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O APRENDIZ DE FEITICEIRO: Duelo de feiticeiros

Conheça mais detalhes da produção do novo filme "O Aprendiz de Feiticeiro" da Disney, analisando a primeira cena de ação do filme: o duelo de feiticeiros!

A primeira sequência de ação de O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice) é um duelo espetacular entre os feiticeiros arqui-inimigos Balthazar Blake e Maxim Horvath na Arcana Cabana, a bizarra loja de Balthazar no sul Manhattan, repleta de objetos assustadores e todos os tipos de bugigangas. A batalha mágica é testemunhada por Dave Stutler, de 10 anos, que é atraído para a loja ao ir atrás de um bilhete de amor que escreveu para a jovem Becky.

É na batalha na Arcana Cabana que vemos a magia em ação pela primeira vez no filme – do anel de dragão de Merlin, que como um passe de mágica, ganha vida e vai para o dedo de Dave, ao aparecimento de Horvath saindo de dentro do Grimhold e, depois, com Balthazar e Horvath usando todo os seus poderes de feiticeiros para mover objetos e, no final, destruir o lugar antes de ambos serem sugados para uma grande urna – onde permanecem até retornarem à vida um do outro (e à de Dave) uma década depois.

“O Grimhold”, explica Nicolas Cage, “é uma prisão para os muitos, muito apavorantes e cruéis morganianos e, quanto mais perversos, mais profundamente eles ficam presos nessa boneca russa. Morgana está no centro. O problema é que ele fica sempre sendo levado e toda vez que isso acontece, Horvath tem a habilidade de abri-lo e libertar uma força perigosa morganiana do mal”.

A sequência da Arcana Cabana é um exemplo perfeito de como a cooperação entre os departamentos foi essencial para criar uma sequência emocionante e convincente. Como em qualquer outro filme, a cena combina os esforços do diretor Jon Turteltaub e de outros magos da equipe de O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice). Sua equipe criativa principal incluiu o mestre diretor de fotografia Bojan Bazelli, a desenhista de produção Naomi Shohan, o figurinista Michael Kaplan, o supervisor de efeitos visuais John Nelson, o legendário supervisor de efeitos especiais John Frazier, seu coordenador de set de filmagem, Mark Hawker, e o coordenador de cenas de ação, George Marshall Ruge.

“Esta cena estabelece a magia que os feiticeiros são capazes de fazer”, diz Nelson. “Nós vemos plasma sendo gerado e lançado pela primeira vez, fogo sendo criado por pirotecnia, choques explosivos, matéria se movendo por telecinesia, e um feitiço de inversão de gravidade feito por Balthazar que leva Horvath a ficar grudado no teto. É um verdadeiro esforço conjunto de efeitos práticos, dublês, atores, câmera e direção”.

Na última década, Nelson recebeu três indicações ao Oscar® e ganhou duas estatuetas por seu trabalho em Gladiador (Gladiator), em 2000. Sua filosofia profissional é bem direta. “Nós fazemos efeitos visuais para coisas que são perigosas demais, caras demais ou impossíveis de se fazer”, explica Nelson. “Minha ideia de efeito visual perfeito é aquele que começa com um efeito prático – um evento real que pode ser fotografado – e depois vai para algo que é incrível, que parece real e acaba com outro efeito prático. Nós temos um ótimo grupo de pessoas sob o comando do supervisor de efeitos físicos John Frazier trabalhando no set, e eles são fantásticos para fornecer o que chamamos de efeitos de chão e tornar tudo o mais real possível. Então nós levamos tudo a outro nível”.

“Neste filme, sabíamos que haveria uma grande mistura de CGI e efeitos mecânicos ao vivo”, explica Frazier. “É assim que Jon Turteltaub gosta de filmar. Ele quer o máximo ao vivo possível, e depois incrementa com CGI. O público agora está tão sofisticado que não quer ver coisas como as que fizemos nos anos 1960 e 1970, que eram totalmente mecânicas. Mas, por outro lado, às vezes, quando algo é totalmente feito em CGI, parece desenho animado e não filme”.

“Nós fizemos muitos efeitos ao vivo em O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice)”, continua Frazier. “Magia sempre envolveu fumaça e espelhos, e nós temos ambos no filme!”.

“A primeira luta na Arcana Cabana não só estabelece o tom, como também apresenta os três personagens principais do filme”, diz o coordenador de cenas de ação, George Marshall Ruge. “É muito direcionado aos personagens. Temos pessoas voando, batendo em paredes, batalhas corpo a corpo e uma luta mágica de espada entre uma espada que é controlada pela bengala de Horvath contra um chifre de unicórnio usado por Balthazar Blake”.

