Clássicos na Crítica | Hércules

A edição da Clássicos na Crítica desse mês irá relembrar a animação mais heroica dos estúdios Disney – e não, não estamos falando de Os Incríveis (2004) ou Mulan (1998). Prepare-se para se sentir nostálgico e ficar com uma trilha sonora super empolgante presa na cabeça, após reassistirmos ao clássico Hércules (1997) juntos.

Pocahontas (1995) e O Corcunda de Notre Dame (1996) foram lançados um seguido do outro, e mesmo sendo trabalhos verdadeiramente incríveis o público não aceitou bem animações retratarem narrativas com temáticas tão adultas. Os fãs queriam uma história mais leve e foi exatamente o que os diretores Ron Clements e Jon Musker entregaram com Hércules.

A dupla de diretores já havia emplacado sucessos como A Pequena Sereia (1989) e Aladdin (1992), e queria muito realizar o projeto Planeta do Tesouro (2002). Como condição dos estúdios, precisariam lançar antes mais um projeto comercial, e assim entraram na produção. Mas não entraram sozinhos, levaram consigo o compositor Alan Menken, já vencedor de vários Oscar® e que parecia não errar em suas composições.

Hércules fugiu da temática de contos de fadas, mas, como todos sabem, também foi baseado em uma história antiga. Dessa vez, a inspiração veio da mitologia grega. Poderia enumerar aqui as diferenças entre o mito grego de Herácles e o roteiro do filme, mas a verdade é que Disney alterou praticamente tudo. Esqueça que Zeus teve um filho com uma mortal, que Mégara foi assassinada acidentalmente por Hércules, que Hera odiava o semideus ou os doze trabalhos que o herói precisou realizar para se redimir.

O drama dará espaço para a comédia e referências do mundo moderno. Caso ainda não tenha assistido ao filme, um alerta: a partir de agora iremos comentar a trama com detalhes então cuidado com os SPOILERS! A animação está disponível na Netflix, então, corra para assistir e, depois, volte para ler curiosidades e comentar sua opinião.

O filme abre com com as Musas, deusas das artes, tirando das mãos do narrador o dever de contar a história e nos levando em sua melodia. Elas são lindas e representam diversos biotipos femininos diferentes. A presença do estilo clássico grego está presente em todo o cenário, já que vemos a origem de Zeus e seu embate com os titãs ser retratada em desenhos sobre vasos e pratos típicos da época e local.

Queria falar sobre a trilha sonora mais adiante, mas a verdade é que ela abre o filme já mostrando que estamos prestes a ver algo novo. Alan Menken foi muito audacioso ao pegar o estilo gospel, comumente usado para contar histórias cristãs, para contar um mito grego. E a combinação funcionou belamente. O verdadeiro crédito deve ser dado, porém ao diretor Musker, que realmente teve a ideia de trazer o estilo para o filme.

De pinturas em pratos e vasos, vamos ao Monte Olimpo, morada dos deuses, feito de nuvens – e muita computação gráfica, já que os animadores faziam as poses-chave e um software se encarregava de criar a animação do cenário dando a impressão de tudo ser mutável. Começamos a ver a imensa liberdade poética tomada pelos roteiristas, afinal, aqui, Hera e Zeus são casados, felizes, e acabam de celebrar o nascimento de seu primeiro e único filho, Hércules.

Making Of – Parte 1

Sabemos que Hades, o deus do mundo inferior, não é necessariamente considerado um ser maligno na mitologia grega, mas o que seria de nossa história sem um vilão? O deus do desenho é movido pela inveja do irmão, ao melhor estilo Scar. Ele detesta a função que recebeu de cuidar das almas mortais que partem para o além, e ficar longe do panteão, que parece apenas se divertir.

Ao observarmos todos os deuses, percebemos que a representação realista não era o que a equipe buscava. E ainda bem. As formas são simples e cada ligamento, como cotovelos e joelhos, possui uma voltinha que remete à arquitetura da época. O estilo é o que dá personalidade ao filme, algo que os filmes feitos em animação digital ainda não conseguiram alcançar. O traço dos animadores, que se difere de outras obras, foi inspirado pelas artes do cartunista britânico Gerald Scarfe.

