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Conheça Michael Sheen de TRON: O LEGADO

Conheça muito mais sobre Michael Sheen que interpreta o programa Castor em "Tron: O Legado", a grande estreia de hoje!

Finalmente chegou! É hoje o grande lançamento de Tron: O Legado“! Aproveite e conheça Michael Sheen (que interpreta o programa Castor)! O artista é reconhecido como um dos atores britânicos mais talentosos da nova geração e é igualmente bem-sucedido no teatro e no cinema. Sheen foi visto e ouvido mais recentemente em uma ampla variedade de desempenhos, tais como: Aro, o líder da realeza dos vampiros Volturi, no segundo capítulo da saga Crepúsculo – Lua Nova; como Brian Clough em Maldito Futebol Clube, a história de humor negro sobre os 44 dias fatídicos de Brian Clough no cargo de dirigente do time Leeds United da Inglaterra em 1974; como a voz do Coelho Branco no campeão de bilheteria Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton; como protagonista do último filme da trilogia de Tony Blair, The Special Relationship, pelo qual foi indicado ao Emmy®; e em um papel recorrente na séria cômica de sucesso 30 Rock. Entre seus créditos mais recentes estão dois indicados ao prêmio da Academia ® de Melhor Filme: Frost/Nixon, dirigido por Ron Howard a partir da adaptação para o cinema da peça de Peter Morgan, no qual estrelou como David Frost e Anjos da Noite – A Rebelião, o filme que conta as origens da história da popular franquia.

Entre outros créditos memoráveis de Sheen estão desempenhos em projetos como: Anjos da Noite, O Poder da Esperança, A Rainha, Diamantes de Sangue, Leis da Atração, Sexo, Escândalo e Celebridade, Honra e Coragem – As Quatro Plumas, Wilde – O Primeiro Homem Moderno e Atraídos pela Fama.

Em janeiro de 2009, Sheen foi incluído na lista de honra anual da Rainha para ser nomeado Cavaleiro da Ordem do Império Britânico (OBE) por sua contribuição às Artes.

Michael Sheen interpreta Castor em TRON – O Legado, a aventura high tech 3D que chega aos cinemas nos EUA em 17 de dezembro de 2010, em Disney Digital 3D™ e IMAX® 3D.

P: Como você se envolveu em TRON: O Legado?

R: Minha equipe me falou que o filme estava sendo feito e os cineastas estavam interessados em se encontrar comigo para falar sobre a minha participação. Naquele momento, havia um problema, porque eu estava muito desesperado para fazer parte do projeto e não houve nenhuma margem de negociação para os meus agentes. Então, por outro lado, eu tive que fingir que não estava muito certo sobre se queria isso, mas, na verdade, eu queria entrar de cabeça. Então fui conversar com a Disney e com o diretor Joseph Kosinski e eles me mostraram a arte e umas cenas com testes de efeitos visuais. Falamos sobre o personagem e ele fez uma apresentação completa. E, de novo, eu tive que fingir que não tinha certeza, tipo: “Hum, é, tudo bem, talvez, veremos, hum, talvez”, quando, na verdade, eu só queria dizer: “Claro, por favor”. Foi assim que eu me envolvi.

P: Você entrou para aquele mundo e se tornou um personagem chamado Castor. Podia nos contar alguma coisa sobre ele?

P: Quando me encontrei pela primeira vez com Joe e todo mundo, eles disseram: “Queremos que este personagem seja um produtor de espetáculos, e queremos que ele traga uma energia inteiramente nova para o mundo de TRON. Ele é exuberante. É um artista e mestre de cerimônias. Ele é um personagem muito colorido quando o encontramos. Mas também não temos nunca muita certeza se podemos confiar nele ou não. Ele é como uma bela joia – deslumbrante e brilhante, porém você não sabe se é certo possuí-la. Eu adoro essa ideia. Adoro a ambiguidade do personagem. Adoro o aspecto escandaloso do personagem, e também há algo muito diferente acontecendo em seu interior. Ele tem uma moralidade dúbia. Eu gosto da ideia de poder explorar essas coisas, e a ideia de um personagem que é um camaleão. Todos os personagens no mundo de TRON são personificações de programas de computador. Então eu acho que o programa em que o meu personagem foi baseado é algo que se adapta como um corvo, que rouba coisas de todos os lugares. Castor assimila coisas constantemente. Eu queria passar a ideia de que este personagem pudesse em um momento parecer Mae West ou Frank N. Furter, de Rocky Horror Show ou David Bowie. Ele é meio um astro de rock, é um pouco ator, é um pouco de tudo. Eu gosto da ideia de combinar os elementos.

P: Como isso foi traduzido no visual?

