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Curiosidades de O APRENDIZ DE FEITICEIRO

Confira diversas curiosidades interessantes sobre a produção e a história que envolve o filme "O Aprendiz de Feiticeiro" da Disney!

O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice) incendiou a imaginação de algumas das mentes mais criativas da história – de Nicolas Cage, Jon Turteltaub e Jerry Bruckheimer ao compositor Paul Dukas e Walt Disney.

Mas tudo começou com um poema de Johann Wolfgang von Goethe, um grande escritor alemão, pensador e cientista naturalista que escreveu “Der Zauberlehrling”, a obra poética de 1797. O poema “14-stanza” de Goethe é narrado pelo próprio aprendiz, que, após ser deixado sozinho com seus apetrechos pelo seu velho feiticeiro, decide demonstrar de forma arrogante sua própria magia. O aprendiz ordena a uma velha vassoura coberta com trapos, com cabeça, dois braços e um balde na mão, prepare um banho para ele. A vassoura viva enche não só a banheira, mas todos os recipientes e tigelas e o aprendiz esquece a palavra mágica para fazê-la parar, acabando em meio a uma enorme enchente. O aprendiz ataca a pobre vassoura com um machado, partindo-a ao meio… o que resulta em duas vassouras vivas. O aprendiz é, por fim, salvo, literalmente, com o retorno do velho feiticeiro, que rapidamente manda a vassoura de volta para o armário de onde ela saiu, comandando que só saia de lá quando ele, seu verdadeiro mestre, a convocar novamente.

Há 100 anos, o poema foi adaptado em uma grande e popular obra sinfônica de 10 minutos intitulada “L’apprenti sorcier”, do compositor francês Paul Dukas. Sucesso imediato por sua brilhante coloração musical e excelência rítmica, e com a maravilhosamente alegre “marcha das vassouras”, a composição realmente resistiu ao teste do tempo e é, para um público popular, o trabalho mais duradouro de Dukas.

Walt Disney a descobriu umas quatro décadas depois disso, criando uma versão animada de seu imortal Fantasia e escalando ninguém menos que Mickey Mouse no papel título de O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice). No verão de 1937, enquanto jantava sozinho no restaurante Chasen em Beverly Hills, o ainda jovem rei dos animados convidou o famoso maestro Leopold Stokowski para se associar a ele, e algo extraordinário aconteceu entre os dois.

Walt Disney já havia utilizado a música como base de sua série de filmes de animação, Silly Symphonies, e esperava colaborar com Stokowski em um desenho animado curta-metragem baseado em O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice), de Dukas. A ideia de colocar uma música clássica em segmentos de animação foi depois ampliada e, no fim, criou-se o ambiciosamente maravilhoso Fantasia. O filme de 125 minutos – incomumente longo até mesmo para um longa-metragem de animação da atualidade – foi lançado com grande alarde em 13 de novembro de 1940, no Broadway Theatre na cidade de Nova York. A música foi engrandecida pelo sistema de som multicanal, especialmente desenvolvido para o filme, chamado Fantasound, e Fantasia se tornou o primeiro longa-metragem comercial a ter sido exibido com som estereofônico. O filme agora se posiciona como um testamento eterno das ambições artísticas de Walt Disney e do inabalável desejo de desenvolver a forma de arte da animação e dos longas-metragens ao criar algo que o público nunca tivesse visto ou ouvido antes. Fantasia é um dos filmes selecionados para preservação pelo United States National Film Registry da Biblioteca do Congresso, e o episódio O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice) é geralmente considerado o melhor e mais adorado episódio entre todos.

Agora, 69 anos depois do lançamento de Fantasia, a Walt Disney Pictures e Jerry Bruckheimer Films criaram uma nova história para o cinema. Embora inspirados pelo que já foi feito antes, O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice) de 2010 é uma aventura live-action inteiramente nova. A mensagem permanece simples e divertida, porém eterna e profunda. “O maravilhoso nesta história é a lição sobre pegar atalhos, fazer as coisas do jeito mais fácil, tentar realizar o desejo, que todos temos, de crescer um pouco rápido demais”, diz Turteltaub.

O renascimento cinemático de O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice), de fato, originou-se de um admirador apaixonado pela versão de Disney, Nicolas Cage. “Eu e meu amigo Todd Garner tivemos a ideia”, recorda-se ele. “Eu estava fazendo outro filme na época e queria explorar um lado mais mágico e fantástico, em que eu pudesse interpretar um personagem que tivesse habilidades místicas. Eu falei sobre essas ideias com Todd e, no dia seguinte, nós encontramos o projeto perfeito: O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice)”.

“Eu adoro o mundo da magia e poder levar isso para plateias contemporâneas realmente me encantou”, afirma Bruckheimer. “Eu sempre gostei de histórias que têm elementos mágicos e O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice) é uma dessas grandes histórias de todos os tempos. Achamos que seria extremamente empolgante desenvolver a essência desse conceito em uma nova história ambientada no mundo moderno”.

Turteltaub conhece Cage desde quando eram colegas de sala na Beverly Hills High School. “Jon é, com certeza, o diretor perfeito para dar vida a este filme”, afirma Bruckheimer, “com base não só no longo relacionamento profissional e na amizade que tem com Nic e comigo, mas também no aspecto da imaginação e da alegria que ele tem, tanto pessoal como artisticamente”.

Todos os envolvidos em O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice) eram fãs de Fantasia, de Walt Disney. “Para mim”, diz Cage, “é o filme mais belo já feito. Eu acho que Fantasia pode ter sido o primeiro filme que meus pais me levaram para assistir. Foi minha apresentação ao cinema, a uma animação de Walt Disney e também, claro, à música clássica. As imagens de todo o filme me transportaram e, mesmo com tão pouca idade, eu acho que ele influenciou a minha vida. Os filmes de Disney, e depois ir a Disneylândia, realmente me inspiraram. Eu ainda assisto a Fantasia todos os anos. Eu apago as luzes e me perco no filme”.

