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Entrevista com Taylor Kitsch, de JOHN CARTER

 

O site Collider esteve no set de gravação de “John Carter – Entre dois Mundos”, o próximo lançamento da Disney, e conversou com Taylor Kitsch, o ator que dá vida ao personagem principal do filme. Na entrevista, Kitsch fala como foi trabalhar com Andrew Stanton, conhecido por suas animações da Pixar, como se preparou para o papel e comentou a experiência de trabalhar dentro e fora de um estúdio.

Leia a entrevista, traduzida na íntegra, abaixo.

 

 

Você parece bastante surrado. Quanto disto é você realmente e quanto é maquiagem?

Taylor Kitsch: Sinto-me pior do que pareço, mas o que isso lhe diz? Não, quero dizer que estou começando a me acostumar a me preparar o máximo para a aventura, entende? Como eu disse, é uma tensão mental também. Se você continuar dizendo a si mesmo “Você consegue” ou isto ou aquilo, você vai cair nessa armadilha. Você deve apenas tentar manter, realmente, o pensamento positivo.

Antes de assinar o contrato, você era fã dos livros?

Kitsch: Uma vez, tive um primeiro encontro com Stanton… Obviamente, queria essa oportunidade e queria trabalhar com ele, então, você envolve-se com isso, pelo menos para o trabalho. Não tinha permissão para ler o script antes do teste, assim, precisei procurar algo para criar o personagem para o teste, e, claro, com a direção [de Andrew Stanton], você chega lá.

 

 

Então, quais foram alguns dos dramas do personagem?

Kitsch: Acho que para mim, pessoalmente, pelo menos, o teste… Eu não sei. Você aprende muito sobre [John Carter] com a forma como ele lida com as lutas e outros, e que ele sorria com isso nos livros. Seria muito difícil para ele se afastar de uma briga. Então, você agarra-se a isso e ao roteiro… Eu me envolvi com a Guerra Civil e estudei com todos esses historiadores e rapazes que conheciam muito sobre a Guerra Civil. Você lê as cartas dos soldados e eu construí muito de John Carter a partir disso, de onde ele veio e o motivo que o levou para a guerra.

Acredito que John Carter é uma representação do público, porque nós descobrimos aquele mundo junto com ele.  Como é fazer um personagem assim, enquanto todos os outros personagens estão conscientes de si e sabem o que são naquele mundo? Você precisa passar por muita coisa para descobrir.

Kitsch: É uma grande experiência para mim, porque sou basicamente o único humano no filme, então, estou mostrando a você o mundo e tudo que acontece comigo, e estou aprendendo a deixar que as coisas aconteçam. É claro que é preciso entender os outros personagens. É uma ficção científica, por isso, não falarei “Um alienígena!” a cada cena. Você precisa descobrir onde você está e que aquela é a jornada de John Carter, mas isso me permitiu aprender. Há algumas cenas onde posso liderar, realmente pegar as rédeas e fazer acontecer. É uma grande experiência.

 

 

A escrita possui uma forma muito antiga de expressão. Você faz isso muito no filme?

Kitsch: Definitivamente. Você não irá conseguir um monte das minhas expressões ou coisas assim. (Risos). O dialeto de John é muito mais complicado, e muda à medida que o tempo passa, então, você verá isso também. O visual e tudo mais… Graças a Bill Corso, que é incrível com a maquiagem. Temos, creio, oito ou nove visuais diferentes. Como um ator, estou adorando. É ótimo.

Por falar nisso, recentemente, li em uma entrevista sobre Polly [Walker] quando ela era mais jovem. Ela iria aparecer em um set e pensaria: “Ah! Que bom do departamento de arte. Fizeram isso tudo somente para mim?”

Kitsch: (Risos) Não sei se penso dessa forma. Isso é um pouco egoísta, não é?

 

Trailer legendado de “John Carter – Entre dois Mundos”:

 

Quero dizer, interpretar o personagem titular nesta produção enorme, com todos esses cenários elaborados. Você, alguma vez, verificou se era verdade?

