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Procurando Dory | Crítica de Fã de Fã

“O que a Dory faria?”

Nemo

O que torna momentos inesquecíveis? Provavelmente você pensou em lembranças e, grande parte delas são feitas quando você não planeja o que vai acontecer e simplesmente segue o seu instinto, certo? Bom, leve isso em conta durante todo o filme, porque é a chave principal de toda história de Procurando Dory.

Não existe análise, não existe lógica, apenas aquilo que a pessoa, neste caso animal, vive naquele momento. A história se passa um ano depois após encontrarem Nemo em Sidney. O filme toma forma quando, durante uma aula do tio Raia falando sobre instinto animal, Dory se recorda de algumas lembranças de sua infância.

Isso faz com que, em sua mente um tanto quanto esquecida, dispare algumas palavras que servirão de pistas para a sua nova jornada: encontrar os seus pais. Porém, ela não pode fazer isso sozinha, portanto, pede ajuda a quem lhe acolheu, Marlin e Nemo.

Destinados a desbravar mais uma vez o grande oceano azul, eles passam por situações semelhantes às da aventura anterior, mas com mais humanos. Imagine a história de Nemo ao contrario. Dessa vez, o filho vai atrás dos pais.

No meio do caminho, Dory conhece o polvo Hank, a baleia beluga Bailey e reconhece sua amiga de canto, Destiny. Em meio às lembranças e às novas amizades, Dory mostra sua verdadeira identidade, sua essência em fazer as coisas sem grandes análises, apenas obedecendo seu instinto.

Com novos personagens, Procurando Dory se torna mais leve ao público infantil e mais significativo aos olhos dos adultos. Trazendo uma mistura de fofura com valores familiares, o filme recorda a importância da união e da ação por instinto. De certa forma, sendo superior a Procurando Nemo (2003).

Por mais que sejam animais diferentes, existe também toda uma questão de diversidade e convivência entre espécies que podemos levar para os dias atuais. Seja uma baleia, uma tartaruga, uma lontra, um polvo ou um peixe, todos podem se ajudar. No fundo, temos esse instinto que nos permite ser bom ao próximo.

Procurando Dory é uma verdadeira metáfora para grandes questões de nós, seres humanos. A lição do filme é bem dada e mostrada de maneira que mistura a seriedade de valores, talvez difíceis de serem explicados a crianças, com comédia para tornar o filme leve e divertido.

Seu roteiro não teve buracos, tudo aquilo que foi apresentado, foi explicado e solucionado, por isso, deixa a parecer de que não virá uma nova sequência. A dublagem está de parabéns, porque está um trabalho incrível, assim como toda a questão gráfica que, se tratando de Pixar, está de encher os olhos.

O trabalho feito pelo estúdio não está exagerado como em seu filme anterior, O Bom Dinossauro (2015), é o equilíbrio ideal entre o real e a computação gráfica. Há uma grande quantidade e qualidade de detalhes incríveis, com muitos easter-eggs escondidos.

A trilha sonora do filme ficou por conta de Thomas Newman, o qual tornou a experiência do filme bem mais agradável do que no primeiro filme e a música-tema, “Unforgettable“, cantada por Sia fecha o filme com chave de ouro.

Já o curta que o antecede o filme, Piper – Descobrindo o Mundo, é quase que um prólogo a Procurando Dory. É a essência do instinto animal, unido as descobertas que ocorrem quando você está aprendendo a sobreviver reproduzido em muitos detalhes e graciosidade.  Procurando Dory é um filme para todos os tipos de família, cheio de momentos que serão inesquecíveis. Ah, e vale lembrar que o filme possui cena pós-créditos.

Escrito por Catarina

Colecionadora de tsum tsums, seu filme favorito da Disney varia de acordo com o humor. Apaixonada pelas trilhas sonoras da Disney e o mascote do site é o seu maior xodó gráfico.

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