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Saiba tudo sobre “Walt nos Bastidores”

 

Em 1961, Walt Disney convidou a autora de “Mary Poppins” para ir ao seu estúdio em Los Angeles para discutir, pessoalmente, seu contínuo interesse pela aquisição dos direitos do filme de seu adorado livro e personagem — uma tentativa que ele fez pela primeira vez nos anos 1940. Ainda hesitante e desinteressada depois de todos aqueles anos, Travers quis dizer ao empresário de Hollywood para empinar uma pipa, mas com a queda nas vendas de seu livro e um futuro econômico sombrio, P.L. Travers aceitou e embarcou para uma temporada de três semanas em Los Angeles que, por fim, colocou o adorado filme em movimento.

Agora, Walt Disney Pictures apresenta “Walt nos Bastidores de Mary Poppins”, um filme inspirado por esta extraordinária história não contada de como o clássico da Disney “Mary Poppins chegou às telas, estrelado pela ganhadora de dois prêmios da Academia® Emma Thompson e o também ganhador de dois prêmios Oscar® Tom Hanks.

A jornada de “Mary Poppins” até a telona começou no momento em que as filhas de Walt Disney imploraram que ele fizesse um filme do livro favorito delas, Mary Poppins de P.L. Travers. Walt prometeu a elas que faria, mas foi uma promessa que ele não sabia que levaria 20 anos para cumprir. Em sua busca para obter os direitos, Walt enfrentou uma escritora irascível e intransigente que não tem a menor intenção de permitir que a máquina de Hollywood maltrate sua adorada babá mágica. Mas conforme a venda dos livros começa a estagnar e o dinheiro acaba, Travers relutantemente concorda em ir até Los Angeles para ouvir os planos de Disney para a adaptação.

 

 

Durante essas curtas duas semanas em 1961, Walt Disney faz de tudo para conseguir convencê-la. Armado com storyboards criativos e canções envolventes dos talentosos irmãos Sherman, Walt lança um ataque total a P.L. Travers, mas a difícil autora não se mexe. Ele logo começa a assistir, impotente, Travers se tornar cada vez mais inflexível, e os direitos começam a se afastar mais de seu alcance.

É só quando recorre à própria infância que Walt descobre a verdade sobre os fantasmas que a atormentam e, juntos, eles libertam Mary Poppins para finalmente fazerem um dos mais encantadores filmes da história do cinema.

Explicando a premissa do filme, o diretor John Lee Hancock diz, “É uma história realmente fantástica, mas não é uma visão dos bastidores da realização de Mary Poppins. Você não verá os jovens Julie Andrews e Dick Van Dyke no estúdio de som. Nossa história se passa 2 ou 3 anos antes de a produção do filme começar.”

 

 

Walt Disney viu a promessa daquele filme, o que fez com que valesse a pena lidar com P.L. Travers para garantir os direitos. Essa é a nossa história, é uma história fantástica sobre um filme adorado, sua própria história e seus personagens, e as origens de como ele se tornou esse filme inovador e incrível. Em um nível mais profundo, também fala de dois contadores de histórias e da jornada de Disney tentando entender por que P.L. Travers é tão determinada e protetora de sua história e da imagem do pai que ela adorava”, conclui Hancock.

Colin Farrell (“Minority Report – A Nova Lei”, “O Vingador do Futuro”) coestrela como o pai carinhoso de Travers, Travers Goff, junto com a atriz britânica Ruth Wilson (“Cavaleiro Solitário”, “Anna Karenina”) como sua esposa, Margaret; a indicada ao Oscar® e ao Emmy® Rachel Griffiths (“Six Feet Under”, “Hilary e Jackie”, “Desafio do Destino”) como a irmã de Margaret, a tia Ellie (que inspirou o personagem-título do livro de Travers); e uma novata no cinema — a australiana de 11 anos, Annie Rose Buckley, como a jovem e futura escritora, cujo apelido é Ginty, nas cenas de flashback.

