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Galavant | Primeiras Impressões

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O musical “Galavant” é a primeira vítima de nossa análise de seriados, algo que ainda não havíamos realizado. Com oito episódios encomendados para sua primeira temporada, a produção pega emprestado os talentos por trás de “Enrolados“: o roteirista Dan Folgeman e compositores Alan Menken e Glenn Slater. Folgeman possui certa experiência com as comédias e, inspirado por “Monty Python – Em Busca do Cálice Sagrado”  e “A Princesa Prometida”, oferece um viés cômico aos contos de fada, através da história de um típico herói, representado pelo personagem-título (Joshua Sasse), e sua amada, Madalena (Mallory Jansen).

Tudo corria bem entre os pombinhos apaixonados até o momento em que o Rei Richard (Timothy Omundson) sequestrou Madalena para que se casassem. Então, como bom herói que é, Galavant parte ao resgate. No entanto, Madalena opta pela vida fácil de riqueza e bem-estar, partindo o coração do protagonista. Um ano depois, Galavant, agora no fundo do poço e sempre bêbado, recebe a visita da Princesa de Valencia (Karen David) trazendo uma proposta de se vingar do Rei Richard, sem imaginar que se trata de um plano do mesmo para se livrar do herói.

Galavant“:

A concepção de Galavant parece ter sido inspirada em uma mistura de Flynn Ryder, de “Enrolados“, com Gaston, de “A Bela e a Fera“. Apesar da boa voz e aparência, Joshua Sasse deixa a desejar quanto à sua atuação como personagem principal e se mostra incapaz de expressar as devidas emoções, se limitando a fazer algumas péssimas caretas.

Timothy Omundson, como o antagonista, é o grande destaque do elenco e rouba os holofotes a cada aparição sua. A excentricidade e trejeitos de sua interpretação oferecem uma nova camada ao Rei Richard e o transformam no personagem mais interessante. Facilita também estar cercado por personagens mais cômicos, como o brutamontes Gareth (Vinnie Jones) e o desajeitado Chef (Darren Evans).

She’ll be mine“:

Os demais membros do elenco entregam atuações na medida, ainda sem muito destaque nesses dois primeiros episódios, o que ressalta as participações especiais, a exemplo de John Stamos (o Tio Jess de “Três é Demais”) como o arrogante Sir Jean Hamm, que enfrenta Galavant no duelo menos épico de todos os tempos. E muitos outros convidados estão programados para os próximos capítulos.

A proposta da equipe, obviamente, é satirizar os contos de fadas da Disney e seus personagens característicos. Madalena, a princesa, foge do esteriótipo de dama dócil e frágil e se mostra cruel e sádica, enquanto Galavant se revela um grande incompetente. Vemos ainda o protagonista reclamar de falta de fôlego ao cantar uma música tão longa e a clássica sequência de treinamento, ao mesmo tempo em que a música de fundo aponta que não haverá história e trama será péssima, caso ele não faça isso.

Maybe You’re Not the Worst Thing Ever“:

Reconhecido por seus trabalhos em “A Pequena Sereia“, “A Bela e a Fera“, “Aladdin“, além de diversos outros clássicos, Alan Menken mostra mais uma vez seu potencial e com as letras de Glenn Slater criam o ponto alto do seriado, a divertida e grudenta trilha sonora. A dupla compôs canções que espelham os clássicos – a de introdução de Galavant, se assemelha à de Bela, com toda a aldeia cantando – e que também os ironizam – como a romântica, em que os pares apontam todos os defeitos do parceiro. O resultado é uma curiosa mistura de estilos, mas que funciona muito bem dentro da proposta da série.

Por se tratar de uma comédia de meia-hora, a ABC está exibindo os episódios aos pares em quatro finais de semana consecutivos, terminando em 25 de Janeiro. Escolhida para substituir “Once Upon a Time” durante seu hiato, “Galavant” é uma boa surpresa e possui potencial para se desenvolver em uma série muito interessante, dependendo de como o roteiro irá conduzir os próximos episódios e trabalhar os personagens, em especial os coadjuvantes. Embora não seja feito para gargalhadas, o programa diverte e traz alguns sorrisos. E você, o que achou de “Galavant“? Comente abaixo a sua opinião e se continuará acompanhando as desventuras desse herói diferente.

Escrito por Lucas

Um grande aficionado por cinema, séries, livros e, claro, pelo Universo Disney. Estão entre os seus clássicos favoritos: "O Rei Leão", " A Bela e a Fera", " Planeta do Tesouro", "A Família do Futuro" e "Operação Big Hero".

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