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O Melhor do Pior dos Vilões #1 | A Era Clássica

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Outubro chegou e com ele veio uma das festas mais comemoradas nos Estados Unidos: o Halloween. Todo ano o Magic Kingdom fica enfeitado para celebrar a data e deixar os visitantes imersos na festa não-tão-assustadora de Mickey Mouse e seus amigos.

Abóboras, bruxas, lagartos, sapos, gostosuras, travessuras, vampiros, monstros… O clima de festividade se torna perfeito para que a Disney celebre seu grupo de personagens mais notório e que gera o maior mix de amor e ódio nos fãs: os Vilões.

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Cate Blanchett, em uma entrevista recente sobre o seu papel como a madrasta má em Cinderela (2015), revelou que fez o exercício de pensar no que faz alguém se tornar mau para compor a personagem.

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Sendo assim, decidimos fazer um especial diferenciado. Separamos os vilões mais importantes da Disney em três blocos e vamos imaginar como teria sido o passado deles antes de darem as caras pela primeira vez nos filmes clássicos.

Alguns são totalmente inventados, enquanto outros bebem na fonte das recentes readaptações e dos contos originais. Preparem-se para muita diversão e não deixem de dividir nos comentários suas impressões e histórias não-contadas que imaginam sobre esses vilões.


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RAINHA MÁ (1937)

Outro nome: Rainha Grimhilde

Mora: Castelo

Gosta de: Espelhos e Poções mágicas

Não gosta de: Estar em segundo lugar

Voz original: Lucille La Verne

Voz brasileira: Lourdes Mayer

História não-contada: O pai da Rainha era um fabricante de espelhos do reino que servia à realeza. Apesar de bonita, Grimhilde sofria com o abuso psicológico de seu pai. Segundo ele, sua aparência não era digna dos espelhos que ele produzia. Conforme crescia no palácio, a insegurança da moça fazia com que a inveja e a ira se apoderassem cada vez mais de seu coração. Ela não suportava ver outra mulher se destacar mais do que ela. Logo o príncipe se casaria com uma princesa e Grimhilde testemunhou o casamento então com quinze anos. Apesar de cortejada por muitos rapazes, sentiu inveja mais uma vez ao ver aquela jovem de cabelo preto e pele branca como a neve vestida de noiva. Passeando pelo palácio, encontrou nas catacumbas onde gostava de se esconder um velho aposento com livros sobre magia e viu uma oportunidade perfeita de atingir seus objetivos. Alguns anos mais tarde a Rainha faleceu misteriosamente, deixando o Rei viúvo com uma filha pequena. Agora uma jovem de beleza exuberante, ela conquistou o Rei e se tornou a nova Rainha. No dia do seu casamento fez seu pai construir o mais belo espelho. Usando sua magia, aprisionou o homem lá dentro, onde ele só poderia chamá-la de majestade e dizer a verdade. A magia impedia que ele mentisse e ele teria que testemunhar a beleza de sua filha diariamente. Quando o Rei faleceu, tornou-se uma monarca tirânica, que governava com mão de ferro. No reino, muitos boatos de que a Rainha mexia com feitiçaria apavoravam os habitantes. E assim ela permaneceu dia a dia fazendo a mesma pergunta: “Espelho, espelho meu. Existe alguém mais bela do que eu?”. Mas, um dia, seu pai seria obrigado a dar uma resposta diferente.


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Lady Tremaine (1950)

Outro nome: Madrasta de Cinderela

Mora: Mansão

Gosta de: Gatos, Conforto e Poder

Não gosta de: Ver sua enteada se dar bem

Voz original: Eleanor Audley / Susanne Blaskeslee (Atual)

Voz brasileira: Tina Vita / Nádia Carvalho (Atual)

História não-contada: A Madrasta e a mãe de Cinderela eram amigas de infância e estudaram na mesma instituição de ensino para jovens moças. Enquanto a mãe de Cinderela era boa, gentil e amável, Tremaine secretamente invejava esses atributos que sentia tanta falta na sua vida. Casou-se com um velhote rico e mudou-se para outro reino, onde teve duas filhas: Drizela e Anastácia. Logo depois, o homem faleceu deixando Tremaine e suas filhas em uma situação financeira complicada. Afastada durante anos de sua antiga amiga, recebe a notícia de que a mesma faleceu deixando um marido viúvo com uma filha igualmente gentil e amável. Decide então voltar para o reino para prestar solidariedade ao viúvo… E o resto da história já sabemos.


