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Vingadores: Era de Ultron | Análise detalhada de Fã para Fã

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O que falar sobre Vingadores: Era de Ultron? O Marvel Studios acertou novamente, criando um excelente filme com nossos heróis preferidos. Vemos mais de Capitão América, Hulk, Thor, Homem de Ferro, Viúva Negra e Gavião Arqueiro em sua melhores formas, especialmente o último que ganha um grande e importante papel ao longo da história.

A trama começa com nossos heróis já reunidos e destruindo a última base da Hidra, onde estão escondidos o cetro de Loki e os irmãos geneticamente modificados Pietro e Wanda, chamados de “aprimorados” já que, nesse universo, não há Mutantes. Os novatos são apresentados rapidamente, mas deixam um gostinho de quero mais. Os gêmeos ficaram bem caracterizados, em um estágio inicial de sua vida com a descoberta de suas capacidades.

Após recuperar o cetro, o grupo comemora com uma festa na mansão Stark onde temos umas das cenas mais engraçadas de todo o filme: a tentativa de levantar o martelo de Thor. Alguém mais acha que o martelo tremeu quando Steve tenta?

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A cena é quebrada com a aparição do vilão do filme: Ultron, uma inteligência artificial contida no cetro de Loki, que Tony e Banner inseriram em um corpo robótico na esperança de criar a segurança do futuro. Desde a batalha de Nova York, Stark ficou obcecado com a possibilidade da Terra ser atacada por forças que nenhum dos heróis do grupo seria capaz de conter e vinha tentando criar a “armadura” ideal para a Terra.

O vilão, Ultron, é um megalomaníaco como muitos outros, mas quando paramos para pensar, sua solução para a humanidade é igual a de seu criador, Stark, e a única diferença entre os dois é que Ultron não tem travas morais que o impeçam de executar o plano.

As sequências de ação são fantásticas, bem coreografadas e com diversos acontecimentos em conjunto. A interação entre os personagens parece mais natural e fluída do que no primeiro filme, mostrando o entrosamento construído pela equipe através dos diversos filmes lançados. Cada integrante conhece e tira vantagem do poder do outro para atingir seus objetivos.

https://youtu.be/8cUtTBV8Big

Mais do que nunca, a sensação de assistir ao filme é muito semelhante à que sentimos quando lemos uma HQ, pois podemos deixar origens de lado e partir direto para a aventura. Apesar de excelentes, as cenas de ação quase ininterruptas fazem o ritmo do filme ficar uniforme demais e desagradou alguns espectadores que ficaram com a impressão de estarem assistindo a uma cena de ação de duas horas.

Todo o tempo os Vingadores se questionam se estão fazendo o melhor pela humanidade ou se são realmente necessários e nem sempre chegam à mesma conclusão. Seria esse o início do conflito que mais tarde resultará na Guerra Civil? Após Steve e Thor descobrirem que Banner e Stark agiram em segredo, há uma quebra de confiança no grupo, e é ai que o Gavião Arqueiro brilha.

O filme nos surpreende apresentando sua vida além da equipe. É para sua casa que ele leva o grupo em uma tentativa de fazê-los perceber que eles são muito mais do que peças convocadas para resolver algum problema quando necessário. Também são humanos e têm problemas como todos nós.

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Também há uma carga emocional muito maior. Tanto na área romântica, com Hulk e Viúva Negra, que nos surpreendem e têm um breve envolvimento, quebrando a expectativa da maioria dos fãs que esperavam ver Natasha com Barton ou Rogers; quanto na área psicológica, colocando de frente os conflitos internos de cada personagem. Principalmente quando Wanda usa seus poderes de telepatia para invadir a mente dos heróis e lhes mostrar seu passado ou um possível futuro caótico.

Percebendo que não têm a menor chance de vencer Ultron com suas armas, Stark e Banner tomam uma nova decisão sem o conhecimento do grupo e transformam o sistema operacional Jarvis em uma inteligência artificial sofisticada e inserida em um corpo “humano” conhecida como Visão.

Visão rouba a cena em todos os momentos que aparece, não só por seu poder, mas por sua capacidade de mostrar os erros de seus colegas. Além de nos dar uma das melhores sacadas do roteiro quando levanta o Mjolnir e prova sua boa natureza.

Não há grandes consequências para os eventos que assistimos, os personagens e suas vidas continuam praticamente iguais. Os conflitos do filme se resolvem de maneira relativamente simples no final, e talvez essa seja sua maior falha. A dinâmica usada no primeiro Vingadores, onde o grupo luta com um exército numeroso, porém simples, se repete e o momento mais emocionante fica nas mãos da morte de Pietro, a qual pegou a todos de surpresa.

Leitores de quadrinhos, no entanto, sabem que há grandes chances desse personagem voltar à vida, ainda mais considerando quem é sua irmã. Wanda teve seus poderes altamente diminuídos, nas HQs ela é capaz de alterar realidades e certamente poderia ressuscitar o irmão. Quem sabe?

Outro elemento usado em excesso, em uma tentativa de se igualar ao primeiro filme, foi o humor. Desde o primeiro momento que vemos os personagens em tela, piadas e trocadilhos são feitos e se tornam extremamente constantes ao longo da história. O que foi uma cartada genial no original, às vezes, faz os heróis parecerem bobos nessa continuação.

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E, infelizmente, a trilha sonora composta por Danny Elfman, apesar de boa, não faz justiça ao tema criado por Alan Silvetri para o primeiro filme.

Mesmo com alguns probleminhas, Vingadores: Era de Ultron foi uma excelente despedida de Joss Whedon ao Universo Cinemático Marvel. Divertido e empolgante, você sai do cinema já querendo entrar no próximo capítulo da franquia. Aliás, o longa deixa diversas pistas e introduções ao que está por vir, como por exemplo a menção e breve aparição de Wakanda, país natal do Pantera Negra.

Whedon criou o tom certo para filmes de equipe de super-heróis e seus sucessores terão trabalho para superar seus blockbusters, tanto em qualidade quanto em rentabilidade: o filmes já faturou R$40 milhões sem contabilizar com a bilheteria dos Estados Unidos, onde o filme entra em cartaz essa semana. Já assistiram ao filme, Camundongos? Aposto que sim! O que acharam?

~ por Caroline Calzolari e Sarah Campos.

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Escrito por Equipe

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