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Mogli – O Menino Lobo | Crítica de Fã Para Fã

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O receio é inevitável, uma obra clássica da Era de Ouro sendo refeita quase que totalmente em computador – com Mogli sendo a exceção – e muitas vozes de famosos tanto lá fora quanto no Brasil. Nesta crítica, vamos comentar nossas impressões sobre o mais novo lançamento do Walt Disney Studios nos cinemas. E não se preocupe, pois aqui não comentaremos a história do filme.

Antes de tudo, o filme é visualmente verossímil, com exceção de algumas poucas cenas, você consegue acreditar na fantasia do filhote de homem interagindo com os animais da floresta. O fundo verde dá lugar a uma boa interação entre todos os personagens em tela. Particularmente, os movimentos e texturas dos animais ficaram primorosos e realmente parecem reais.

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A fotografia é belíssima, os cenários das florestas e montanhas, de fato, são de encher os olhos, independentemente de serem reais ou não. As transições e efeitos de cena são criativos e primorosos.

O 3D também ficou interessante, nas primeiras cenas, parece confuso e estranho, mas em pouco tempo se estabiliza e fica natural ao filme. Contudo, se preferir a versão regular, ou se não tiver sessões em 3D nos horários e locais que preferir, não será uma grande perda. Já é uma afirmação generalizada, atualmente, a opção em 3D é para quem gosta.

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A dublagem brasileira é certeira, ao passo que temos grandes nomes de Hollywood na versão original, aqui temos renomados artistas globais que trazem voz à edição nacional do filme. Como nós, de O Camundongo, tivemos a oportunidade de assistir à ambas as versões, podemos afirmar com propriedade que a dublagem local é muito similar à original, com uma boa dose de adaptações divertidas e que apenas agregam à produção, frente ao público brasileiro.

É claro que existem perdas quando se adapta uma piada, por exemplo, mas não é algo que possa ser caracterizado como um problema, já que a balança fica muito equilibrada. A Disney segue com seu histórico de acertos nas dublagens brasileiras, com poucos pontos negativos em todas estas décadas.

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Baloo com seu jeito malandro, Bagheera e sua sobriedade e sensatez, Kaa com seu encanto sorrateiro, Rei Louie com sua pompa e, finalmente, Mogli explorador e curioso. Todos são muito bem personificados tanto na versão original quanto na brasileira.

Uma única observação fica quanto ao dublador de Mogli no Brasil, que transparece falta de preparo em alguns momentos, mas, considerando seu personagem e sua idade, fica até interessante, em última análise.

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A trilha sonora fica por conta do veterano John Debney, que já trabalhou diversas vezes com a Disney, como em A Nova Onda do Imperador (2000) e O Diário da Princesa (2001), além de dezenas de outros filmes em seus quase trinta anos de carreira. A trilha, em si, é muito adequada e passa o sentimento certo nos momentos devidos. O destaque fica para composições inspiradas na clássica animação que serviu de referência para o filme.

Como resultado, temos um filme profundo, com valores como amizade, família e lealdade. O roteiro não se prende à animação original, mas presta muitas homenagens a ele e consegue consolidar o melhor do universo do Livro da Selva e seus personagens em uma produção que vale a pena ser conferida.

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Escrito por Jonas

O diretor de marketing de O Camundongo iniciou sua aventura virtual com a Disney há mais de seis anos e, desde então, acompanha o crescimento do projeto e se orgulha do que foi e será feito por aqui.