in

O APRENDIZ DE FEITICEIRO: A Cena de 'Fantasia'

Veja as referências e homenagens à Clássica animação "Fantasia" da Disney no novo filme "O Aprendiz de Feiticeiro" com Nicolas Cage que chega aos cinemas nesta sexta!

No laboratório subterrâneo, tentando se apressar para um encontro com Becky pelo qual ele esperou uma década, Dave quebra as regras da feitiçaria: “A magia não deve ser usada para obter ganhos pessoais nem como atalho”. Em um esforço para rapidamente limpar o laboratório, Dave começa a manipular os esfregões, as vassouras, os baldes e até as esponjas para fazer a limpeza para ele… com um resultado desastroso!

O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice) de Fantasia é um dos grandes trabalhos de animação de Disney, então tivemos que ter muito cuidado ao adaptá-lo”, explica o produtor Jerry Bruckheimer. “Não queríamos arruinar a magia, mas criar uma nova magia como uma bela homenagem ao original”.

O diretor Jon Turteltaub diz: “Um dos maiores erros que um diretor pode cometer é pegar uma obra que todos os críticos do mundo irão comparar com uma das coisas mais importantes já feitas. Nós pegamos os mais famosos oito minutos da história do cinema, e quais são as nossas opções? Nós podemos sabiamente apenas rememorá-la e tentar não competir. Ou podemos reinventá-la. Vamos atualizá-la, vamos fazer a nossa versão para este filme, com a tecnologia que temos agora – e, para mim, este é o elemento-chave – mantendo o mesmo princípio”.

“A música de Paul Dukas foi a inspiração para o episódio de Fantasia, enquanto que a história original do poema de Goethe foi a inspiração para a música”, continua Turteltaub. “Então, com um número enorme de pessoas e recursos, fizemos o que esperamos ser uma experiência realmente divertida e interessante que, de fato, tem a essência de O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice) de Walt Disney e mostra a nossa versão, que é a essência da fábula, do poema de Goethe, da música de Dukas e da animação de Disney”.

Jay Baruchel se sentiu desafiado e honrado com a tarefa que tinha em mãos, mas nunca intimidado. “É uma enorme honra e uma tremenda responsabilidade estar nos sapatos do Mickey Mouse. São sapatos muito grandes para se calçar e eu ficava me perguntando como faria meu trabalho de modo divertido sem tropeçar ou me afastar do que tornou essa sequência tão famosa. Para mim, estar nesse filme, poder colocar meu selo nele e, ao mesmo tempo, homenagear uma das maiores sequências da história do cinema, foi algo muito importante. Foi uma alegria total, uma diversão incrível, e eu adorei os esfregões e as vassouras atrás de mim. Foi pura magia. Era difícil não ser criança nessa situação, cara. Eu cresci assistindo essa cena de Fantasia, então depois de fazer a minha versão, agora eu posso me aposentar”.

Parte do que deu a Baruchel tanto entusiasmo e criatividade em sua interpretação da cena foi a total e intrínseca compreensão da essência do conto. “Adão e Eva tiveram que comer a maçã, não é? É aquela coisa antiga da ‘a curiosidade matou o gato’. Tentar encontrar o modo mais rápido e fácil de fazer alguma coisa é uma ambição que todos nós temos, e todo mundo tem isso de vez em quando, não é? A sequência fala sobre alguém tentando ir pelo caminho mais rápido e pagando um alto preço”.

Embora a versão eterna da música de Paul Dukas tenha sido adaptada novamente pelo compositor Trevor Rabin, uma versão tradicional da obra foi tocada no set durante a filmagem da sequência, não só para dar o clima, mas por questões de timing. E, embora a versão live-action não imite o original animado, há algumas referências diretas – a sombra de Dave usando seu capuz na parede do laboratório se parece, curiosamente, com Mickey Mouse com seu chapéu de feiticeiro.