E, embora o filme não seja um remake do clássico de Disney Fantasia, O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice) presta uma homenagem a ele, um fato que não escapou ao diretor. “O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice) tem uma forte marca Disney”, diz Turteltaub, “e eu logo soube que estaria lidando com algo que tinha que ser excelente, tinha que ser especial, que tinha que estar a altura de seu importante papel dentro da Disney e da história do cinema. Essa parte de Fantasia é tão marcante quanto quaisquer oito minutos já filmados, então fazer parte disso foi realmente eletrizante. Você pensa: “muito bem, como fazer isso” – “e é aí que toda a criatividade começa a fluir”.

Matt Lopez, que vem do programa de escritores do estúdio, contribuiu para a história e para o roteiro, criando uma fantasia épica sobre Dave Stutler, um estudante universitário de Física que tenta conquistar Becky, a garota dos seus sonhos. O mundo de Dave vira de cabeça para baixo quando o excêntrico Balthazar Blake entra de repente em sua vida. Balthazar é um feiticeiro envolvido em uma batalha, que já dura séculos, entre os seguidores dos mais poderosos feiticeiros – o bom Merlin e a cruel Morgana – pela destruição ou salvação do mundo. Quando o arqui-inimigo e rival de longa data de Morgana, Maxim Horvath, ameaça não só Balthazar e Dave, mas o mundo inteiro, Balthazar recruta Dave como seu relutante protegido. Juntos, eles precisam deter Horvath e as forças morganianas.

“É uma história sobre duas buscas”, explica Bruckheimer. “Balthazar vem procurando em todo o mundo através dos séculos por seu aprendiz, e Dave tem que descobrir seu verdadeiro potencial como ser humano. Dave é um estudante muito sério, e não precisa, e nem quer, Balthazar em sua vida, ou ser um feiticeiro. Mas Balthazar é como uma mosca que fica voando ao seu redor, atormentando o pobre rapaz até que ele sucumba e se torne esse personagem mágico. Se alguém aparecesse na sua porta e dissesse que você é um feiticeiro, você também não acreditaria.

“Mas ao longo da história”, continua Bruckheimer, “você vê o relacionamento dos dois se desenvolvendo porque Balthazar dá a Dave a confiança de que ele precisa, não apenas para ser um feiticeiro, mas também na vida pessoal”.

Lopez explica: “O desafio foi como reinterpretar e mostrar isso na tela de uma maneira que as pessoas não tivessem visto antes. Dave Stutler é voltado para a ciência e é muito dedicado a suas experiências de física. Ele se dedica ao mundo racional e explica tudo em termos objetivos e científicos. E, então, ele é colocado junto de Balthazar, o feiticeiro, que vê tudo em termos mágicos? Esses dois mundos são, na verdade, um – a magia está para a física assim como a alquimia está para a química. Há uma frase crucial que Balthazar diz a Dave, que diz que tudo que eles fazem como feiticeiros está nas leis da física – ele só não conhece todas as leis, ainda. Essa é a ideia principal por trás da feitiçaria no filme. Eu adoro ciência, e acho que basear o filme dessa forma é inesperado e ficará muito eletrizante na tela”.

Lopez, que por coincidência concluiu seu trabalho no antigo prédio dos estúdios Walt Disney em Burbank, onde a sequência de Fantasia foi animada, nota que a história original de Goethe do poema de O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice), e até mesmo no episódio de Fantasia, acaba com o aprendiz mais uma vez relegado essencialmente a um zelador. Nunca vemos o aprendiz crescer no papel e se tornar um feiticeiro, o que achamos que seria divertido de se ver. Também não vemos o feiticeiro ensinando ao aprendiz a fazer feitiçarias, então Balthazar faz isso com Dave. Só que devido às circunstâncias, algo que levaria 10 anos para se aprender, deve ser ensinado em poucos dias”.

Jon Turteltaub observa: “Balthazar e Dave não queriam estar um na vida do outro. Balthazar precisa de um aprendiz, mas ele certamente não precisa de Dave. Dave, por sua vez, não quer ter nada a ver com esse maluco que se intromete em sua vida. Então eles perturbam um ao outro. Mas os dois são inteligentes e conseguem encontrar o caminho certo para se chatear e se provocar mutuamente.

“Dave é um intelectual que só quer saber da verdade factual de tudo”, continua Turteltaub. “Ele precisa se abrir e ver que há todo um mundo que ele não pensou que pudesse existir, e então continua e entende todas as possibilidades que se apresentam. É uma parte importante da jornada de Dave”.

Os escritores Carlo Bernard e Doug Miro inseriram algumas ideias-chave. “É uma história clássica de herói”, diz Bernard. “A jornada de Dave é a de alguém que não acredita em si mesmo e não se considera capaz de realizar algo grande, e percebe ao longo da história que, para sua grande surpresa, ele na verdade é capaz de ser um herói. Seu relacionamento com Balthazar e Becky serve para que ele percorra essa jornada. Para nós, a estrutura dessa história foi nossa estrela guia”.

“Eu também acho que Balthazar incorpora a ideia de botar a humanidade acima dele mesmo”, continua Bernard, “a idea de que há grandes coisas por aí que significam mais do que qualquer indivíduo. Esse é um grande conceito, um guerreiro que luta pela humanidade há 1.000 anos”.

Escrito por Jonas

O diretor de marketing de O Camundongo iniciou sua aventura virtual com a Disney há mais de seis anos e, desde então, acompanha o crescimento do projeto e se orgulha do que foi e será feito por aqui.