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Criando Uma Cidade Dentro de Uma Cidade

Faltando só mais um dia para a estreia nacional de "O Aprendiz de Feiticeiro" da Disney, você pode conferir várias curiosidades e segredos para criar uma cidade mágica dentro de Nova York!

Faltando só mais um dia para a estreia nacional do novo filme “O Aprendiz de Feiticeiro” da Disney, você pode conferir agora várias curiosidades e segredos da desenhista de produção Naomi Shohan para criar uma cidade mágica dentro de Nova York!

Para O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice), a desenhista de produção Naomi Shohan foi chamada pelos cineastas para destacar a magnificência icônica da cidade de Nova York e encontrar a magia oculta também. “Nos estágios iniciais, nós falamos sobre insinuar que sempre existiu a presença de feiticeiros em Manhattan”, conta Shohan, “e também sobre onde poderíamos encontrar isso. Em Manhattan, você se depara com construções e interiores surpreendentes em todos os lugares que olha. Então, eu esperava estabelecer uma espécie de subcorrente de possibilidades”.

“As construções vitorianas da virada do século 20 são particularmente bonitas”, continua Shohan, “e têm uma poesia que se encaixa lindamente à feitiçaria. Outros cenários têm a ver com a infraestrutura da Manhattan que foi construída no final dos anos 1800 e até o início dos anos 1900, e que nós incorporamos ao cenário do laboratório subterrâneo. Eu tentei criar uma atmosfera que fosse realista e tivesse a ver com a sensação suja e visceral da cidade de Nova York, as multidões, a intensa densidade que ela tem. Em Nova York, você pode andar pela rua, abrir uma porta e se ver em outro mundo… e eu gostei da ideia de andar entre dois mundos”.

Shohan, que tem entre seus créditos Eu Sou A Lenda (I Am Legend), Lágrimas do Sol (Tears of the Sun) e Dia de Treinamento (Training Day), também desenhou os cenários extraordinariamente detalhados que foram construídos em estúdios de som no Steiner Studios (local do antigo pátio da Marinha no Brooklyn) e na área do Bedford Armory, de 1907, também no Brooklyn.

O enorme e meticulosamente detalhado cenário do laboratório subterrâneo é o local de algumas das sequências mais importantes do filme, incluindo a sequência de Fantasia, e foi inquestionavelmente a estrutura mais ambiciosa que Shohan fez para o filme.

“No roteiro, o laboratório em que Dave Stutler realiza seus experimentos era descrito como um porão em algum lugar”, diz Shohan. “A partir daí, eu extrapolei e imaginei que podia estar no subterrâneo, porque o trabalho dele é com equipamentos de alta voltagem e precisa de espaço e proteção. A Terra é o melhor isolante que existe e Nova York tem alguns lugares subterrâneos incríveis, em que normalmente não se pode entrar – embaixo da Grand Central Station, há uma estação de manobra que data da época da Segunda Guerra Mundial e sob a Prefeitura, há uma bela estação de metrô sem uso, cheia de arcos, muito elegante. Nosso cenário precisava ser interessante o bastante para sustentar muitas cenas”.

O que Shohan fez foi transformar uma antiga área de manobra do metrô abandonada de Nova York em um local adaptado para um laboratório. Seu interior tem belos arcos e há um bonito domo no teto, as escadas são de ferro e os elevadores são velhos e enferrujados. Para o laboratório de Dave, o interior foi incrementado com parafernália científica, um gerador de plasma, gaiolas cheias de materiais obsoletos científicos, dois enormes geradores enferrujados, computadores jurássicos gigantes e outros detritos de várias gerações.

Uma peça crucial do desenho de Shohan para o laboratório subterrâneo foi o Círculo de Merlin com seus sete domínios – espaço, tempo, movimento, matéria, elementos, transformação, mente e, o mais importante no centro, em dourado, Amor – que Balthazar cria através de magia no chão de pedra do laboratório. Shohan e sua equipe consideraram fazer pesquisas e até consultar um Wiccan genuíno para fazer os símbolos.

“Um dos cenários mais legais do filme é o da Arcana Cabana”, diz o diretor Jon Turteltaub, “que é a loja de antiguidades, objetos exóticos e estranhos que Balthazar reuniu ao longo de sua existência milenar. Para nós, era como um armazém de magia, então, quando alguém precisa de um anel especial, um pó mágico ou o olho de uma salamandra, vai à Arcana Cabana”.