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Rainha de Copas (1951)

Outro nome: Rainha Vermelha

Mora: País das Maravilhas

Gosta de: Cartas, Críquete e Poder

Não gosta de: Ser contrariada

Voz original: Verna Felton

Voz brasileira: Sara Nobre

História não-contada: O País das Maravilhas já é um lugar maluco por si só, o que não nos faz achar um passado dessa Rainha tão instigante. Provavelmente filha de um Valete de Copas com uma Rainha tirânica, ela herdou da mãe o temperamento difícil e do pai a capacidade de manipular as pessoas. Todos os caminhos são seus, e se não forem… cortem a cabeça!


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Capitão Gancho (1953)

Outro nome: Capitão Hook / James

Mora: Terra do Nunca

Gosta de: Vinho, Pirataria, Rum e Charuto

Não gosta de: Moleques desafiando seu poder

Voz original: Hans Conried

Voz brasileira: Aloysio de Oliveira

História não-contada: O jovem James morava na Inglaterra vitoriana e sonhava em cruzar os sete mares para se tornar o maior explorador de todos os tempos. Seu pai, pobre e sem recursos, jamais incentivou esse sonho, dizendo que o único lugar que lhe cabia era o de esfregar o convés dos navios por trocados. Exausto depois de um dia de trabalho, entrou em um pub londrino para beber e conheceu um grupo de piratas que o desafiou a um duelo. James duelou com o Capitão deles e acabou matando o homem no confronto. Sedento pelo poder que conseguira, ganhou apoio dos homens para assumir o navio pirata e dali zarpou para nunca mais ver seu pai. Já em alto mar, foram surpreendidos por luzes cintilantes. Intrigados, os homens agarraram a luz e descobriram se tratar de uma fada que vinha de um lugar mágico mudar as estações no continente. Os bucaneiros a obrigaram a espalhar o pó mágico e levar o navio pirata em direção esse lugar, a Terra do Nunca.


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Malévola (1959)

Outro nome: Senhora de Todo o Mal

Mora: Castelo abandonado

Gosta de: Seu corvo, Espalhar o mal e a discórdia

Não gosta de: Pessoas felizes

Voz original: Eleanor Audley

Voz brasileira: Heloísa Helena

História não-contada: Uma fada nascida em um reino idílico, Mally era a sobrinha da Rainha das Fadas. Nesse reino mágico, ela conhecia também as fadas Flora, Fauna e Primavera. Curiosamente, Mally havia nascido com enormes chifres na cabeça e uma antiga profecia falava de uma criatura que destruiria a harmonia com os humanos e traria a discórdia para o Reino das Fadas. Nada disso importava para Estevão, príncipe do reino humano, que via em Mally a sua melhor amiga. Mas importava para sua tia, que fazia questão de diminuir Mally e culpá-la pela morte de sua irmã. O pai de Estevão, ganancioso, prometeu que destruiria a fada e o reino delas caso Estevão não roubasse um pó mágico situado no coração do Reino idílico. Nervoso e já arrependido, mas temendo pela vida dos que amava, Estevão mentiu para sua amiga e roubou a poção. A violação da regra fez com que a tia de Mally a humilhasse e expulsasse para sempre do Reino das Fadas. Sem rumo, ela foi para uma antiga ruína onde fez amizade com um corvo. Tomada pelo ódio e cansada de ser vista como um monstro, ela voltou ao Reino das Fadas e em uma batalha com sua tia, matou-a. Pouco a pouco, o Reino das Fadas caiu em discórdia, enquanto Malévola, como agora se intitulava, assistia com prazer aqueles que a menosprezaram sumirem. Se afastou durante alguns anos, esperando apenas a oportunidade perfeita para se vingar daquele que outrora fora o único a acreditar que ela não era má e ainda assim responsável por sua derrocada: Estevão.