O elenco também inclui o indicado ao Oscar® e ganhador do Emmy® Paul Giamatti (“Sideways – Entre Umas e Outras”, “A Luta Pela Esperança”) como Ralph, o gentil motorista da limusine que acompanha Travers durante as duas semanas em Hollywood; Jason Schwartzman (“Moonrise Kingdom”) e B.J. Novak (“The Office”, “Bastardos Inglórios”) como os compositores, irmãos Sherman (Richard e Robert, respectivamente); o vencedor do Emmy® Bradley Whitford (“The West Wing”) como o roteirista Don DaGradi; e a ganhadora de vários prêmios Emmy® Kathy Baker (“Picket Fences”, “Edward Mãos de Tesoura”) como Tommie, uma das mais leais confidentes de Disney.

 

 

Walt nos Bastidores de Mary Poppins” é dirigido por John Lee Hancock (“Um Sonho Possível”, “Desafio do Destino”) a partir de um roteiro de Kelly Marcel (criador da série “Terra Nova”) e Sue Smith (“Brides of Christ”, “Bastard Boys”). O filme é produzido por Alison Owen (indicado ao Oscar® “Elizabeth”, ganhador do Emmy® “Temple Grandin”, da HBO), Ian Collie (documentário de TV australiano “The Shadow of Mary Poppins”) e o colaborador de longa data de Hancock, Philip Steuer (“Desafio do Destino”, trilogia “As Crônicas de Nárnia”). Os produtores do filme são Paul Trijbits (“O Dobro ou Nada”, “Jane Eyre”), Christine Langan (indicado ao Oscar® “A Rainha”, “Precisamos Falar sobre Kevin”), Andrew Mason (trilogia “Matrix”, “Cidade das Sombras”) e Troy Lum (“O Último Dançarino de Mao”, “Frankenstein – Entre Anjos e Demônios”).

A equipe de produção de Hancock incluía o trio de artistas com quem ele trabalhara em seu filme de 2009, indicado ao Oscar® de Melhor Filme, “Um Sonho Possível” — o desenhista de produção indicado a dois prêmios da Academia® Michael Corenblith (“O Grinch”, “Apollo 13 – Do Desastre ao Triunfo”, “O Álamo”), o figurinista ganhador do Emmy® Daniel Orlandi (“O Álamo”, “Frost/Nixon”) e o montador cinematográfico Mark Livolsi, A.C.E. (“Penetras Bons de Bico”, “O Diabo Veste Prada”). Hancock também voltou a trabalhar com o cinegrafista indicado ao prêmio da Academia® John Schwartzman, A.S.C. (“Seabiscuit – Alma de Herói”, “Pearl Harbor”, “O Espetacular Homem-Aranha”), com quem ele trabalhou pela primeira vez em seu inspirador drama esportivo de 2002, “Desafio do Destino”.

 

 

Uma Ideia Decola

“Sopra o vento do leste, vem a neblina, como alguém maquinando algo lá em cima. Não sei o que pode ser. Nem o que vai acontecer, mas isto que vem, não é novidade pra ninguém.”

— Bert em “Mary Poppins

Quando o cineasta australiano Ian Collie deu ao produtor britânico indicado ao Oscar® Alison Owen uma cópia de seu documentário e também o roteiro de um filme escrito por Sue Smith sobre P.L. Travers, a autora de Mary Poppins, Owen ficou intrigada… com certeza Travers era britânica? Afinal, Mary Poppins era a babá britânica quintessencial! E aí começou a jornada de “Walt nos Bastidores de Mary Poppins”. Após trazer Kelly Marcel para trabalhar no roteiro, com apoio da BBC Films, Owen e Collie acharam que tinham desvendado a história da batalha entre essa grande dama e o rei de Hollywood, Walt Disney.

 

 

O roteiro final começou a gerar empolgação em Hollywood e atraiu a atenção do diretor John Lee Hancock. Hancock leu o roteiro e se reuniu com Owen para discutir o projeto, dizendo a ela o que ele adorou na história — o modo como Marcel entrelaçou a história de 1961 com a história da infância de Travers em 1906, revelando a origem de Mary Poppins — e as possibilidades visuais que oferecia.

