Olá, Camundongo!
“Eu uso o necessário. Somente o necessário. O extraordinário é demais. Eu digo o necessário. Somente o necessário. Por isso é que essa vida eu vivo em paz.” Quantos de nós cantamos e dançamos com Baloo essa canção indicada ao Oscar®? Uma letra simples, mas cheia de significado. Porém, nós entendemos a mensagem?
No próximo dia 14 de Abril, uma quinta-feira, irá chegar às salas de cinema Mogli – O Menino Lobo, uma releitura do clássico de animação homônimo lançado em 1967. É, portanto, o momento propício para abrirmos o baú e revisitarmos o passado para analisarmos uma vez mais essa canção do querido urso.
Vivemos em uma época muito distinta da década de 1960. Vivemos rodeados por tecnologias. Vivemos sendo bombardeados por informações e notícias o tempo todo. Vivemos cheios de afazeres e listas intermináveis de tarefas. Vivemos acumulando funções: pai, filho, marido, funcionário, atleta, estudante, músico, e a lista segue.
Logo, não é difícil olhar ao nosso redor e encontrar alguém sobrecarregado e perto de ter uma estafa mental devido ao número de obrigações com o qual precisa lidar desde quando abre os olhos pela manhã. Seria essa a melhor forma de passarmos os nossos dias? Nosso amigo Baloo sempre teve a resposta para essa questão.
Qual o seu objetivo para daqui cinco anos? Às vezes, estamos tão ocupados com o extraordinário e perdemos de vista os nossos sonhos e os nossos propósitos, pois gastamos energia com ações desnecessárias. Acabamos ficando frustrados e nos sentimos culpados por esse ciclo vicioso, levando-nos a sempre adiar nossos projetos.
O foco desse texto, claro, não é convencer ninguém a largar todos os seus afazeres e ir viver em uma selva. Não, a intenção é apenas apontar um padrão comum entre nós humanos. Quando perdemos a visão de nossos sonhos, problemas insignificantes tomam proporções gigantescas e atrapalham a jornada.
Assim, nesse caso, devemos dar ouvidos a Baloo e parar de perder tempo procurando por coisas desnecessárias. Não precisamos estar tão bem informados a cada segundo. Ou responder imediatamente às mensagens sem qualquer urgência. Com essa percepção, podemos dar menos importância àquilo cujo impacto é pequeno em nossas vidas.
Muitas vezes, basta deixar o celular de lado por algumas horas para finalizarmos uma tarefa, a qual vinha sendo procrastinada há semanas; ou para prestarmos mais atenção ao mundo e às pessoas ao nosso redor. Podemos parar com esse abuso de informações. Podemos ignorar o trivial, o extraordinário. Podemos viver com o somente necessário.
Carinhosamente,
Lucas Neves
Editor-chefe