“A arquitetura de ferro do fim do século 19 e início do século 20 é uma das mais belas em Nova York”, diz Shohan. “Achei que seria o tipo de lugar certo para a Arcana Cabana”.

O glorioso interior da Arcana Cabana apresenta traves de ferro, um velho elevador, um lustre escurecido com a pátina do tempo e nada menos que 500 mil diversos objetos de variados graus de estranheza, incluindo livros velhos, máscaras tribais, lamparinas, a prótese de uma perna, cabeças de bonecas, cabeças encolhidas, instrumentos musicais, caixas de sapatos e de chapéus, caixas de remédios, esqueletos, um crânio de unicórnio, estátuas, pôsteres de antigos mágicos, quadros, relógios, fotos antigas emolduradas e até um chapéu de feiticeiro que parece com o usado por um certo ratinho famoso. Um Círculo de Merlin saúda os clientes da Arcana Cabana no chão em frente da entrada principal, um sinal de que há mais mistérios por vir.

Shohan desenhou o luxuoso apartamento do personagem de Toby Kebbell, o morganiano ilusionista e egoísta Drake Stone, com a devida inspiração. “Estávamos filmando em Chinatown, com uma temperatura congelante perto de caixas de peixes mal cheirosos”, recorda-se ela, “quando Toby chegou trajado como o personagem, incluindo, cabelo e maquiagem de Drake Stone, para a aprovação de Jerry Bruckheimer e Jon Turteltaub. Foi a visão mais incrível. Toby interpreta um bufão maravilhoso, levando seu narcisismo ao extremo. Nós criamos uma expressão masculina pomposa exagerada e gloriosa”.

A casa de Drake Stone tem paredes cor creme, móveis extremamente luxuosos, uma enorme lareira com um busto do próprio Drake Stone, uma armadura de samurai, pinturas grandiosos (com Drake Stone como peça central), pôsteres de shows antigos estrelados pelo ilusionista e caros candelabros. No escritório de Stone, há artefatos de antigos ilusionistas, incluindo a famosa câmara de água de Harry Houdini, bem como uma guilhotina em tamanho real, feita de ferro, cabeças de manequins e vários produtos de consumo de Drake Stone – livros de atividades, caixas de cereal, skates e um videogame.

Shohan também utilizou algumas estruturas fora do estúdio em Nova York para seus brilhantes cenários. Ela transformou o grande hall do majestoso Cunard Building de 1919, na Calcutá dos anos 1847. Seu mercado indiano empoeirado do século 19, repleto de verduras, barracas de madeira com cestas de pimentas, condimentos e frutas e andaimes de bambus com sáris de tecidos coloridos secando ao sol. Os cineastas acrescentaram um macaco, cabras e um magnífico touro Brahma puro sangue de 17 anos chamado Bandit, além de quase 200 figurantes para a cena.

O Encantus, o livro mágico de feitiços que Balthazar Blake dá a seu aprendiz Dave Stutler, é uma obra prima de desenho e execução, e um exemplo maravilhoso da arte meticulosa dos talentos por trás das câmeras filme. “Na minha opinião, é um livro não só de feitiços, mas de toda uma história da tentativa da humanidade de ditar os fenômenos naturais”, explica Shohan. “A ideia era cobrir o conhecimento de muitas culturas de forma cronológica”.

Cada uma das 1.500 páginas foram envelhecidas e pintadas à mão para garantir a autenticidade. A versão principal pensava 34 kg – não é o tipo de livro que você gostaria que caísse no seu pé – mas uma duplicata de 4,5 kg foi criada para as cenas na qual o livro é fechado e também há uma versão flutuante e à prova d’água para a sequência de Fantasia.

Dave (Jay Baruchel) é apenas um estudante universitário comum, ou assim parece, até o feiticeiroBalthazar Blake (Nicolas Cage) recrutá-lo como seu relutante aprendiz iniciante e dar-lhe um curso intensivo de arte e ciência da magia.
Enquanto se prepara para uma batalha contra as forças das trevas em Manhattan dos dias atuais, Dave se encontra juntando toda a coragem que ele pode reunir para sobreviver à sua formação, salvar a cidade e ficar com a garota para então se tornar “O Aprendiz de Feiticeiro“!

Escrito por Jonas

O diretor de marketing de O Camundongo iniciou sua aventura virtual com a Disney há mais de seis anos e, desde então, acompanha o crescimento do projeto e se orgulha do que foi e será feito por aqui.