Mas antes de escolher um diretor ou um ator, Owen sabia que precisava conseguir o apoio do estúdio. Havia uma pessoa a quem ela sabia que tinha que pedir ajuda — o compositor e letrista Richard Sherman, que passou pelo sofrimento de lidar com a irracional Travers 50 anos antes. Com o endosso de Sherman de que eles estavam contando uma história com verdade e integridade, Owen foi a Disney, onde o projeto encontrou seu verdadeiro lar.

 

 

Elenco & Personagens

 

Quando os cineastas se reuniram para discutir o elenco de “Walt nos Bastidores de Mary Poppins”, eles fizeram uma lista do elenco dos sonhos. Como o destino reservara, eles conseguiram os atores que desejaram e eles ficaram muito felizes de se associar à produção.

A primeira opção para interpretar a autora de Mary Poppins, P.L. Travers era a ganhadora de dois prêmios Oscar® Emma Thompson. “Quando se consegue alguém como Emma Thompson, ela traz uma enorme caixa de ferramentas,” diz o diretor Hancock, sobre sua protagonista e sobre sua habilidade para fazer um papel tão desafiante. “Sempre que se está fazendo um personagem que é tão complicado e triste, há um peso que também vem junto. Emma me confidenciou que era difícil acordar e interpretar P.L. Travers todos os dias. E disse que seria ótimo quando acabássemos porque, então, esperava que tivesse deixado P.L. orgulhosa. Ela é tão incrivelmente talentosa.”

Emma Thompson diz sobre a irascível P.L. Travers, “Ela foi um caso de estudo maravilhoso; exigia muitas tonalidades diferentes. Ela era simplesmente muito complexa. É uma das pessoas mais complicadas que eu já conheci.

 

 

Fazendo o papel do icônico Walt Disney estava outro ícone dos EUA — Tom Hanks, que parece entrar no papel e incorporar Disney. O diretor John Lee Hancock diz: “O filme mostra um lado de Disney que nós nunca vimos,” revela ele. “Não é o Walt que conhecemos de ‘The Wonderful World of Disney’, que foi divertido de explorar. Mas alguém tinha que interpretar o Walt Disney, se tornar o Walt Disney. Quem poderia ser? Só havia uma única pessoa em que todos nós pudemos pensar — Tom. Eu não tentei colocar uma máscara de borracha em Tom e fazer com que ele tivesse a aparência exata de Disney. Eu queria que Walt Disney viesse de dentro. Tom é um ator tão bom que foi aí que ele começou seu trabalho — de dentro.”

Tom deixou crescer seu próprio bigode,” continua Hancock descrevendo a ‘transformação’ física de Hanks para o papel. “Houve muito trabalho de voz, o modo como ele anda, a posição do corpo, o modo como segura suas mãos, como toca em seu bigode. Como ele se expressa e deixa as frases fluírem no final. Ele simplesmente se tornou Walt Disney para mim e eu fiquei totalmente impressionado.”

Eu não me pareço nem falo como Walt Disney,” afirma Hanks em resposta ao comentário de Hancock. “Além de deixar crescer o bigode e repartir meu cabelo, o trabalho era capturar toda a magia que há em seus olhos, bem como toda a astúcia que também existe. Não se consegue fazer uma imitação de Walt Disney.”

 

 

Para o papel de Travers Goff, o problemático pai de P.L. Travers em flashback, os cineastas escolheram Colin Farrell. “Quando conseguimos Colin Farrell para interpretar Travers Goff, você está falando de um poeta irlandês,” afirma Hancock com admiração. “Ele é um ator brilhante, muito sensível e completo, então eu sabia que esse aspecto da história seria realizado. Quando se tem um pai como Colin Farrell, a filha o adoraria por tudo que ele faz e tudo que ele é. E perdoaria seus pecados. Dando-nos uma melhor visão e compreensão dessa história de pai e filha.