Ao conceber o enorme cenário do laboratório subterrâneo no qual a sequência acontece, a desenhista de produção Naomi Shohan quis fazer sua própria homenagem ao curta-metragem original de animação. “O formato do laboratório é reminiscente de um castelo, que foi o cenário do desenho da Disney”, observa ela. “As grandes pedras na parte inferior dos arcos do laboratório são similares a um castelo medieval, e a escada de ferro substituiu a escada de pedra na versão de Mickey Mouse”.

O chefe de efeitos especiais Mark Hawker e sua equipe não só tiveram que instalar lança-chamas durante a construção como também um assoalho impermeável para a inundação que acontece na sequência de Fantasia. “Nós tivemos que instalar todo um sistema de bombas e drenos porque o local seria inundado e depois drenado bem rápido para as tomadas. Tínhamos duas bombas de 6 pol. a diesel lançando 30.000 galões de água no laboratório, que depois era invertida para sugar a água, com 18 drenos”.

Com os efeitos resolvidos, o diretor pôde se concentrar no conteúdo. “O que me empolgava de verdade”, diz Turteltaub, “era que a cena é realmente uma narrativa e não um diálogo, então você a conta com ação e imagens. Nossa tarefa mais importante era garantir que tínhamos encontrado o lugar certo na história para esta sequência porque esta é a cena em que a história avança”.

Os efeitos especiais exigiram o trabalho combinado dos departamentos de efeitos físicos e visuais, e o supervisor sênior de VFX, John Nelson, estava sentindo a pressão. “Quando eu era jovem, trabalhei em um cinema e um dos filmes que exibimos por umas quatro ou cinco semanas foi Fantasia”, recorda-se ele. “Eu devo ter assistido ao filme umas cem vezes. O legado de poder trabalhar e refazer algo como este filme em live action é realmente maravilhoso. Eu acho que o que os animadores fizeram no início dos anos 1940 foi incrível; nós estamos tentando fazer uma cena bonita e fantástica, com um profundo sentido de diversão, que é o que o original tinha”.

“Há esfregões, vassouras e esponjas em CG deslizando como crianças em um parque aquático”, continua Nelson. “É como se os objetos começassem como crianças do jardim de infância bem-comportadas e depois se tornassem crianças que acabaram de comer toneladas de açúcar quando a professora sai da sala. É muito difícil combinar efeitos CG com água de verdade, mas eu acho que o público achará mais convincente quando o esfregão em CG interagir com a água de verdade”.

Entre os truques usados por Nelson estavam as “pessoas verdes”, homens e mulheres usando malhas coladas verdes que seguravam os adereços que ganhavam vida na sequência. Nelson explica: “As pessoas verdes são o modo mais eficiente de antropomorfizar objetos e fazê-los se movimentar”.

É um trabalho importante. Thomas Dupont, um dos principais dublês da indústria cinematográfica, foi chamado para ser o dublê de Nicolas Cage na cena de ação considerada muito perigosa. Dupont, que tem entre seus créditos como dublê a trilogia Piratas do Caribe (Pirates of the Caribbean) e Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo (Prince of Persia: The Sands of Time), se viu usando um traje verde de malha e segurando uma vassoura na sequência de Fantasia. “Sempre que você esquece que está usando essa malha”, conta Dupont, “tem alguém na equipe que não te deixa esquecer”.

Dave (Jay Baruchel) é apenas um estudante universitário comum, ou assim parece, até o feiticeiro Balthazar Blake (Nicolas Cage) recrutá-lo como seu relutante aprendiz iniciante e dar-lhe um curso intensivo de arte e ciência da magia.
Enquanto se prepara para uma batalha contra as forças das trevas em Manhattan dos dias atuais, Dave se encontra juntando toda a coragem que ele pode reunir para sobreviver à sua formação, salvar a cidade e ficar com a garota para então se tornar “O Aprendiz de Feiticeiro“!

Escrito por Jonas

O diretor de marketing de O Camundongo iniciou sua aventura virtual com a Disney há mais de seis anos e, desde então, acompanha o crescimento do projeto e se orgulha do que foi e será feito por aqui.