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Minnie Side | Roupas e costumes das Princesas de acordo com suas épocas

As Princesas Disney são assunto a todo momento. Recriadas de muitas formas e lembradas como as maiores obras da Disney, elas são ícones de beleza e de época. E por falar em época, um vídeo divulgado pelo Buzzfeed faz uma representação dessas princesas vestindo figurinos históricos pertencentes às suas épocas de origem. Expandindo a proposta do vídeo, resolvi falar sobre a época de cada princesa e como seria a realidade de cada uma delas.

Branca de Neve e os Sete Anões (1937) é situado na Alemanha no século XVI. A mulher nobre deste período tinha diversas funções como supervisionar o castelo desde a cozinha até a confecção de vestimentas (costura) além de tomar parte na política, economia e até em disputas territoriais na ausência de seu marido. As que não conseguiam se casar eram mandadas para conventos. Suas vestimentas eram em tons escuros e de aparência severa por conta da pressão religiosa exercida.

Jasmine, de Aladdin (1992), pertence à Península Arábica do século IV. As mulheres da época pré-islâmica vestiam tecidos soltos e sem muitos detalhes, devido à origem simples da sociedade da qual faziam parte. O mundo árabe é bastante vasto e o comportamento da mulher varia em cada um desses lugares. Em alguns locais mulheres sofrem opressão e não tem lugar na sociedade.

Outro fato é que não existem reis e rainhas na sociedade árabe, logo, Jasmine nunca seria uma princesa se a História fosse levada fielmente para a animação. Por ser filha de um sultão, ela teria as melhores regalias, como bens materiais, e quem a desposasse se tornaria o sucessor do sultão. As cores das roupas das árabes sumiram também após a introdução do islã, e agora, as mulheres usam burcas pretas. Segundo o alcorão, as mulheres devem se vestir de forma para não se tornarem objeto de desejo.

Tiana, do clássico A Princesa e o Sapo (2009), retrata os anos 20 dos Estados Unidos, época das melindrosas, isto é, as mulheres que aboliram o espartilho e adotaram o corte chanel, escutavam jazz e tango, desacatavam a tradicional conduta feminina e queriam ter autonomia. Essa década era considerada próspera no país após a instauração da lei seca, que visava erradicar pobreza e diminuir a violência. Nesta década, várias manifestações culturais aconteceram no cinema, música e arte. Nomes como Charles Chaplin, Salvador Dali e Bessie Smith iconizaram a época.

Aurora, de A Bela Adormecida (1959), morava na Inglaterra durante o século XIV. As nobres eram melhores educadas do que as plebéias da época, mas viviam uma vida restrita e sem muitos feitos. Durante este século, a mulher era subjugada, tendo seu matrimônio determinado muitas vezes no momento em que nascia. Quando casada, as decisões eram todas feitas pelo marido, a única função da esposa era unir as famílias, sendo privada de ter razão, pois era visto como um defeito. Os trajes ainda refletiam a Inglaterra da Idade Média.

Pocahontas, do filme homônimo de 1995, reflete a mulher indígena do século XVII da região da Virgínia, nos Estado Unidos. Na tribo Powathan, de onde a lenda tem origem, as mulheres costumavam pintar seus corpos como decoração ao invés de usar roupas. Eram responsáveis pela colheita e criação do filhos, enquanto os homens mais fortes da tribo caçavam. Mulheres podiam participar de assuntos da tribo, porém a decisão final caia sobre o chefe. As mulheres mais velhas da tribo, assim como os homens, eram tidos como sábios e curandeiros, e frequentemente eram procurados em busca de conhecimento.

Bela, do clássico A Bela e a Fera (1991), retrata a mulher francesa do século XVIII. A realeza francesa se vestia de modo extravagante para mostrar seu status. A alta sociedade francesa vivia de muito luxo na corte, realizando banquetes e festas. A situação da mulher francesa neste período era bem diferente das demais, tendo condições de trabalhos similares às dos homens e comumente estudavam filosofia e podiam raciocinar. Não era necessário autorização ou aceitação para ter sua independência, visto que a França vivia uma extrema injustiça social com seu regime totalitário, onde os burgueses não se davam conta do que acontecia ao cidadão comum.

Cinderela, do clássico de 1950, retrata o outro lado de Aurora. Aurora representa a nobreza da Inglaterra desde infância, já Cinderela era camponesa e acabou virando criada de sua madrasta e irmãs. Os criados da época mal ficavam em mesmo ambientes que seus chefes. Cuidavam da casa, plantação, animais e todos os outros serviços considerados inferiores. Eles viviam com fidelidade e trabalho em troca de proteção e lugar para morarem.

Não podemos deixar de lado Mulan, de 1998. Apesar de teoricamente não ser uma princesa, uma vez que não descende da realeza, a balada na qual o filme se baseia foi criada no período do Imperador Tang, durante o Século VII. Neste período, a mulher chinesa era extremamente submissa e passava pelos mesmos problemas que as mulheres ocidentais na Idade Média. Mulan teria que desafiar todas as regras e preceitos da sociedade chinesa para salvar seu pai, o que é algo bem incomum para a época. Apesar de ser baseada em uma balada, nunca ficou claro se a personagem Hua Mulan é histórica ou fictícia.

Escrito por Sarah

Sarah Campos ama tudo o que diz respeito a Disney, principalmente a Cinderella. Gosta de cinema, jogos de vídeo game, ficção científica e quadrinhos da Marvel. Tem como sonho conhecer o mundo e mais do que ele tem a oferecer.

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