Há algo indefinível, algo tragicamente duvidoso sobre como ele se sente em sua própria vida,” acrescenta Farrell. “Há um pouco disso no sr. Banks em Mary Poppins também. E, foi um personagem que eu achei muito diferente de tudo que já fiz ou fui convidado para fazer. Eu teria ficado muito triste se não tivesse feito. Eu realmente adoro este filme. Adoro a história; estou nas nuvens por ter participado. Acho que tem muita emoção no filme.”

O versátil ator Paul Giamatti fez o papel do gentil motorista da limusine de P.L. Travers, Ralph, o único personagem fictício no filme… e o único americano de que a personagem de Emma Thompson, P.L. Travers, gostou no filme. “Eles têm um bom relacionamento,” diz Giamatti. “Você vê outro lado dela. Vê muito do seu lado difícil e também do menos difícil com Ralph. Ela é totalmente ríspida com ele, mas ele consegue achar o caminho para saber quem ela é, e compreende e não se importa. É fácil gostar dele e eu acho que ela não consegue resistir depois de um tempo, então ela passa a gostar dele.”

 

Trailer legendado de “Walt nos Bastidores de Mary Poppins:

 

Para interpretar os famosos compositores de Mary Poppins, Richard e Robert Sherman, os cineastas convidaram Jason Schwartzman e B.J. Novak. Novak observa, “As pessoas ficaram empolgadas quando eu disse que Jason Schwartzman e eu interpretaríamos os irmãos no filme. Acho que há algo no temperamento e no visual que parece compatível. Também admito que por natureza sou um pouco sério, um cara mais introvertido, como Bob. Muito mais que Jason, que é um puro raio de sol. Eu acho que é bem engraçado termos interpretado irmãos nessa exata dinâmica.”

Jason Schwartzman já é um músico; ele toca piano,” comenta o diretor Hancock. “Eu sabia que seria bom para nós porque tocamos muitas músicas nas cenas de ensaio. E, ele aprendeu a tocar como Dick Sherman, depois de passar horas e horas com Dick, aprendendo a tocar da maneira alegre que Dick toca.”

Eles enfrentaram uma força da natureza nesta mulher, P.L Travers,” diz Schwartzman sobre o relacionamento dos irmãos com a obstinada autora. “É um tipo de mulher misteriosa que tinha ideias bem específicas sobre seu trabalho, em como deveria ser feito. Ela foi muito protetora quando veio para Los Angeles. Ela se encontra com os irmãos Sherman e a primeira coisa que diz a eles é: ‘Eu não acho que deva ser um musical’.”

 

 

Interpretando o roteirista Don DaGradi está Bradley Whitford, que dá uma visão do homem que ele interpreta no filme, que anteriormente era um animador. “Foi uma grande oportunidade que Walt deu a ele, promovendo-o de um simples animador a coescritor do roteiro,” explica Whitford. “Foi uma enorme oportunidade para ele e isso é parte do que foi tão penoso para Don e os irmãos Sherman, quando são confrontados por este muro de tijolos chamado P.L. Travers.”

Hancock fez uma grande busca para encontrar a atriz-mirim para interpretar a jovem Pamela Travers, chamando a busca de “uma parte difícil da escalação. Nós buscávamos a versão jovem de Emma Thompson. Queríamos alguém que se parecesse de alguma forma com ela, se possível. E, mais importante, essa menininha aparece em todas as cenas de flashback e precisava estar preparada.”

Finalmente, eles se decidiram pela atriz australiana de 11 anos, Annie Buckley. “Havia algo em Annie tão natural e puro, tão sincero e inocente, que eu achei que se conseguíssemos capturar essa qualidade na tela, o público perdoaria a Pamela Travers mais velha de tudo. Ver a decepção de alguém com tanta espontaneidade, confiança e esperança sendo causada por quem ela ama, e ver também como ela fecha seu coração num invólucro de ferro para nunca mais ser decepcionada, faria com que chorássemos por Pamela em vez de julgá-la.”

