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ESPECIAL: Disney on Broadway | Parte 2

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Vamos agora para a segunda parte do especial DISNEY ON BROADWAY. Neste post, você vai conhecer mais sobre os musicais que vieram após BEAUTY AND THE BEAST, até o último, THE LITTLE MERMAID (A Pequena Sereia). O último a ser produzido até então, novos projetos estão surgindo.

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Após o sucesso de “A Bela e a Fera” na Broadway, Michael Eisner, que na época era presidente da Walt Disney Company, sugeriu que “O Rei Leão” fosse levado para os palcos. Nem mesmo os integrantes do time que criou o filme acreditaram que daria certo. Thomas Shcumacher foi um dos poucos que achou que a idéia poderia funcionar se houvesse uma teatrialização completa do desenho animado. Tanto é que logo que o sucesso do musical foi comprovado, ele se tornou presidente da DISNEY THEATRICAL. Com “The Lion King”, o processo de transportar das telas para o palco foi três vezes mais dificil, comparado com a produção de “Beauty and the Beast” alguns anos antes.

Para este musical, todo o conceito do filme teria que ser jogado fora e o desenvolvimento teria que ser feito novamente do zero. Elton John criou a música para o filme em 1994, juno com Tim Rice, que compôs as letras. Para o musical, os dois se juntaram novamente para criar novas canções, assim como Lebo M., que entrou novamente no projeto e supervisionou da primeira a última nota as poderosas e emocionantes canções africanas. Este foi também o primeiro trabalho dele com musicais, assim como “O Rei Leão” havia sido o primeiro para os cinemas. O mesmo para Elton John, que nunca imaginou ser premiado por um musical da Broadway.

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Trechos de “The Lion King” na Broadway:

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O interessante, é que este é um musical sem Overture. Para quem não conhece, Oveture é a primeira canção de todo musical e costuma trazer partes das principais canções da peça com um arranjo diferente. Na maioria das vezes, ninguém fica no palco, pois nesse momento o centro é a orquestra e o maestro. Após o Overture, a primeira música se inicia, as cortinas sobem como em “Mamma Mia”, “A Bela e a Fera”, ou as luzes revelam os cenários e personagens, como em “Cats”. “The Lion King” já começa deixando todos com um frio na barriga assim que “Circle of Life” (Ciclo sem Fim) começa a tocar.

As primeiras frases; “Nants ingonyama bagithy baba…” fazem a platéia aplaudir e elefantes, girafas e outros animais vão adentrando ao palco pelos corredores da platéia. É claro, não são animais de verdade. O elefante, por exemplo, que possui em torno de 80% do tamanho de um elefante de verdade, é movido por seis ou sete homens e as girafas, são artistas com pernas-de-pau e também braços-de-pau. Fazendo com que nem as mãos ou pés deles toquem o chão, dando o efeito de que girafas caminham em frente ao sol que nasce no fundo do palco. A Pedra do Reino, ou Pride Rock, surge do chão do palco. É uma estrutura cilindrica de mais de 2 metros de altura que sobe do chão, revelando Mufasa, Nala e o recém nascido Simba no colo de sua mãe.

Rafiky, que nesta produção é uma macaca, mesmo com as características similares ao macaco do filme, levanta o bebê Simba que se move a partir de um controle. Tudo em “The Lion King” é abstrato. Ninguém usa cabeças de borracha ou roupas de pelo sintético. Seria um desastre tentar colocar animais de quatro patas no palco novamente. Até porque o musical que fez isto nasceu há mais de trinta anos e o espaço já foi ocupado. Os atores em geral usam máscaras africanas, esculpidas em madeira e presas sobre suas cabeças de maneira que nunca caia ou saia do lugar mesmo nos intensos números de dança. As máscaras apenas lhe fazem lembrar dos personagens do filme, pois você vê o tempo todo, os humanos.