R: Nós usamos o personagem David Bowie, Ziggy Stardust, como um ponto de referência para alguns aspectos. O visual do mundo de TRON: O Legado é muito inorgânico. É muito fabricado e, então, precisávamos achar algo no visual que fosse bastante clínico e primitivo, com linhas retas e coisas assim. Nós desenvolvemos o visual com base nisso. Sabíamos que ele seria branco, ao contrário do negro dos outros personagens, e como um artista de circo, no centro do picadeiro. Ele é diferente de todos os outros. O branco é muito forte, eu acho.

P: Em meio a todo esse visual, em meio a todos esses brinquedos, ainda há a história humana. Qual é a história humana no centro de TRON – O Legado?

R: Bem, é a história mais antiga do mundo. Há tantos mitos e fábulas sobre alguém que parte em busca de suas origens. Um filho em busca do pai – é essa a história no centro do filme. É como O Mágico de Oz. É a história clássica de alguém que sai do mundo real, do seu cotidiano normal e é levado pelo destino e jogado em um mundo totalmente novo e estranho. Fazem amizade e fazem inimizades. E também passam por uma jornada. Não é só uma jornada de descoberta deste novo mundo, é também uma jornada de descoberta deles mesmos. Em dado momento, descobrem algo incrivelmente essencial sobre eles e algo muito familiar. Então, ao serem retirados do mundo familiar, passa-se por uma jornada no desconhecido para encontrar algo muito conhecido para você, que é, nesse caso, o pai dele, o pai de Sam. É uma história muito simples, mas também incrivelmente complexa, e algo com que qualquer pessoa é capaz de se identificar. O filme utiliza a tecnologia mais moderna que há hoje em dia, mas no centro há uma história muito simples e muito antiga.

P: O que Joseph Kosinski agrega como diretor?

R: Eu acho que Joe agrega um conjunto muito especial de qualidades e habilidades a esta história, e é muito raro encontrá-las. O mundo de TRON: O Legado tem que ser convincente e isso foi um dos aspectos mais importantes que tornou o primeiro filme tão extraordinário. O histórico de Joe em arquitetura e sua estética, em particular, é bem kubrickiana, é muito clean e muito real. Você, de fato, acredita. É muito detalhado e realista de um modo não orgânico. Você acredita piamente que este é um mundo real em que programas coexistam com uma sociedade e uma cultura. Todos os diferentes automóveis, as motos de luz e todas essas coisas, parecem que funcionam. Você acredita que faltam poucos passos até que isso de fato aconteça. Eu acho que isso foi essencial para este filme. E Joe certamente trouxe isso – é o primeiro filme dele, o que é incrível, porque foi uma enorme operação. Assisti-lo movimentar a câmera nesses ambientes criados foi fantástico.

P: Como é a música de TRON: O Legado?

R: Tem uma trilha sonora excelente. Eles são a banda da minha casa noturna, o End of the Line Club. Eu fiz o melhor trabalho neste filme realmente, porque no projeto que tinha tanto CGI e tela verde, eu pude ficar num cenário incrível, que é uma boate, com centenas de figurantes. Coitados de Jeff, Garrett e Olivia, eles tiveram que atuar com poucas pessoas perto deles, em trajes bizarros, com telas verdes por toda parte. Eu chegava e estava no melhor cenário do mundo, com centenas de pessoas, com um visual incrível, junto com Steve Lisberger como o meu barman atrás do bar, e Daft Punk como a banda da minha boate, tocando músicas para mim. Na verdade, em um momento, ele improvisaram uma música para eu dançar. Não pode ser melhor do que isso. 

P: O que Steven Lisberger começou com TRON agora se tornou este mundo incrível. E se você tivesse que descrever o que esse mundo se tornou, o mundo de TRON: O Legado, como o descreveria?

R: Tornou-se uma uber-cidade. Uma das coisas que eu sempre adoro em Nova York é que quando você chega, parece que é infinita, embora geograficamente tenha um limite. Mas de alguma forma ela representa uma gama de possibilidades obscuras, eletrizantes e infinitas – de alguma forma, é um mundo em que você pode se aprofundar mais e mais. Você não sabe para onde cada esquina irá levá-lo. Há infinitas possibilidades. Acho que o mundo de TRON é isso. É isso que eles criaram neste filme. Este lugar, eu suponho, que tem limites geográficos, mas parece sem fronteiras. E, se você for ao submundo, não saberá onde vai parar. De alguma forma, as pessoas podem se perder neste lugar e nunca mais saírem. É ao mesmo tempo atraente e eletrizante por essa razão, mas também é muito, muito apavorante… e potencialmente letal também.

P: Seu entusiasmo de fazer parte teve a ver com o TRON original?