Kitsch: Claro. Você precisa se beliscar. Não sei, Stants e eu nos damos muito bem e estamos colaborando com uma quantidade incrível. Acho que isso, a jornada, o projeto e, talvez, o caminho que estamos trilhando faz essa ligação ser um pouco mais forte… Você quer que seja um grande filme e que as pessoas vejam e gostem do personagem e de sua trajetória. Quando você mergulha nisso, em seguida, todo o resto ficará como deve ser. Se começar a pensar em “isso, isso e aquilo” e como ele vai fazer, você simplesmente ficará louco.

 

 

John Carter pode fazer um monte de coisas incríveis. Ele começa, literalmente, a saltar prédios altos num único salto, mas ao mesmo tempo você é um estrangeiro em um mundo cheio de alienígenas. Como você encontrar o equilíbrio entre o herói e o público?

Kitsch: Essa é uma boa pergunta. Sabe, eu acho… Quero dizer, deixando o set agora mesmo… Como eu disse, preparação para mim é tudo e eu confio em Stanton, então, você só tem que passar por um dia de cada vez. “Onde ele está neste momento?” “Onde ele está com o relacionamento com Tars, com Sola?” e “Como me relaciono com tudo o que passei  na Terra?” e “Por que ele é desse jeito?”. Apenas tento e deixo ser o mais orgânico possível, deixá-lo correr seu próprio curso, tomar a direção, e apenas seguir. Se eu começar a olhar para daqui a seis meses “Farei essa cena com Tars,” é simplesmente demais. Agora, estou imerso nesta cena. É ótimo.

Como é trabalhar com Andrew Stanton em seu primeiro live-action? Como é em relação aos outros diretores com quem já trabalhou? Qual a diferença?

Kitsch: Ele é brilhante, em primeiro lugar. O roteiro é realmente notável. Continuo dizendo “Preparação é tudo”, ele fez isso várias vezes, então, ele sabe exatamente o que está acontecendo em algo tão grande como filmar esses caras e quão técnico isso pode ser, é preciso muita confiança. Tenho que confiar nele muito mais do que confiei  em trabalhos anteriores… Se ele disser “Preciso que faça novamente”, só tenho que confiar. Confio nele, porque ele é muito inteligente e ele é roteirista e a visão dele já está lá, então, estou realmente tentando trazer esse cara à vida o máximo que puder.

 

 

Como é a experiência de estar no local de filmagem em vez de no estúdio? Como isso é integrado ao personagem?

Kitsch: Como você estava dizendo, existem esses sets, sabe? Um mês atrás, eu estava cercado por uma tela verde e um homem com máquinas de vento, e assim que você sai do estúdio, começa a sentir como um filme épico de aventura. Estamos em Lake Powell e há todos esses cenários grandes. É metade da batalha, não preciso imaginar “isso, isso, e aquilo” aqui, está na minha frente, então, é de muita ajuda.

John Carter – Entre dois Mundos“, baseado em “A Princesa de Marte”, de Edgar Rice Burroughs, será lançado em 09 de Março nos Estados Unidos e no Brasil.

John Carter (interpretado por Taylor Kitsch) é um veterano de guerra que é abduzido e transportado para Marte, onde se torna prisioneiro de alienígenas bárbaros verdes e precisa salvar a princesa Dejah Thoris (interpretada por Lynn Collins) da tirania local. Bryan Cranston, Willem Dafoe, James Purefoy, Mark Strong, Ciarán Hinds, Samantha Morton, Dominic West, Polly Walker e Thomas Haden Church também estão no elenco do filme.

Escrito por Lucas

Um grande aficionado por cinema, séries, livros e, claro, pelo Universo Disney. Estão entre os seus clássicos favoritos: "O Rei Leão", " A Bela e a Fera", " Planeta do Tesouro", "A Família do Futuro" e "Operação Big Hero".