 

 

Ruth Wilson entrou no projeto para interpretar Margaret Goff, a mãe de P.L. Travers em flashback. Ao explicar sua personagem, Wilson diz, “Margaret talvez tenha se casado com um homem de uma classe social mais baixa que a dela. Ela se casou com um sujeito poético, carismático que ofereceu o mundo a ela, e prometeu todos os sonhos. Contudo, a realidade foi diferente e a vida com Travers acabou se tornando mais difícil do que ela imaginava.”

Rachel Griffiths, com quem Hancock trabalhara em Desafio do Destino (The Rookie), faz o papel da tia Ellie, irmã de Margaret Goff e o modelo para a famosa babá de P.L. Travers. Kathy Baker completa o elenco interpretando Tommie, funcionária e confidente de Walt Disney no estúdio.

 

 

A Realização de “Walt nos Bastidores de Mary Poppins”

 

Walt nos Bastidores de Mary Poppins” foi quase inteiramente filmado na região de Los Angeles, (com um dia de filmagem em Londres) com locações-chaves que incluem a Disneylândia em Anaheim (apenas o terceiro filme de cinema a ser rodado no parque em cinquenta e oito anos de história), TCL Chinese Theatre (antigamente chamado de Grauman’s) em Hollywood (onde a première, em 1964, de “Mary Poppins” foi realizada), o Walt Disney Studios em Burbank (que abriu em 1939 e onde o longa de 1964 foi filmado em sua totalidade) e em Big Sky Ranch com mais de 4 mil hectares em Simi Valley (que se passou pela paisagem australiana no início do século 20). As nove semanas de filmagens foram finalizadas no final de novembro de 2012.

No mundo real, Travers se preocupava com o quanto a adaptação cinematográfica de seu livro por Disney seria confiável. No mundo cinematográfico de Hancock, a autenticidade definia toda a abordagem da equipe de produção ao projeto, começando com a visita ao museu Disney em Presidio, em São Francisco. Lá o desenhista de produção Michael Corenblith fez pesquisas para recriar com precisão o escritório de Walt Disney no estúdio.

Corenblith, trabalhando com Hancock pela terceira vez, também teve que criar um ambiente para a história passada em flashback que mostra o início da vida de P.L. Travers na Austrália. “A habilidade de contar uma história passada na Austrália em 1906 que fosse completa e se integrasse à história passada em Los Angeles em 1961 foi um dos grandes prazeres e um dos grandes desafios de desenho também,” afirma o desenhista de produção. “Mas era, também, uma das coisas mais saborosas nessa caixa de chocolates que nós fizemos neste filme.”

 

 

Hancock precisava de uma paisagem ampla de colinas e arbustos para criar o remoto outback australiano de um século antes (a locação que o veterano gerente de locação Andrew Ullman encontrou era tão impressionante que Dean, o pai da atriz australiana Annie Buckley achou que estava de volta à sua terra natal). Durante as viagens para escalação do elenco à Austrália, Hancock e Owen “foram a Maryborough e Allora na Austrália para obterem uma visão prévia das locações,” conforme Corenblith. “Eles, na verdade, andaram nas ruas em que os Goff viveram.”

Antes de seguirem para a instalação do Estúdio Santa Clarita no noroeste de Los Angeles, onde Corenblith construiu um adendo ao estúdio que abrigou o escritório de Disney, a estante de troféus (completa com duas dúzias de estatuetas do Oscar® verdadeiras trazidas de Orlando) e a sala de música de ensaio, a produção filmou os exteriores do verdadeiro estúdio Disney em Burbank durante três dias no início de novembro. Pode-se imaginar o que Hanks pensou, vestido de Disney, quando pisou no solo sagrado de um lugar que ele deu vida há mais de 70 anos. Emoções similares que talvez tenha sentido na locação seguinte do filme — a Disneylândia em Anaheim, outra grande realização do empreendedor.

