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Moana: Um Mar de Aventuras | O maior desafio da carreira de Ron Clements e John Musker

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Moana: Um Mar de Aventuras marca o retorno de John Musker e Ron Clements à direção de um filme do Walt Disney Animation Studios, após sete anos da estreia de A Princesa e o Sapo (2009), assim como a primeira incursão da renomada dupla em um longa-metragem usando computação gráfica.

A tarefa de Musker e Clements não era nada fácil. Além de precisarem aprender um novo modo completamente diferente de animação, os diretores tiveram um grande desafio: animar um dos elementos mais difíceis, a água. “A maioria do filme se passa no mar e nenhum dos cenários é estático. Eles estão em um barco e sempre viajando,” explica a produtora Osnat Shurer.

Shurer já está familiarizada com a computação gráfica, pois produziu diversos curtas no Pixar Animation Studios e auxiliou nos bastidores de alguns dos filmes mais recentes do Walt Disney Animation Studios, incluindo Frozen: Uma Aventura Congelante (2013) e Operação Big Hero (2014). E foi ela a responsável por guiar a dupla de diretores nessa nova aventura.

Para a produtora, as coisas fáceis e difíceis são diferentes nas duas técnicas. Por exemplo, o semi-deus Maui (voz original de Dwayne Johnson) é capaz de se transformar em diferentes animais. Na computação, essas transformações precisam ser definidas e limitadas, pois é necessário criar os modelos de cada uma, enquanto não há limites na animação tradicional.

No entanto, criar um personagem como Maui em animação tradicional seria extremamente complicado. Devido ao número de tatuagens em seu corpo e a como elas se movem, os animadores teriam de desenhá-las diversas e diversas vezes. Já na computação gráfica basta criar o modelo e movimentá-lo conforme a cena demanda.

E para unir os talentos e as mentes clássicas dos diretores às tecnologias atuais, muitas inovações tiveram de ser feitas e houve um grande uso de efeitos especiais, os quais representam cerca de oitenta e cinco por cento do filme. Apenas para a animação do mar foram criados quatro programas – um para a água distante, outro para água não tão longe, outro para a água bem próxima, e o quarto para combinar todos.

Outro ponto crucial na produção foi o cabelo dos personagens. Assim, mais um programa foi criado, o qual controla os movimentos dos fios, como eles se chocam entre si, um comportamento diferente para quando está molhado. E outro programa foi desenvolvido para cuidar do funcionamento dos músculos dos personagens, pois vários deles têm muita pele exposta e era essencial os movimentos serem naturais.

Todos esses artifícios serviram para auxiliar a evolução da história. Embora desde o princípio a ideia central tenha sido uma jovem cujo maior sonho era se tornar uma navegadora, o roteiro mudou inúmeras vezes. E o maior desafio foi manter Moana (voz original de Auli’i Cravalho) como protagonista, porque a presença de um personagem com habilidades mágicas sempre acaba roubando os holofotes.

De acordo com Shurer, foi muito divertido fazer isso funcionar. “Todos nós podemos nos identificar com Moana. Nós não nos transformamos em outros animais. Nós temos os nossos sonhos e temos pessoas sempre nos dizendo quem devemos ser, e também precisamos nos conectar com nosso eu interior e descobrir quem realmente somos,” explica a produtora.

Como Moana: Um Mar de Aventuras é um filme com uma grande influência cultural das ilhas do Pacífico, toda a equipe se manteve preocupada em fazer uma homenagem, em vez de uma apropriação. E para Osnat Shurer, o segredo disso foi a criação do Conselho de Criação Oceânica, um grupo formado por acadêmicos, arqueólogos, antropólogos, linguistas e historiadores contratados pelo estúdio.

Ron Clements e John Musker tiveram ajuda ainda da própria equipe e do elenco para manter a trama dentro dos eixos, incluindo Taika Waititi (Thor: Ragnarok), primeiro roteirista da animação; Opetaia Foa’i, vocalista da banda Te Vaka e um dos compositores da trilha sonora. Shurer define o projeto como um trabalho de imaginação e, para ela, a dupla de diretores possui uma imaginação muito rica.

Uma imaginação grande e maravilhosa, capaz de nos agraciar com tantos filmes incríveis. Então, é um equilíbrio, uma colaboração. Nosso grande sonho e maior esperança é as pessoas ficarem felizes. Você faz o seu melhor, mantém o seu coração e as suas intenções nos lugares certos e apenas espera pelo melhor,” finaliza. Moana: Um Mar de Aventuras estreia em 05 de Janeiro de 2017.

“Trabalhando com Água”:

três mil anos, os melhores navegadores do mundo cruzaram o vasto Pacífico Sul e descobriram as ilhas da Oceania. Mas depois, por um milênio, as viagens pararam – e até hoje, ninguém sabe o porquê. Moana: Um Mar de Aventuras, do Walt Disney Animation Studios, traz para as telonas a história sobre uma adolescente polinésia de dezesseis anos (voz de Auli’i Cravalho na versão original) que se aventura pelo Oceano Pacífico para desvendar o mistério que envolve seus ancestrais. Durante esta grande aventura, ela encontra o “espirituoso” e poderoso semideus Maui (voz de Dwayne Johnson na versão original) e, juntos, eles embarcam em uma viagem cheia de ação, enfrentando criaturas inusitadas, algumas até ferozes, e muita diversão.

Escrito por Lucas

Um grande aficionado por cinema, séries, livros e, claro, pelo Universo Disney. Estão entre os seus clássicos favoritos: "O Rei Leão", " A Bela e a Fera", " Planeta do Tesouro", "A Família do Futuro" e "Operação Big Hero".

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