“Eu mal pude acreditar quando começamos por essa enorme cena de luta”, recorda-se Alfred Molina. “Eu sempre acho que quando se começa o trabalho em um filme, teremos alguns dias tranquilos, fáceis. Tempo para conhecer as pessoas, conversar, tomar um café, bater papo e fazer umas cenas simples. Mas eu fui direto para os ensaios da sequência da Arcana Cabana. Eu nem tive tempo de desfazer as malas e, de repente, já tinha uma bengala mágica em uma das mãos e uma espada na outra, e estava partindo para cima de Nic. Foi um pouco chocante, mas foi ótimo começar assim”.

“Nós fizemos Horvath voar a mais de 8 metros, até o teto da Arcana Cabana, pendurado por um cabo”, conta Ruge, “e Fred estava muito disposto. Também fizemos o que chamamos de um foguete duplo, no qual Balthazar e Horvath explodem um ao outro diagonalmente pela sala, um em direção a um pilar e o outro para a escada. Devido ao fato de o set ser tão fechado e confuso, eu tive muitas preocupações ao fazer toda a ação aqui, mas deu certo”.

“George Marshall Ruge é absolutamente fantástico”, afirma Molina, “muito imaginativo e interessante. Ele gosta de pensar na cena de ação como uma coreografia, o que na minha opinião é uma ótima forma de ver. George diz que o momento do impacto não é o que importa. O importante é o que leva a ela, a reação a ela. E é claro, ele tem razão, porque é onde está todo o drama. Há uma parte da cena na qual estou lutando com Nic com uma espada que manipulo a distância. Foi uma ótima forma de, na verdade, mostrar, de forma criativa, que esses personagens não só têm força e poder, como também podem transformar objetos e eles mesmos usando uma ampla gama de poderes e habilidade”.

O capataz de efeitos especiais Mark Hawker e sua equipe utilizaram várias técnicas para a sequência da Arcana Cabana. “Quando o jovem Dave coloca o anel mágico de dragão, ele acidentalmente faz o Grimhold sair de uma parede”, explica Hawker. “Nós pegamos o Grimhold e o colocamos em uma tábua de 2,4 metros com roldanas nas duas extremidades. Então, para onde Dave move a mão, o Grimhold acompanha, e mantém essa distância. É claro que a equipe de John Nelson pintou a tábua no computador. Tínhamos muitas passagens através de paredes e móveis, e quando Horvath é lançado para cima depois de um feitiço de Balthazar, nós usamos um lustre de borracha com vidro cenográfico”.

O personagem de Molina lança chamas com as mãos. “Eu tive que botar fogo nos meus dedos”, admite ele, com uma certa indiferença. “Era uma espécie de plástico grudento que colocavam nos meus dedos e cobriam com um tecido à prova de fogo. Depois colocavam outra camada do plástico grudento, e outra de tecido e pintavam como se fosse minha mão de verdade. Tinha tantas coisas nos meus dedos que eles pareciam quatro grandes salsichões. Depois eles acendiam e levava cerca de um minuto antes de começar realmente a queimar e, a essa altura, eu simplesmente apagava como velas de aniversário.

“A tecnologia para o efeito é tão antiga como o próprio cinema”, continua Molina, “mas fica ótimo. Nós podíamos ter feito no computador, mas não teria ficado tão bom. Eu adorei!”.

O jovem Jake Cherry, que interpreta Dave Stutler com 10 anos, também se divertiu muito atuando na sequência. “Minha parte favorita é quando eu consigo destruir tudo com o Grimhold”, diz ele. “Isso, para mim, foi genial. O que eu mais gostei de destruir foi aquela coisa grande de vidro, maior do que eu. Eu empurrei o Grimhold, ele bateu numas caixas e elas saíram voando em todas as direções. Eu não acreditei que eles deixaram eu quebrar de verdade as coisas no set!”.

“Eu também vi os efeitos visuais quando o anel de dragão vai para o dedo de Dave e gruda nele”, acrescenta Cherry. “É muito legal!”.

Mas Jake gostaria de ter um anel assim na vida real? “Não”, responde ele, imediatamente. “Seria assustador!”.

Escrito por Jonas

O diretor de marketing de O Camundongo iniciou sua aventura virtual com a Disney há mais de seis anos e, desde então, acompanha o crescimento do projeto e se orgulha do que foi e será feito por aqui.