Scarfe foi trazido para o projeto pelos diretores ainda no início da produção, e tinha a função de criar os personagens e arte conceituais do filme em seu estilo marcante. O resultado foram desenhos de personagens exagerados, angulosos e cheios de personalidade. Os artistas de Hércules, desde os animadores até os coloristas, conseguiram simplificar esses desenhos e adicionar um pouco do toque Disney à versão final dos personagens.

Depois de conhecer o Olimpo, é hora de irmos ao mundo dos mortos, onde Hades e seus ajudantes, Agonia e Pânico, preparam um plano para tornar Hércules mortal e matá-lo. Planejar o assassinato de um sobrinho é um tema extremamente macabro, mas todo o clima sombrio é quebrado pelas piadas constantes de Hades. Ele tem muito do Gênio de Aladdin em si. Ou talvez apenas passe essa impressão já que o dublador brasileiro é o mesmo, Márcio Simões.

Making of – Parte 2

Falando em dublador, é importante falarmos de James Woods, a voz original do personagem. O ator não era a escolha inicial dos diretores, que queriam Jack Nicholson para o papel, mas foi fundamental para a criação do deus. Hades foi imaginado como um vilão calmo, de fala mansa. Porém, a excelente atuação de Woods o tornou falante e ácido. James trabalhou lado a lado com os animadores que adicionaram seus traços e gesto exagerados ao personagem. O ator gostou tanto do resultado que aceita dublar o personagem sempre que ele aparece em outras produções, como vídeo games.

Os roteiristas também adicionaram uma profecia ao filme, elemento tão presente na mitologia grega. Em dezoito anos, os planetas irão se alinhar e Hades deve libertar os titãs presos por Zeus. Eles irão tomar o Olimpo e, assim, o deus dos mortos irá reinar. Mas há um porém, se Hércules lutar, irá impedir seu plano de se concretizar.

O plano de Hades para tirar o bebê do caminho é perfeito: Agonia e Pânico irão sequestrar o filho de Zeus e fazê-lo beber uma poção para tornar-se mortal e depois matá-lo. Porém, a criança não bebe todo o líquido do frasco, sobra uma gota. Hércules, então, se torna humano, mas mantém a força de um deus. O pequeno bebê é encontrado por dois mortais comuns, fazendeiros, e por eles é criado sem que Hades saiba que vive.

O desenho pula a infãcia de Hércules, e quem vemos agora é um desengonçado e magricela adolescente que luta para se adequar. Sua força extra causa medo em todos ao seu redor, que se mantêm longe por segurança. Até mesmo quando ele quer apenas jogar com outros jovens da aldeia acaba causando um caos total derrubando todas as construções do mercado.

No início, disse que esse é o filme mais heroico Disney, e não por menos. Ao vermos Hércules sentindo dificuldades em se adaptar, sentindo não pertencer ao lugar onde vive, lembramos, no mesmo instante de heróis icônicos, como Superman. Ele foi criado por mortais, sente como nós sentimos, e carrega nossos valores, mas por ter habilidade sobre-humanas, possui um dever muito maior.

Se Hércules é nosso super herói, a canção “Vencer Distâncias” é seu tema. Em A Pequena Sereia, Howard Ashman introduziu a “I Want Song”, uma canção na qual a protagonista revela seus sonhos. E essa música cumpre exatamente esse papel na animação. Começamos a entender o que Hércules realmente deseja, e seus sonhos nada têm a ver com ser heroico, mas encontrar um lugar onde é aceito como alguém normal.

Ao perceber a agonia de seu filho e o fato de todos o considerarem uma aberração, os pais de Hércules contam toda a verdade sobre como o acharam. Começa, então, a verdadeira jornada do herói, que ao receber seu chamado, parte em busca de uma explicação de Zeus. Ele vai ao templo do deus onde descobre sua verdadeira origem.

