Lucas 
O dia 29 de Março de 2018 se aproxima a passos largos e, com ele, a estreia nacional de Uma Dobra no Tempo, o novo longa-metragem de fantasia e ficção científica a ser lançado pelo Walt Disney Studios. Porém, antes de embarcarmos nessa aventura pelo tempo e espaço, separamos alguns pontos interessantes para facilitar a compreensão e a apreciação dessa obra audiovisual.
Filha de dois renomados físicos, Meg Murry é inteligente e tem os seus próprios talentos, assim como seu irmão mais novo, Charles Wallace, mas ela ainda enfrenta problemas com sua auto-estima. Para complicar a situação, seu pai desapareceu. Com a ajuda de seu irmão, de Calvin, um colega de escola, e de três seres místicos – a Sra Quem, a Sra Quequeé e a Sra Qual – Meg parte em uma jornada por meio de uma dobra no tempo, pela qual é transportada para mundos além de sua imaginação, para resgatar o seu pai e enfrentar a escuridão que está consumindo o universo.
Rejeitado por pelo menos vinte e seis editores, Uma Dobra no Tempo foi publicado em 1962 e, desde então, se manteve como um grande sucesso. O livro ganhou importância por colocar uma garota como protagonista de uma obra de ficção científica, algo muito incomum para a época, e por abordar assuntos mais maduros, como física quântica, luta do bem e do mal, regimes ditatoriais, morte e conformidade social, além de trazer um certo viés religioso e também místico. Dessa forma, a autora Madeleine L’Engle quebrou as barreiras das categorias literárias e escreveu um livro único e ousado.
Uma Dobra no Tempo necessitou de muito da imaginação da equipe criativa para poder ganhar vida nas telas, porém, muitos conceitos explorados por L’Engle em seu livro são reais. Nos cinquenta e seis anos após a publicação, grandes avanços foram feitos na ciência e alguns deles provaram que a escritora não estava tão longe da verdade. Na trama, os personagens viajam pelo tempo e espaço dobrando a quinta dimensão, chamada de tesserato. As outras dimensões são: comprimento, largura, profundidade e tempo. Atualmente, os teóricos acreditam haver dez dimensões e ser possível viajar no tempo usando um buraco de minhoca, de forma semelhante ao que acontece na ficção.
Devido ao sucesso de Alice no País das Maravilhas (2010), o Walt Disney Studios decidiu levar a aventura de Meg Murry para as telonas. Portanto, para adaptar uma obra tão controversa e cheia de nuances, o estúdio do Mickey Mouse precisaria de uma equipe muito eficiente e cheia de qualidades. Em meados de 2014, Jennifer Lee (Frozen: Uma Aventura Congelante) foi contratada para escrever o roteiro e, em 2016, Ava DuVernay (Selma: Uma Luta Pela Igualdade ) assumiu a direção, se tornando a primeira mulher negra a dirigir um filme com um orçamento de mais de US$100 milhões.
E um longa-metragem desse nível também necessita de um elenco cheio de talento e diversificado. Para os papéis dos irmãos Murry, os escolhidos foram os novatos Storm Reid e Deric McCabe, enquanto seus pais são vividos por Chris Pine (Caminhos da Floresta) e Gugu Mbatha Raw (A Bela e a Fera). Oprah Winfrey (A Princesa e o Sapo) será a Sra Qual; Mindy Kaling (Divertida Mente) será a Sra Quem; e Reese Witherspoon (Doce Lar) será a Sra Quequeé. Completam o elenco: Levi Miller (Peter Pan) como Calvin; Zach Galifianakis (Os Muppets) como Médium Contente; e Michael Pena (Homem-Formiga) como Homem dos Olhos Vermelhos.
Qualquer aventura não estaria completa sem uma boa trilha sonora. Para essa tarefa, o estúdio escolheu Ramin Djawadi para compor as músicas instrumentais. Djawadi é o responsável pelas composições de Game of Thrones (2011-hoje) e Westworld (2016-hoje). Já as canções trazem uma variedade de artistas populares, incluindo DJ Khaled, Demi Lovato, Sia, Kehlani e Chloe X Halle – a trilha sonora completa pode ser escutada logo abaixo. “Cada uma das músicas da trilha sonora de Uma Dobra no Tempo foi criada com muito cuidado e em estreita colaboração com os artistas,” disse DuVernay, que serviu como produtora da trilha sonora.
Como foi possível notar, Uma Dobra no Tempo traz uma mistura dos mais diferentes elementos e isso permite ao público ter as mais diferentes interpretações e visões sobre a história. Segundo DuVernay: “Algumas pessoas podem assistir ao filme e encontrar uma aventura de ficção científica; outras podem enxergar um romance; outras podem visualizar uma história sobre gênios da matemática; outras podem observar o empoderamento feminino; e outras podem notar uma história sobre família.” Porém, para a diretora, a mensagem de “ser um guerreiro” e lutar pelo bem vai ressoar com todos, independentemente de idade ou gênero.
Trailer legendado de Uma Dobra no Tempo
Baseada no clássico atemporal de Madeleine L’Engle, essa épica aventura leva o público através das dimensões do tempo e espaço, enquanto examina a natureza da luta da escuridão contra a luz e, enfim, o triunfo do amor. Por meio da jornada de evolução de uma garota, liderada por três guias celestiais, nós descobrimos que a força surge quando aceitamos as nossas individualidades e o melhor meio de superar o medo é utilizar a sua própria luz.
