Hudson 
Neste primeiro episódio de Outubro, os médicos do Grey + Sloan Memorial Hospital enfrentam um problema imenso causado durante um funeral, que acreditem ou não, não é relacionado com nenhum personagem central da trama, pelo menos não diretamente, emocionalmente sabemos que a história é sempre bem diferente, certo? Certo!
Logo no começo do episódio, conferimos o plot médico do episódio: uma família é acertada em cheio durante a procissão que estava levando este pai até o seu funeral. Ao mesmo tempo em que a situação se torna cômica para alguns personagens, também se torna pessoal para alguns outros.
Amélia é uma das pessoas que leva a história para o pessoal, já que a causadora do acidente é uma filha (Jen Lilley) que foi deserdada por sua família por conta de abuso de drogas, entre outras coisas. Quem acompanhou Private Practice (2007-2013) sabe que Amélia possui um passado obscuro que facilmente de ser relacionado ao da paciente.
Inclusive, é ela quem fica com a missão de contar que Kara, a filha deserdada, está bem e que o filho que ela está esperando também. A família é pega de surpresa e, enquanto seus irmãos ficam furiosos e julgando o que poderia ter acontecido, sua mãe fica emocionada e, em um desabafo com o seu falecido marido, ela chega a mencionar que é um milagre o retorno de Kara.
Enquanto Arizona, que voltou de sua viagem, deposita toda a sua esperança de que as coisas podem dar certo entre Kara e sua família, Jo resolve olhar pelo lado negativo, acreditando que nem tudo é um arco-íris na vida das pessoas. Enquanto a mãe da família segue desabafando ao lado do corpo de seu falecido marido, ela acaba entrando em colapso, fazendo com que os médicos tentem trazê-la de volta à vida.
Pror alguns instantes, somos levados a acreditar que o pior aconteceu e o que ninguém esperava é que essa senhora sofre da “Síndrome de Lázaro”, ou seja, é um retorno espontâneo da circulação após tentativas falhas de ressuscitação e o mais legal, quero dizer, para nós telespectadores, é que no mês de Setembro, nós tivemos um caso parecido com esse no Paraná. Vai dizer que não é interessante?
No meio desse caos familiar todo, temos Karev e Kepner como alivio cômico. Como todos sabem, ele foi remanejado para a clinica enquanto precisa enfrentar seus problemas legais, já a Kepner, está afastada com sua licença maternidade e ambos, sedentos por sangue. Em dois momentos ao longo do episódio, eles aparecem vagando pelo hospital desejando ser quem eles costumavam ser e o resultado é hilário.
Particularmente, eu não sou um grande fã da personagem April Kepner, para mim, ela e o Jackson vieram com a missão impossível de tampar o buraco deixado por Izzie e George. No final da décima primeira temporada, ao ver uma Kepner mais forte e menos desajeitada, acreditei estar começando a me entusiasmar mais com a personagem e, na temporada seguinte, ela voltou a ser a velha Kepner. Mas, pelo menos até agora, ela vem sendo um dos pontos positivos da nova temporada. Vamos ver como ela vai se sair nos próximos vinte e um episódios.
Meredith também serve como alivio cômico neste episódio ao lado de Nathan, dando continuidade ao triângulo formado por eles e Maggie. Enquanto os flertes do possível novo casal da série continuam sendo os mais fofos possíveis, como em qualquer relação que está começando, Maggie continua com o papel chatinho de fazer tudo ser sobre o fato do Nathan ter lhe rejeitado.
Ela não para de falar e tentar analisar se sua situação com ele está normal ou não após o declínio do convite e assim como Meredith, acredito que nenhum de nós aguente mais ouvir sobre isso. Acho que todo esse plot da Maggie era mais aceitável na época das primeiras temporadas, pois todos eram jovens e confusos, mas agora, estamos falando sobre adultos que, supostamente, deveriam ser bem resolvidos. De qualquer maneira, está faltando alguém para mandar a Maggie superar isso e ir atrás de outra coisa.
Um ponto negativo do episódio foi a trama para a Bailey, Ben e o Tuck Jr. Não sei se isso tem alguma coisa a ver com o futuro de Tuck Jr. na série, mas essa é a segunda vez em que ele aparece por ter agredido um colega de classe. Na primeira vez, foi quando George ainda caminhava pelos corredores daquele hospital e Tuck era um bebê, agora ele é um adolescente e Ben acredita que o rapazinho deve ser punido por seus atos, já que Bailey não demonstra nenhuma pressa em resolver a situação.
A chefe de cirurgia resolve, então, deixar o seu atual marido resolver a situação, que acaba resolvendo de maneira nada pratica ao lado de Jackson. Todo esse plot me vez questionar em qual lugar eles deixaram a antiga Bailey Nazi, e se algum dia teremos ela de volta. No começo da série todos tinham medo dela, até nós que estávamos do outro lado da televisão tínhamos e, de algum modo, ela vem perdendo aquela força temporada após temporada, talvez pelo fato da atriz estar se envolvendo cada vez mais com a direção do programa, pode ser que fica difícil manter um ritmo para ela na série, mas, gente, por favor, #VoltaNazi! Além disso, alguém pode me explicar o tempo da série?
Por fim, a família resolve dar uma segunda chance para Kara, após ouvir um belo discurso de Amélia, que não parou por aí e também resolveu discursar para Meredith, lembrando a moça de ser uma irmã melhor para Maggie. E o plot DeLuca e Karev não foi completamente esquecido, Arizona fez parte dele ao demonstrar não estar escolhendo o lado de nenhum dos dois, já que se importa com ambos.
O episódio serviu como uma pausa para todo o drama que acompanhamos nesse inicio de temporada e embora tenha tido alguns problemas em sua narrativa não fez com que a qualidade da série diminuísse, pelo contrário, nos faz questionar: o que vem a seguir?