Timão, Pumba e Zazu, por exemplo, são todos bonecos movidos por pessoas atrás deles, como marionetes, porém com todo um sistema especial de cabos. Os cenários se movem, sendo que muitas das pessoas que dançam no musical são caracterizadas de plantas, gramados e árvores originárias da Africa. Se é que o filme possui um estilo infantil, esqueça dele pois o mesmo não vai transparecer no musical. Já o espírito que transformou o filme naquele sucesso, continua presente no palco, mesmo nas várias cenas e canções novas. “The Morning Report” (O Relatório Matinal) foi escrita para o musical e mais tarde adicionada ao filme na Edição Especial em DVD. Por alguma razão, há alguns meses ela foi cortada do musical. Existem muitas outras novas canções nesa produção, além de a história ser contada bem mais a fundo do que no filme. “The Lion King” foi indicado para 11 categorias no Tony Awards, que é o prêmio mais importante para os musicais. E ele venceu seis, incluindo justamente o de melhor musical.

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Der Glöckner von Notre-Dame, que é a versão alemã de “O Sineiro de Notre-Dame”, (“O Corcunda de Notre-Dame” no Brasil) fez sua estréia no  palco do Musical Theatre Berlin em 1999. Foi a primeira vez que a DISNEY THEATRICAL trabalhou em um musical fora dos EUA. Mais uma vez iniciou-se um desafio. E mesmo que a platéia norte-americana não fosse assistir, o trabalho foi novamente triplicado e para que tudo saísse como planejado, era necessária uma parceria com alguma produtora local. A Stage Entertainment, era o departamento de eventos abertos ao público do grupo Endemol, dono dos direitos do “Big Brother” e de outros muitos reality shows e produções televisivas.

Ele se separou da Endemol e começou a produzir eventos de dança, música em geral, até começar a trazer musicais internacionais para a Alemanha, Inglaterra, Espanha, Itália, Russia e etc. Tal como a T4F faz no Brasil. Em poucos anos, a Stage Entertainment já empregava mais de 3.000 pessoas nestes países, já havia produzido quase dez musicais em mais de três idiomas diferentes e acabou se tornando um monopólio na Alemanha.

Quando a Disney teve a idéia de produzir “Der Glöckner von Notre-Dame” por lá, era óbvio que a Stage seria a empresa escolhida para ajudar em tal tarefa. Assim como a TUTS fez em “Beauty and the Beast”. A DISNEY THEATRICAL estava entrando em novo território e somente os custos para supervisionar o musical da cidade de onde ele seria montado, já foi bem alto. Os cenários são imponentes, a música é forte e a produção tem um tom bem mais gótico e adulto do que o filme animado de 1996. Como de costume, novas canções foram escritas para o musical.

Não por Alan Menken, que criou as originais para o filme, mas ele supervisionou tudo, parte na Alemanha e parte de sua residência nos EUA, para que canções como “Bells of Notre-Dame” (Sons de Notre-Dame), “God Help the Outcasts” (Salve os Proscritos) e “Hellfire” (Fogo do Inferno) combinassem com as novas composições. Além disso, houveram grandes mudanças na história, comparada com a história do filme; como a morte de Esmeralda no final. Após exatos três anos em cartaz, após se tornar uma atração muito procurada pelos turistas em Berlin, “Der Glöckner von Notre-Dame” fechou suas cortinas e pouco se ouviu falar da produção depois disto.

Mas ela pode retonar, não exatamente em Berlin, mas tem suas chances. A primeira produção internacional da DISNEY THEATRICAL com certeza merecia mais. Merecia mais tempo em cartaz, uma tour pela Europa e versões ao redor do mundo. Não acoteceu, mas quem sabe… críticos de vários lugares disseram que de todas as histórias que a Disney levou aos palcos em forma de um musical, este foi o melhor. Significando que na época tenha superado até mesmo “Beauty and the Beast” e “The Lion King”.

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“Aida” foi um musical que passou por grandes mudanças antes de sua estréia na Broadway, que não teria acontecido se estas mudanças não tivessem ocorrido. O plano inicial, era de que um novo filme animado baseado na obra de Verdi, “Aida”, seria produzido pela WALT DISNEY PICTURES. Na época, com o sucesso de “Pocahontas”, “Hercules”, “Mulan” e em breve “Tarzan”, a Disney foi muito criticada por se apropriar das idéias e costumes diferentes e não representá-los com a devida cautela. Apesar do tom natural e desbravador, “Pocahontas” foi criticado por representantes de tribos norte-americanas. Na Grécia, “Hércules” deu o que falar com seu estilo que pouco agradou aos nativos.