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Cruella de Vil (1961)

Outro nome: Cruella Cruel

Mora: Mansão De Vil

Gosta de: Casacos de pele, Dirigir em alta velocidade

Não gosta de: Capangas idiotas, ter seus planos destruídos

Voz original: Betty Lou Gerson

Voz brasileira: Olga Nobre

História não-contada: Quando criança, Cruella não contava com o amor de seus pais. Sua mãe era uma modista ocupada e seu pai um barão sem muito tempo para dar atenção para a pequena. Sua única companhia eram seus amigos animais, sobretudo os cachorrinhos que viviam na mansão. Carente e obcecada por moda, Cruela gostava de imaginar o pelo sedoso dos animais na forma de roupas e casacos. Depois de muito insistir, pediu a sua mãe que fizesse um casaco com um tecido que imitasse o pelo dos animais. Depois de meses de espera, a criança esquisita abriu no dia 24 de Dezembro o embrulho e ficou desapontada com o resultado. Devido a sua reação, sua mãe a deixou de castigo. Naquela madrugada de Natal, Cruella pensava sozinha em seu quarto na forma de ter um casaco com o pelo de cachorro mais fiel possível. E essa obsessão só tenderia a crescer…


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Madame Mim (1963)

Outro nome: Bruxa Louca, Maravilhosa Madame Mim

Mora: Floresta Negra

Gosta de: Duelos, Dar truques, Transformar-se em dragões roxos

Não gosta de: Pardais que invadem sua casa, Luz do sol que faz bem a todos

Voz original: Martha Wentworth

Voz brasileira: Ida Gomes

História não-contada: A bruxa Mim e o Mago Merlin frequentavam a mesma escola de magia e bruxaria para se tornarem feiticeiros. Mim era secretamente apaixonada por Merlin, mas o mago era muito estudioso e só dava atenção para os livros. Além disso, ele não gostava da forma como ela tentava trapacear em todas as competições escolares. Em um torneio de final de ano, Merlin expôs toda a trapaça de Mim para os magos orientadores e ela foi desclassificada. Seu amor por Merlin azedou e o fato de ele sempre vencê-la fez com que jurasse que ainda iria derrotá-lo.


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Shere Khan (1967)

Outro nome: Khan, Rei da Selva

Mora: Florestas da Índia

Gosta de: Ser irônico, Caçar as suas presas

Não gosta de: Seres humanos e Fogo

Voz original: George Sanders

Voz brasileira: Roberto Maya / José Santana (Atual)

História não-contada: O tigrinho Shere Khan sempre ouviu histórias horríveis sobre o fogo dos homens e como eles causavam danos à floresta. Apesar disso, tinha interesse em saber mais sobre isso, e, de vez em quando, escapava para a aldeia de homens para ver o fogo. Em uma dessas escapadas, acabou atraindo a atenção de um humano que reuniu um bando para correr atrás do filhote pela floresta. Sua família apareceu para defende-lo. Com uma tocha na mão, o homem acabou incendiando aquela parte da floresta, que era o lar de Khan e sua família. O tigre levou uma bronca de seu pai, que teve parte da pata ferida pelo fogo, e prometeu nunca mais se aproximar de nenhum humano… muito menos deixar um deles chegar perto da floresta.

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Escrito por Humberto Lima

Disney Lover desde quando pode se lembrar. Já sonhou em nadar no fundo do mar, explorar um castelo encantado, viajar de tapete mágico e pintar com todas as cores do vento. Entusiasta das dublagens, do cinema Hollywoodiano e das grandes animações, sejam elas antigas ou não.