R: Eu assisti ao filme original quando eu tinha uns 11 anos, então eu era alvo primário do filme, ou material perfeito para o filme. Meu tio me levou ao cinema e foi incrível. Eu me lembro de assistir e de ser um mundo completamente diferente. Eu nunca tinha visto nada parecido. É claro que naquela época, bem no início dos videogames, toda a ideia de vídeos e de jogos de computador ainda era muito nova para mim. Eu ainda vacilava entre brincar no vizinho e assistir a Pong. Sabe, Beep, beep, e pensar: O mundo enlouqueceu. Estamos vivendo no futuro. O que vai acontecer agora? Acho que o primeiro filme abordou isso, o início da tecnologia e a desconfiança dela. É bonito, porém há algo muito assustador. Lembro que quando assisti ao primeiro TRON, eu fiquei com muito medo. Mas também era muito alucinante de certa forma, com aquele visual de filme mudo, e, ao mesmo tempo, futurista… então, tratava-se dos dois, do futuro e do passado. Era bonito e aterrorizante. Realmente mexeu comigo.

P: A experiência que teve é obviamente comunitária, porque você acaba de chegar da Comic-Con, com uma sala lotada com cerca de 6 mil fãs. O que tem esse filme? É a tecnologia emergente? Foi a nostalgia? O que acha que inspirou uma atração tão apaixonante?

R: Eu acho que se você observar sobre o que é a história, um cara que mexe com jogos de computador e que, de repente, entra nesse mundo. É isso que acontece com a gente como uma cultura. Nós entramos nesse mundo e é onde vivemos agora. Nós vivemos nessa realidade quase virtual. Eu acho que o filme criou um mito sobre o que estava acontecendo em nossa cultura no momento. Acho que é como os mitos funcionam; é assim também que os filmes funcionam. Há coisas que precisamos assimilar em nossa vida. Histórias nos ajudam a fazer isso, estejamos ou não conscientes disso. Eu acho que TRON fez isso para um mundo que estava apenas começando a lidar com as possibilidades dos gráficos e jogos de computador. Então, na minha opinião, há um enorme carinho pelo filme por essa razão. Não só carinho, ele tocou em algo na cultura do momento. Também, porque não foi necessariamente visto como o maior sucesso comercial da época, embora tenha causado grande impacto na cultura popular, no cinema em especial. Eu acho que você leva no coração um filme que talvez tenha sido negligenciado de alguma forma, e que tenha sido certamente muito especial e único. Então a expectativa pela sequência e o carinho pelo original combinados transformaram em uma experiência muito eletrizante. Hoje, na Comic-Con, eu me sentei lá como integrante do elenco e também como fã. Se alguém tivesse vindo até mim quando eu tinha 11 anos, quando eu saí do cinema e tivesse me dito: “Daqui a vinte e sete anos você vai estar na sequência deste filme”, teria sido extraordinário. Agora, hoje, sentado aqui, junto aos jogos de Flynn, eu fico emocionado o tempo todo. Sempre que recebo um papel oficial da programação ou algo assim, e tem o logo de TRON em cima, eu ainda não consigo acreditar que faço parte. Eu entrei para o mundo de TRON, como o personagem de Jeff entrou primeiro filme e estou adorando.

Atraindo mais de 100 mil fãs de todas as partes do mundo para a sua convenção anual em San Diego, na Califórnia, a Comic-Con International celebra os mundos das revistas em quadrinhos, do cinema, da televisão e da cultura popular. A convenção Comic-Con, a maior do gênero no hemisfério ocidental, se tornou uma plataforma eletrizante para o lançamento de filmes e é uma vitrine para os principais videogames, brinquedos e animados.


TRON: O Legado é uma aventura high tech em 3D ambientada em um mundo digital diferente de tudo que já foi visto na tela do cinema. Sam Flynn (Garrett Hedlund), um rebelde de 27 anos, é assombrado pelo misterioso desaparecimento de seu pai Kevin Flynn (Jeff Bridges, vencedor do Oscar® e do Globo de Ouro®), um homem conhecido como o líder mundial no desenvolvimento de videogames. Quando Sam investiga um estranho sinal enviado do antigo escritório de Flynn – um sinal que só poderia vir de seu pai – ele se vê inserido em um mundo digital onde Kevin está preso há 20 anos. Com a ajuda da destemida guerreira Quorra (Olivia Wilde), pai e filho embarcam em uma jornada de vida ou morte por um universo cibernético visualmente estonteante – um universo criado pelo próprio Kevin, que se tornou muito mais avançado com veículos, armas, paisagens jamais imaginados e um vilão cruel que fará de tudo para impedir que eles escapem. Apresentado em Disney Digital 3D™ com trilha sonora da dupla de música eletrônica, vencedora do Grammy®, Daft Punk, TRON: O Legado chega aos cinemas norte-americanos em 17 de dezembro de 2010, em Disney Digital 3D™ e IMAX® 3D.

Escrito por Luís Fernando

"Tupi or not tupi! That is the question..."