O diretor de fotografia John Schwartzman, que trabalhara com o diretor Hancock pela primeira mais há mais de dez anos (ele chefiou o trabalho de câmera e iluminação em sua estreia como diretor em 2002, “Desafio do Destino”) preferiu filmar “Walt nos Bastidores de Mary Poppins”, nessa era digitalmente saturada, em película, exatamente como “Mary Poppins” foi feito há cinquenta anos.

 

 

Há uma elegância na película que certamente o digital irá alcançar, mas que ainda não alcançou,” diz o veterano cinegrafista. “Tivemos que trabalhar rápido logo no início porque tínhamos nossa menininha, Annie, que só podia trabalhar seis horas por dia, porque ela é menor de idade. Eu precisava confiar nos meus instintos, que foram aperfeiçoados no mundo dos filmes em película e não no mundo digital. Estou feliz por termos filmado em película. Isso deu a sensação certa.”

Reconhecendo a distinção entre as duas épocas do filme (Austrália de 1906 e Hollywood de 1961), Schwartzman conferiu uma identidade única a cada época através de seu trabalho de câmera e iluminação, dizendo: “Não há muitas cores nas cenas da Austrália em 1906. E isso é por causa do lugar onde eles moravam. Era uma parte muito cheia de poeira da Austrália, bem rural. Então todas as cores são meio apagadas no filme.”

E, então, tem Hollywood, que Kelly [Marcel] escreveu como tendo um cheiro de suor e cloro e muito ensolarado,” explica ele. “Então, uma das coisas que nós fizemos com todos os cenários foi dar uma forte sensação de luz solar passando pelas janelas. A sra. Travers, que é de Londres, estaria acostumada ao clima cinzento e chuvoso. Quando a filmamos no apartamento da rua Shawfield, nós nos asseguramos que não houvesse uma luz muito forte, para que parecesse que eles estavam na Grã-Bretanha.”

 

 

O figurinista veterano Daniel Orlandi teve o desafio de vestir o ator Tom Hanks com roupas que parecessem as que Walt Disney de fato usaria naquela época. Para o lendário Walt Disney, Orlandi diz, “Como figura pública, ele quase sempre estava de terno cinza — um terno em tecido sharkskin cinza nos anos 1960. Era um terno em tecido mesclado nos anos 1950. Muito raramente ele se desviava disso. Todos os historiadores dizem que Disney usava terno todo dia para trabalhar. E foi isso que demos a Tom.”

Quanto ao figurino da equipe criativa de Disney, Orlandi recebeu várias dicas de Richard Sherman, o irmão sobrevivente da dupla de compositores do filme “Mary Poppins”. “Richard Sherman foi de grande ajuda,” afirma Orlandi. “Ele deu várias ideias sobre o que Walt, os irmãos Sherman e Don DaGradi vestiam para trabalhar todo dia. No filme, nós temos Jason Schwartzman no papel de Richard Sherman usando um colete vermelho vivo que Pamela destaca especificamente porque a lenda diz que ela não queria a cor vermelha no filme ‘Mary Poppins’.”

 

 

A sequência que retrata a exigência de Travers de eliminar a cor vermelha foi rodada no último estúdio de som no qual Hancock filmou — o estúdio de ensaios onde os Sherman e DaGradi montaram um display com um storyboard e números musicais para conquistar a autora e fazê-la assinar o contrato com o chefe.

Quando as mais de 150 pessoas do elenco e da equipe se reuniram quando a produção já estava quase no fim no cenário da sala de ensaios, todos ainda estavam contagiados pelos dias alegres de cantoria de “Let’s Go Fly a Kite”, então Richard Sherman, sem que maioria soubesse, sentou-se ao piano e começou a tocar a canção, pedindo a todos que cantassem junto com ele. Instantaneamente, dezenas pegaram seus celulares e começaram a gravar um videoclipe espontâneo para guardarem essa conexão única com “Mary Poppins”.

 

Escrito por Lucas

Um grande aficionado por cinema, séries, livros e, claro, pelo Universo Disney. Estão entre os seus clássicos favoritos: "O Rei Leão", " A Bela e a Fera", " Planeta do Tesouro", "A Família do Futuro" e "Operação Big Hero".