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Imagens e detalhes da produção de PAPERMAN

 

Paperman é um misto da profundidade da animação computadorizada com as linhas abstratas tradicionais, resultando em um mundo aparentemente criado em esboços e busca fazer uma conexão emocional com o público. É a tecnologia empregada no curta-metragem pode ser o primeiro passo para o retorno – definitivo – das animações feitas a lápis.

Os desenhos podem ter um efeito muito poderoso e visceral sobre o espectador. Você pode criar raiva e surpresa ou angústia, com apenas algumas linhas de um lápis,” disse o diretor John Kahrs, que trabalhou como animador em “Os Incríveis” e “Enrolados”, à Entertainment Weekly. “Mas não pode apenas continuar a ser o que era. Acredito que para o 2D ser revitalizado, teremos que descobrir uma maneira de fazê-lo novo de novo.”

O novo curta-metragem da Walt Disney Animation Studios está sendo visto como uma mudança no cenário atual das animações, o qual é dominado por produções em computação gráfica. O uso de ambas as técnicas existe há décadas – seu primeiro uso foi em “As Peripécias do Ratinho Detetive”, de 1986 – porém essa será a primeira vez que serão usadas para dar ênfase ao charme retro do papel e lápis, não deixando os desenhos se perderem no resultado final.

 

 

Na imagem superior, um homem e uma mulher se encontram ocasionalmente em uma plataforma de trem, no entanto o destino separa os dois e somente mais tarde irão se encontrar novamente. E para obter esse resultado, o estúdio usou um programa de computador nomeado Meander.

Primeiro, os personagens e cenários são criados digitalmente, depois são adicionadas algumas camadas desenhadas manualmente e o programa faz a fusão das camadas, dando um novo aspecto nunca antes visto na animação tradicional, uma espécie de equilíbrio.

 

 

A trama se passa na Nova York do meio do século passado, o que pode ser percebido pela ausência de computadores na imagem acima. E a única maneira de se reunir, novamente, àquela moça é atirando aviões de papel em direção ao prédio do outro lado da rua.

Assim como o enredo se apoia na nostalgia, a produção buscou levar ao limite o que os desenhos manuais poderiam fazer. “Vivemos em um momento muito emocionante, com muitas animações em computação gráfica sendo feitas, mas esse estilo realístico não pode ser o único. É hora de voltar a desenvolver o 2D, e ver o que o futuro reservar para isso,” comenta Kahrs.

 

 

Neste mundo cinzento, destaca-se o vermelho nos lábios da mulher, o mesmo presente em um importante pedaço de papel visto na imagem anterior. E a equipe precisava encontrar um balanceamento entre a beleza dos dois, afinal o diretor não queria que a moça fosse bonita demais, pois ela estaria fora do alcance do rapaz, já que este seria um homem comum, mas suficientemente bonito para eles se tornarem um casal.

Deste modo, o veterano Glen Keane ajudou no processo inicial de composição dos personagens. Esse foi um dos últimos trabalhos do animado na casa, antes de se aposentar no ano passado, após trazer à vida personagens como Aladdin, de “Aladdin”; Ariel, de “A Pequena Sereia”, e Fera, de “A Bela e a Fera”.

Tanto a estória, quanto a técnica híbrida usada são os grandes atrativos do curta-metragem. “Se tivesse sido lançado com ‘A Pequena Sereia’, todos estariam entusiasmados com o CG,” diz a produtora Kristina Reed, com uma risada. “Agora, aqui estamos nós, no início deste milênio, e estamos celebrando a volta para a animação feita à mão.”

Paperman” será exibido nos cinemas antes de “Detona Ralph“, cuja estreia nacional acontece em 04 de Janeiro de 2013, podendo sofrer alterações na data.

Apresentando uma técnica inovadora, que combina técnicas de animação gerada por computador e desenhada à mão, o diretor estreante John Kahrs leva a arte da animação a uma direção nova e ousada com “Paperman.” Usando um estilo preto e branco minimalista, o curta segue a história de um jovem solitário na cidade de New York do meio do século, cujo destino toma um rumo inesperado após um encontro casual com uma mulher bonita no seu trabalho pela manhã. Convencido de que a garota dos seus sonhos foi embora para sempre, ele ganha uma segunda chance quando a vê em uma janela de arranha-céu na avenida de seu escritório. Com apenas o seu coração, imaginação e uma pilha de papéis para obter a sua atenção, seus esforços não são páreo para o que o destino tem reservado para ele. Criado por uma pequena e inovadora equipe da Walt Disney Animation Studios, “Paperman” leva o meio de animação a uma excitante nova direção.

Escrito por Lucas

Um grande aficionado por cinema, séries, livros e, claro, pelo Universo Disney. Estão entre os seus clássicos favoritos: "O Rei Leão", " A Bela e a Fera", " Planeta do Tesouro", "A Família do Futuro" e "Operação Big Hero".