Com “Mulan”, muitos orientais também não aplaudiram a versão da Disney. Para piorar a situação, a DreamWorks veio com seu musical animado; “O Príncipe do Egito”. Não faltavam culturas que pudessem ser exploradas comercialmente em filmes animados. Mas este era o problema; elas não poderiam ser exploradas por um bom tempo, ou isto poderia provocar algum choque na indústria do cinema que em geral já abordava bastante o tema.

Tanto é que no fim da década de 90, é que houve um ‘boom’ de culturas orientais, indígenas e etc. Mais um filme abordando uma cultura de fora; -e com temática egípcia- poderia não cair bem para a Disney, que já preparava “A Nova Onda do Imperador” e “Atlantis – O Reino Perdido”, filmes animados baseados em crenças e grupos diferentes. “Aida” foi descartado como animação. Mas a idéia poderia dar muito certo na Broadway. Na Broadway!

Era a hora de aproveitar toda a equipe que não estava envolvida com “Der Clöckner von Notre-Dame” na Alemanha e até mesmo trazer mais interessados ao ramo de musicais, por parte da Disney. Iniciou-se “Aida”. Após o enorme sucesso de “The Lion King” em NY, Elton John não pensou duas vezes em aceitar o convite da Disney para construir a música de mais uma adaptação para os palcos. Tim Rice também entrou no projeto e a mesma dupla que inventou a fantástica música de “O Rei Leão” estava de volta. A história, que muitos críticos acharam clichê e até mesmo a introdução, os primeiros minutos do espetáculo, não foram nada inovadores, mas claro que não ficaram ruins. Enfim, o musical estreou em Atlanta, na Georgia e ficou em cartaz durante Setembro e Novembro de 1998.

O show agradou ao público da cidade, que sempre recebe muito bem os musicais. Foi um sucesso comercial, justamente pelo nome de Elton John em letras grandes nos cartazes e letreiros. Mas não era ainda o momento de levá-lo a Broadway. Todo o time da produção concordou que o musical teria que passar por  muitas mudanças. Incluindo seu nome; que era “Elaborate Lives: The Legend of Aida”. Somente em Dezembro de 1999 é que o musical retornou, desta vez em Chicago. Foi um sucesso, público e crítica em geral concordavam que era um musical que merecia estar na Broadway para ser visto por todo o mundo.

Claro, o público de Chicago e aquele já mencionado ‘boom’ da cultura egípcia ajudou e muito, na decolagem de “Aida”, como simplesmente foi nomeado depois de toda a turbulência pela qual passou durante o longo ano que ficou em revisão. Esta também é uma tática muito boa; nomear um musical de modo que pessoas de qualquer lugar do mundo o reconheçam; tal como “Cats”, “Mamma Mia!” ou “Chicago”. Tiveram grande sorte os que viram a produção original em Atlanta, os cenários, por exemplo, foram totalmente modificados em Chicago. Finalmente, “Aida” chegou a Broadway em Março de 2000, só quando a Disney não teve mais receio de colocar o nome da marca em cartazes e banners por toda a Times Square. Sim, mais um musical da DISNEY THEATRICAL chegava a Broadway. Eles estavam ocupando um bom espaço, já que “Beauty and the Beast” e “The Lion King” ainda estavam em cartaz.

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Trechos de “Aida” na Broadway:

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O Palace Theatre foi onde “Aida” se instalou na Broadway. Este teatro é conhecido por manter musicais em cartaz por pouco tempo, alguns durante um, dois ou três anos no máximo. “Beauty and the Beast” estava lá e saiu para abrir caminho para “Aida”. “Beauty and the Beast” ficou quase dois meses ‘fora-do-ar’ até se fixar no Lunt-Fontanne Theatre. Mesmo durante baixa temporada, perdeu dinheiro.

“Aida” saiu de cartaz em Setembro de 2004, após quase 1.900 apresentações. Depois dele, o Palace Theatre abrigou até agora musicais que ficaram apenas um ano em cartaz. “Beauty and the Beast” fica em primeiro lugar (apresentado por quase seis anos no teatro) e “Aida” em segundo (apresentado no Palace durante quase cinco anos). Uma história simples, toques de Reggae, Pop, Gospel e até música Africana, por muitas vezes foram apontados como uma ‘mistura absurda’ ou ‘que não faz sentido’ na temática que prevalece no musical. Mas este foi sempre o forte da Disney.

