Sem dúvidas, Alan Menken é um dos compositores mais conceituados de toda a história do cinema. Ao longo de sua carreira, o músico recebeu nada menos que 17 indicações ao Oscar®, das quais ele saiu vitorioso oito vezes devido às trilhas sonoras dos Clássicos “A Pequena Sereia”, “A Bela e a Fera”, “Aladdin” e “Pocahontas”. Contudo, em entrevista ao portal Thestar, Alan Menken admitiu que existe uma pequena desvantagem em receber todas essas gratificações: a hora do discurso.
“Eu odeio os discursos mais do que qualquer outra coisa”, ele declarou. “Eu penso que ter de fazê-los é uma espécie de punição divina para ganhar o prêmio. Além disso, você sabe que o público não quer ver um compositor descuidado arrastando-se até o palco. Eles querem estrelas! Eles querem glamour! E quando se chega lá, você só está preocupado em não se esquecer de mencionar aqueles que o ajudaram, pois, acredite, o compositor é apenas a ponta do iceberg.”.
Dentre todos os seus premiados trabalhos na Disney, Menken possui um carinho especial por “A Bela e a Fera”. “Quando eu acabei de ver o filme de novo, eu me apaixonei mais uma vez. O segredo? Sua narrativa incrivelmente durável e seus personagens verdadeiramente maravilhosos”, ele diz. Realmente, o longa fez um enorme sucesso quando lançado nos cinemas em 1991 e até rendeu uma adaptação especial para a Broadway (atualmente em turnê).
E, embora o músico seja modesto, é fato que a partitura composta por Alan Menken e seu parceiro Howard Ashman foi fundamental para a fantástica repercussão do Clássico, tanto que essa mesma trilha acabou levando o Oscar® de Melhor Trilha Sonora e de Melhor Canção por “Beauty and the Beast”. Sobre esta última música, o compositor declarou: “Essa foi a única vez na minha carreira que eu me sentei para escrever uma canção que poderia ser tanto um número teatral quanto um hit pop. Howard e eu realmente queríamos um número de fuga, que tivesse uma vida própria. Eu tinha a fita em execução e comecei a jogar tudo o que vinha na minha cabeça. Demorou cerca de uma hora. E quando voltamos a fita e ouvimos, lá estava ela.”.
Howard Ashman interpretando “Beauty and the Beast”:
Na época, a parceria entre Alan Menken e Howard Ashman se encontrava em sua fase mais auspiciosa, até que, em uma manhã trágica, após receberem o seu primeiro Oscar® por “A Pequena Sereia”, Ashman revelou ao amigo que estava morrendo. Ele era soropositivo.
“O momento mais amargo da minha vida foi em uma sessão de gravação de “A Bela e a Fera”, onde Angela Lansbury e Jerry Orbach interpretavam Mrs. Potts e Lumiere, respectivamente”, contou o músico. “Duas das maiores estrelas da Broadway de todos os tempos estavam cantando em nosso trabalho, mas o que fez o momento tão decepcionante para mim foi o fato de que Howard estava tão doente que ele nem conseguia subir para reconhecer todos.”. Ashman faleceu em 1991, oito meses antes do filme ser concluído.
Alan Menken e Howard Ashman
Mas será que Menken já perguntou a si mesmo sobre o que teria acontecido com sua carreira, caso Ashman ainda estivesse vivo? “Sim, eu me permito a essa fantasia”, ele respondeu. “Na verdade, eu tenho sonhos recorrentes. Howard está presente neles e está vivo novamente. ‘Oh Deus’, eu digo. ‘Você está aqui. Vamos escrever mais um show!’ “.
“A Bela e a Fera” é uma das animações mais aclamadas e apreciadas de todos os tempos e está prestes a lhe conquistar. Siga as aventuras de Bela, uma jovem brilhante que se encontra dentro de um castelo de um príncipe que foi transformado em uma fera. Com a ajuda dos funcionários encantados do castelo, Bela logo aprende a lição mais importante de todas – que a verdadeira beleza está dentro de nós.
Adaptado e traduzido via Thestar