Zeus não pode interferir no mundo real, mas diz que seu filho deve se tornar um verdadeiro herói para ter sua divindade restaurada e voltar ao Olimpo. Como? Isso Hércules terá que descobrir sozinho. Bem, quase sozinho. Ele poderá procurar um treinador e terá a companhia de seu fiel Pégaso, um belo e fiel cavalo alado.

Phil, um sátiro baixinho e rabugento, carrega a função de guiar Hércules, assim como tantos personagens sábios de histórias tradicionais que aparecem apenas para guiar o herói. O que o torna mais interessante é seu passado. Ele falhou várias vezes – inclusive com o famoso Aquiles – e precisa de Hércules para realizar seu sonho, tanto quanto Hércules precisa dele. O design de Phil também foi inspirado por seu dublador original, o famoso Danny DeVito. Desde o início, ele era a primeira escolha dos diretores, mas o ator demorou para aceitar o papel.

A força de Hércules impressiona o sátiro, mas o que o convence é a ideia do garoto poder ser filho de Zeus. Na concepção de Phil, um herói é feito de uma combinação de elementos: precisa ter bom coração e ser inteligente, mas também ser um exemplo fisicamente. Assistir a Hércules se transformar poderia demorar muito, é aí que entra uma animada montagem, na qual o vemos treinar por anos.

Ao fim, o design de Hércules é moldado ao melhor estilo super herói de quadrinhos. Braços e peitorais fortes, belo rosto e… uma capa. O mais interessante do personagem é o contraste entre seu corpo escultural e sua personalidade ingênua e gentil. Com sua força, ele poderia colocar o mundo a seus pés. Porém, prefere tentar ser um salvador para todos.

Aqueles que admiram a arte de animar irão achar curioso descobrir que o personagem foi animado por Andreas Deja, tão famoso por animar vilões como Scar, Jafar e Gaston. Ele realmente se superou e mostrou toda sua versatilidade em atuar através de seus desenhos. Os sorrisos sarcásticos e olhares suspeitos dão lugar ao olhos ingênuos e movimentos gentis do novo
personagem.

Treinamento terminado, é hora de começar a salvar o mundo. No caminho, porém, há uma donzela indefesa. Quando conhecemos Mégara, ela está em apuros nas mãos de um centauro, mas, ao contrário do que imaginamos, não fica nada feliz em ver Hércules, e é literalmente salva à força. Meg mal aparece em tela e já notamos que é uma personagem feminina com personalidade diferente de tudo o que já havíamos visto.

O design da moça foi feito para remeter a uma coluna grega e seus olhos não são amendoados, mas espertos e provocantes. Ela é linda. Ken Duncan fez um excelente trabalho animando a personagem pois seus movimentos sedutores combinam com sua aparente confiança. Além disso, Meg possui um humor ácido, nada altruísta e faz tiradinhas que princesa nenhuma faria. Ela é um contraste perfeito para Hércules.

A versão dublada em português de Hércules é maravilhosa, e a nostalgia é algo muito poderoso. Mas há muitos motivos para se assistir ao filme em inglês. Além das vozes das Musas e o trabalho de James Woods, a dubladora de Meg é fantástica. A atriz da Broadway, Susan Egan, deixa a tradicional doçura das princesas de lado e atua com tom calmo e envolvente.

Após ser salva e deixar Hércules continuar sua jornada – completamente encantado por ela, descobrimos que Meg não passa de uma capanga de Hades, o qual, por possuir sua alma, a obriga a recrutar monstros para seu grande plano. O fato da personagem feminina que parece ser o interesse romântico do herói ser também uma vilã causou muita estranheza aos espectadores da época, mas é, para mim, um dos elementos mais interessantes do filme.