De qualquer jeito, do catálogo atual de musicais da Disney, “Aida” é o menos popular e há quem diz que a Disney não faz questão de divulgá-lo, mesmo sendo ganhador de quatro prêmios Tony, incluindo o de melhor partitura no ano de 2000. Rumores sempre cairam na Internet e na TV, dizendo que a Disney transformaria o musical em um filme com Beyoncé e Christina Aguilera. Nada até hoje foi confirmado.

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“On The Record” foi o primeiro musical produzido pela DISNEY THEATRICAL que não chegou na Broadway. Ele não é um show Off-Broadway, como muitos pensam. ‘Off-Broadway’ é um espetáculo apresentado em teatros menores e que não ficam exatamente próximos da Times Square, onde as principais casas e musicais estão.

A idéia inicial para “On The Record” era de que fosse criado um musical aproveitando ao máximo o catálogo das mágicas canções Disney sem precisar apresentar no palco os personagens caracterizados por elas nos filmes, séries de TV ou até mesmo em brinquedos dos parques da Disneyland.

Algo parecido aconteceu com o musical “Mamma Mia!”, em que canções do grupo ABBA foram utilizadas para contar a história sem que ela e o show em sí tenham a menor relação com a banda. Entrou então em produção o musical “When You Wish” (Quando Você Deseja) e a intenção era de que ele realmente fosse para NY. Deu tudo errado e o espetáculo nem passou da primeira fase. O coreógrafo Robert Longbottom da DISNEY THEATRICAL explicou que o projeto fracassou pois as canções Disney são cantadas e expressadas por personagens com pontos de vista tão diferentes, que seria impossível que elas coexistissem em uma única história que fizesse sentido e não ficasse forçada.

A idéia foi descartada e ao invés disso, Thomas Schumacher, o presidente da DISNEY THEATRICAL decidiu criar “On The Record” como sendo um musical para especialmente para tour. A história é bem simples: um grupo de artistas vai gravar um disco com canções Disney em um estúdio mágico. No início, muitos conflitos e histórias complexas deveriam existir para cada um deles, mas muita coisa foi descartada, linhas e mais linhas de diálogos… para que se tornasse quase que apenas um show.

A estrutura precisava ser simples, afinal o espetáculo seria apresentado em mais de 20 cidades, nos EUA. A primeira apresentação foi em Novembro de 2004 na cidade de Cleveland, em Ohio e após passar por 23 cidades, “On The Record” terminou em Denver, Colorado no fim do mês de Julho de 2005. Mais 35 dias estavam programados, mas o lucro não foi o esperado… já podemos imaginar o resto.

Com este simples musical, foi notável o crescimento de uma estrela da Broadway. Ashley Brown interpretou uma das artistas da história e logo após o fim de “On The Record” ela pegou o papel de Bela em “Beauty and the Beast”, ficando lá durante um ano, quando entregou a princesa para Annelise Van der Pool, a Chelsea de “As Visões da Raven”, que foi a última Bela, já que “Beauty and the Beast” deixou a Broadway em 2007. Ashley deixou um musical da Disney para ir para outro; “Mary Poppins”, no papel da própria.

Outras produções são abertas simultaneamente com a que está em cartaz na Broadway. É por isto que alguns musicais possuem mais de dez cenários e peças idênticas (sem contar as substitutas). Todos sabem que estas produções saem até mesmo dos EUA. “A Bela e a Fera” chegou ao Brasil em 2002 e só saiu um ano e meio depois, voltando por alguns meses e com novo elenco em 2009. A Disney até alguns anos atrás, permitia que seus musicais fossem apresentados apenas com colaboração total da DISNEY THEATRICAL. Ou seja; cada cenário, roupa e partitura deveria vir dos galpões deles, seguindo todos os rígidos padrões e normas adotados na produção original da Broadway.

“Beauty and the Beast” já pode ser apresentado em outros países com cenários, figurinos e a produção num geral feita totalmente pelos realizadores de lá, desde que comprem os direitos autorais para que tenham a liberdade de fazer algumas mudanças. E desta forma, ele custa bem mais do que normalmente custaria se a DISNEY THEATRICAL trouxesse em aviões e navios a estrutura do show. As canções e diálogos é que não podem ser modificados, apenas traduzidos. Alguns pontos, como o vestido da Bela na cena da valsa, por exemplo, deve permanecer bem similar ao original, assim como o logotipo do musical; a silhueta da Fera segurando a rosa encantada. É marca, seja onde for, não pode haver alteração. Estas são variações de produções internacionais.

