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Minnie Side | As mulheres de Capitão América: Guerra Civil

Após assistir Capitão America: Guerra Civil (2016), percebi que o Marvel Studios está mudando sua visão quanto às heroínas. Apesar de ainda não terem o mesmo destaque que Capitão America, Homem de Ferro, Homem Aranha e os outros companheiros super-heróis, percebemos a evolução das personagens Viúva Negra, Feiticeira Escarlate e Sharon Carter.

Houve muitas reclamações a respeito de como estavam retratando a Viúva Negra nos primeiros filmes. Houve até boatos de que ela poderia ganhar um filme solo, o qual já vimos que não acontecerá. A Marvel ainda engatinha em prol da evolução da personagem, mas neste filme, já acertou em muitas coisas em relação à ex-agente da S.H.I.E.L.D.

Primeiramente devo falar sobre as vestimentas. Todos sabem que o uniforme da Viúva é extremamente tático e, por isso, se trata de um colant preto com apetrechos tecnológicos para que Natasha possa usar todas as suas habilidades. Então, o que mudou? Os closes — enquadramento da câmera — da personagem. Natasha sempre apareciam com ar sedutor e sensual nos filmes.

Neste filme, ela entra na primeira batalha contra o Ossos Cruzados vestida à paisana, e mesmo assim, executa uma cena de luta impressionante. Quando vai combater o time do Capitão América, ela veste novamente seu uniforme, mas nada de closes sensuais ou apelativos, vemos Natasha lutar.

Seus golpes e cenas são bem melhores, mais elaborados e sua personagem amadureceu a um posto igual ao dos demais Vingadores. Por ser a primeira mulher Vingadora do MCU, a Viúva Negra era a única heroína a representar as garotas na franquia. Coisa que, para nossa alegria, está mudando.

A Feiticeira Escarlate foi o grande propósito de Vingadores: Era de Ultron (2015). Ela e seu irmão Pietro eram ativistas contra as empresas Stark e, de início, ajudaram Ultron a colocar seu plano de acabar com os Vingadores em prática.

Quando descobre que Ultron deseja acabar com o planeta, Wanda recorre aos heróis para, assim, descobrir que seus poderes podem servir para muito mais do que vingança pessoal, eles podem ser as habilidades para salvar a Terra de catástrofes.

Infelizmente, Wanda tem um poder muito perigoso, do qual ela própria pode perder o controle. E assim por conta de uma ação mal executada, ela coloca inocentes da cidade de Laos em perigo, e se torna responsável pelas tragédias que ali ocorreram.

A personagem ainda está em fase de amadurecimento, precisa aprender muitas coisas sobre si mesma, ao mesmo tempo que é colocada como o ser mais perigoso do grupo de super-poderosos. Ela tem potencial para tornar-se uma titã, no mesmo nível dos super-poderosos Hulk e Thor e, aos poucos, está aperfeiçoando suas habilidades.

A Agente 13, aos poucos, foi galgando seu espaço no MCU. Apresentada em Capitão América: O Soldado Invernal (2014), Sharon teve pouco tempo de cena para efetivamente tornar-se essencial para a história, como ocorre nos quadrinhos.

A fibra moral dela, no entanto, rivaliza com a do próprio Capitão, e em todos os momentos em que aparece é possível perceber que ela está do lado da justiça, mesmo que isso signifique desacatar ordens ou colocar-se em perigo. O fato de ela ser sobrinha de Peggy Carter é muito importante, pois une duas personagens empoderadas dentro deste universo.

Peggy enfrentou o preconceito tanto no exército quanto na criação da S.H.I.E.L.D., mostrou inteligência, sagacidade e força, que a tornaram um exemplo como soldado e como mulher. Sharon segue estes passos fielmente, e não deixa para menos, tanto nas cenas de combate quanto na hora de tomar decisões difíceis.

O interessante de Capitão América: Guerra Civil (2016) é que, em vários momentos, as mulheres ganham destaque, como por exemplo no começo do filme, com a ação em conjunto de Natasha e Wanda. As aparições de Sharon mostram que suas decisões são por convicção, e não por ser um possível par romântico do Capitão.

A Viúva Negra deixou seu lado femme fatale, para se tornar uma personagem complexa, mostrando muito mais o lado de amizade do que o de interesse romântico, apresentando, inclusive, seu abalo ao tomar o lado de Stark e ir contra grandes amigos.

Ainda estamos engatinhando no que diz respeito às mulheres em filmes de heróis, e muito mais ainda precisa ser feito. Mas o fato do primeiro passo ter sido dado nos mostra que as mudanças do mundo estão afetando o entretenimento, e a cada passo nos tornamos nossas próprias inspiradoras retratadas nos cinemas.

Escrito por Sarah

Sarah Campos ama tudo o que diz respeito a Disney, principalmente a Cinderella. Gosta de cinema, jogos de vídeo game, ficção científica e quadrinhos da Marvel. Tem como sonho conhecer o mundo e mais do que ele tem a oferecer.

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