A fim de se provar um verdadeiro herói, Hércules vai para a cidade de Tebas, uma grande referência a Nova Iorque, cheia de pessoas apressadas, trânsito caótico e perigos. Não será nada fácil convencer a população cética a deixá-lo ajudar, ainda mais por conhecerem o passado de Phil e seus heróis que fracassaram. Ainda bem que um monstro surge…

O encontro de Meg e Hércules faz com que Hades descubra que o único que pode arruinar seus planos, o semideus filho de Zeus, está vivo. Ele terá que remodelar todos os seus planos para destruí-lo. Como primeiro desafio, envia a hidra. A gigantesca criatura é a combinação de vários animais, possui presas imensas e seus movimentos são ágeis como os de uma cobra. A cada cabeça cortada, três surgem em seu lugar.

Os estúdios Disney já haviam utilizado efeitos de computador em suas obras anteriores – como a cena do baile de A Bela e a Fera (1991), ou a fuga de Aladdin da caverna do tesouro – e a tecnologia se mostrou fundamental para criar o monstro. Seria impossível animar tradicionalmente cerca de trinta cabeças que se movem independentemente. Os softwares levavam horas para renderizar cada quadro de animação com a hidra.

Força não será suficiente para derrotar tal monstro. Hércules começa a aprender que precisará usar sua inteligência para vencer seus desafios. Para a fúria de Hades, a hidra é derrotada. Enquanto as Musas cantam “De Zero a Herói”, vemos o deus mandar diversas outras criaturas para aniquilar o herói. Vários dos desafios são referências aos doze trabalhos que o semideus completa no mito original

Vídeo comparativo de “De Zero a Herói“

Durante seus combates, Hércules também se torna cada vez mais famoso. E rico. Logo, é capaz de comprar uma mansão para seus pais e é usado como propaganda para a venda de diversos produtos, uma pegada muito moderna e relevante quando pensamos em nossos ídolos do mundo do entretenimento. Porém, para a surpresa do herói, nada disso é suficiente para que seja aceito no Olimpo.

Sem mais monstros para mandar enfrentar o semideus, Hades decide usar sua última arma: Mégara. Trair Hércules parece uma ação imperdoável mas a verdade é que ela não tem opção já que sua alma pertence ao deus dos mortos por ele ter salvo a alma de seu ex namorado, o mesmo que a abandonou após voltar a vida. Encontrar a fraqueza do herói pode ser o único modo da moça ganhar sua liberdade.

Esperando se aproximar do personagem para descobrir sua fraqueza, Mégara rouba Hércules de Phil por um dia inteiro, levando-o para se divertir e assistir a uma peça sobre Édipo, mas, para sua surpresa, o rapaz não possui um ponto fraco. Além de fisicamente perfeito, a personalidade gentil e índole impecável do herói vai contra tudo o que o coração da moça espera de um homem.

“Não Direi” é uma canção divertida na qual podemos ver toda a dor e insegurança de Meg ao se apaixonar. A moça inicialmente cantaria uma balada mais romântica e melancólica chamada “I Can’t Believe My Heart“,mas seu animador disse que a canção não combinava com a personalidade da personagem. E ele tinha razão. Sendo assim, Menken escreveu a música que vemos no filme.

“I Can’t Believe My Heart“

Meg tenta desistir de auxiliar Hades, mas é tarde demais. O deus já notou que ela é o próprio ponto fraco de Hércules. Para complicar ainda mais a situação, Phil descobre o outro lado de Meg e, ao tentar alertar Hércules, discute com o herói e o abandona. Não há ninguém para ajudá-lo quando Hade vem ao seu encontro.

O acordo que o vilão propõe é simples: Hércules deve desistir de sua força por vinte e quatro horas, e em troca, o deus promete que nada acontecerá a Meg. Quando o acordo é fechado e o deus revela as reais intenções de Meg, podemos ver o coração de Hércules se partir. Ele perdeu quem ama e não passa de um humano comum, incapaz de proteger a todos do plano de Hades.

O deus cumpre seu plano e liberta todos os titãs. Os deuses do Olimpo não têm a menor chance. A falta de força, porém, não será o suficiente para impedir Hércules de lutar, mesmo que signifique sua morte. Utilizando seu conhecimento, e com o apoio de Phil que volta para ajudá-lo, ele vence o ciclope que aterroriza a cidade.

