante e sem o visual familiar do filme original. Para Halstead, o segredo foi a atenção aos detalhes por toda a linha produção, desde o departamento de arte até ao de iluminação e além.

Usamos muitas das mesmas formas e cores do primeiro filme. O público irá reconhecer corais, algas, gramas e muito mais. O modo como criamos esses efeitos pode ter mudado, mas ainda são os mesmos conceitos de Nemo,” comenta Halstead, para quem Procurando Dory aparenta muito mais sofisticado esteticamente.

Jeremy Lasky foi responsável pela direção da fotografia do filme original e da sequência.

Há mais de uma década, um grupo de quatro funcionários do estúdio levou mais de seis meses para descobrir como renderizar um simples aquário no consultório de um dentista. Com o RIS, criar o visual da água e até de vidro ficou muito simples. Agora, é possível montar aquários de todos os tamanhos e formas, e colocá-los em qualquer lugar do cenário sem grandes preocupações.

Nosso objetivo para a tecnologia no estúdio continua o mesmo,” conta Halstead, a respeito do Pixar Animation Studios abraçar novas tecnologias para tornar cada filme mais realístico. “Nós queremos dar aos nossos artistas as melhores ferramentas para eles contarem as melhores histórias.” Toda essa maravilha tecnológica poderá ser vista a partir de 30 de Junho, nos cinemas.

Novo comercial de Procurando Dory:

Seis meses após reunir Marlin e Nemo, Dory subitamente se lembra das memórias de sua infância. Acompanhada por seus amigos, ela parte em busca de sua família e chega ao Instituto de Vida Marinha em Monterey, na Califórnia, onde conhece três novos amigos: Bailey, uma baleia branca; Destiny, um tubarão-baleia; e Hank, um polvo, que se torna o seu guia no local.

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Escrito por Lucas

Um grande aficionado por cinema, séries, livros e, claro, pelo Universo Disney. Estão entre os seus clássicos favoritos: "O Rei Leão", " A Bela e a Fera", " Planeta do Tesouro", "A Família do Futuro" e "Operação Big Hero".