Quando a luta termina, uma coluna se solta e está prestes a esmagar Hércules, quando Meg o empurra para longe e toma seu lugar. A personagem passa de vilã a heroína e ganha o público nesse instante de sacrifício. Com o ferimento de Meg, o pacto entre Hades e Hércules é quebrado e ele tem sua força de volta.

Logo, o herói parte em auxilio aos deuses. A batalha final entre deuses e titãs, porém, é rapidamente resolvida. Na realidade, seria um final nada empolgante se não fosse o fato de derrotar os titãs ser a parte mais fácil da missão de Hércules. Quando o embate termina e ele vê que Meg está morta, surge o seu verdadeiro desafio: ele terá de ir ao mundo dos mortos para pegar a alma da moça de volta, se quiser salvá-la.

O único jeito de conseguir resgatar a alma de Megara é mergulhando nas águas no rio dos mortos. Porém, tais águas farão Hércules envelhecer terrivelmente rápido e ele certamente irá morrer sem conseguir salvar Meg. Mesmo sabendo não ter chance alguma de sucesso, ele mergulha. E ao sair, está radiante. Literalmente. É, finalmente, um deus. Ser um verdadeiro herói nada tem a ver com derrotar monstros, e sim com o quanto alguém está disposto a se sacrificar por quem ama.

Hércules ressuscita Megara e logo ambos são levados ao Olimpo, onde ele finalmente recebe a recepção com a qual sempre sonhou. Todos os deuses o rodeiam e celebram seu retorno. Curiosamente, ele percebe que não quer mais sua imortalidade. Mégara jamais poderá fazer parte do Olimpo, e deixá-la não é uma opção. Afinal, é com ela que se sente em casa.

Assistir a um personagem desistir de sua recompensa após perseguir seu sonho por tanto tempo, foi surpreendente. Hércules cresceu durante sua jornada e perceber que o que procurava não era exatamente o que queria foi uma reação verdadeiramente humana com a qual todos podemos no identificar.

Após o beijo final, temos nossa última dose de gospel. As Musas voltam com uma das canções mais contagiantes de todo o filme, “Brilhou no Céu”. Vemos que não apenas Hércules, mas também Phil realizou seu sonho: o herói que treinou ficará registrado para sempre nas estrelas. Ao fim, terminamos a animação nos sentindo empolgados, como se conseguíssemos realizar qualquer sonho se nos esforçarmos o bastante.

A recepção do críticos na época foi dividida. Enquanto uns consideraram a animação excelente e adoraram o trabalho de James Woods, outros disseram que foi uma tortura assistir ao filme até o fim. A nova trilha sonora de Menken também não os impressionou, alguns disseram que era esquecível.

O público também não entrou em consenso, já que embora achasse o filme divertido, não conseguiu simpatizar completamente com Meg. Consequentemente, assim como os personagens de O Corcunda de Notre Dame, Hércules e Megara parecem ter sido esquecidos pela Disney.

Raramente produtos do filme são lançados ou mencionados em outros ramos da empresa como os parques temáticos. Na época, porém, um desenho seriado sobre a adolescência de Hércules foi lançado e fez sucesso no Brasil ao ser transmitido pelo SBT, no programa Disney CRUJ (1993-2003).

Making of – Parte 3

Discordo fortemente dos críticos que acharam Hércules entediante. O filme traz uma trama feita em camadas, capaz de entreter crianças, com as piadas visuais, e prender a atenção de adultos, com enredos com os quais podemos nos identificar, como os dois lados de Meg e a busca por aceitação de Hércules. Os personagens têm designs muito bem construídos e suas personalidade crescem ao longo da história.

O roteiro representa a jornada do herói clássica e mesmo não seguindo o mito, é uma das melhores representações nos cinemas do semideus grego. O personagem de Hércules é um excelente modelo no qual crianças podem se espelhar e as lições que o herói aprende continuam atemporais. E vocês, Camundongos, o que acham do filme? Não deixem de comentar deixando a sua opinião.