Nos EUA, como você já leu, outras produções abrem e ficam fixas durante um bom tempo em cidades com público para tal feito. “Beauty and the Beast” abriu em Los Angeles em 1995 e permaneceu por lá durante um ano e meio. Foi construido o maior cenário até agora, maior até que o da Broadway. Mais tarde isto foi um fardo, ele foi levado para o México em 1997, o musical ficou em cartaz na Cidade do México durante pouco mais de um ano e toda a estrutura ficou sem uso durante quase nove anos até que ele entrou em cartaz novamente em 2008.

“The Lion King” também foi aberto em Los Angeles no ano de 2000, ficando por lá durante apenas 20 dias. Após isto, cenários e peças dessa produção foram usados na tour pelos EUA em 2002. Desde Maio de 2009, “The Lion King” está em cartaz no teatro do hotel Mandalay Bay em Las Vegas, onde “Mamma Mia!” foi apresentado durante sete anos. Para esta produção, novos cenários e peças foram construidas e a anção “Morning Report” foi cortada, além de alguns diálogos e cenas de danças. Mais tarde, os cortes também foram adotados na produção da Broadway. Todos podem assistir, não é necessário estar hospedado no hotel.

Fazer uma tour, é a maneira de levar os musicais para outras cidades além de Nova York, para pessoas que normalmente não iriam até a Broadway assistir aos shows. Muitas vezes por falta de interesse, pois não conhecem ou nunca assistiram a um musical ao vivo, ou por falta de dinheiro. É muito comum caravanas, grupos e famílias de todos os estados americanos se hospedarem em NY durante três ou cinco dias apenas para assistir musicais, mas com certeza muito dinheiro é gasto mesmo neste pouco tempo. A primeira tour promovida pela DISNEY THEATRICAL foi do musical “Beauty and the Beast”.

Ela começou em 1995 e como o musical ainda estava em cartaz na Broadway, novos cenários, figurinos e peças foram feitos. Ao todo, existem em torno de dez versões idênticas de todo o show guardadas nos galpões da DISNEY THEATRICAL, quando não estão em uso nos EUA ou ao redor do mundo. Para facilitar o transporte, os cenários costumam ser feitos em escala menor do que na Broadway. Teatros não tão grandes são alugados durante a tour e eles nem sempre suportam castelos de cinco metros de altura, efeitos pirotécnicos, plataformas de luzes gigantescas e etc. De 1995 até 2003, três elencos diferentes fizeram três tours pelos  EUA. Mais de 5 milhões de pessoas assistiram ao espetáculo em mais de 90 cidades. Muitos estudos são feitos para escolher as cidades onde o musical vai ser apresentado.

Milhões são gastos no transporte, no aluguel de teatros, na hospedagem do elenco e dos técnicos, na alimentação e etc. O lucro deve ser triplicado ou quadruplicado para que o projeto seja dado como lucrativo. Para “Beauty and the Beast” não foi problema, sendo que durante sete anos, foram vendidos mais de 700 milhões de dólares em ingressos apenas nas tours. O musical agora já começou sua quarta tour em Fevereiro de 2010, depois de quase três anos sem ser apresentado oficialmente nos EUA, após sair da Broadway. “The Lion King” teve sua primeira tour em 2002 e ela roda pelos EUA até hoje. “Aida” quando estreou na Broadway, teve todo seu cenário e peças construidas novamente para a produção.

Tudo o que era usado na produção de Chicago, antes de chegar em Nova York, foi rapidamente utilizado na primeira tour do musical, que começou alguns meses após a estréia em NY. Ela ficou em torno de um ano rodando pelo país até que o público em NY começou a diminuir em certos dias, principalmente durante a semana. A causa talvez fosse a tour que era feita ao mesmo tempo. Pessoas assistindo em outros estados e deixando de assistir em NY, preferindo produções em cartaz apenas por lá. A tour foi fechada e o público aumentou um pouco. Em 2002, quando já se sabia que “Aida” não passaria de 2004 na Broadway, a tour voltou para a estrada, terminando em 2006.

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Na terceira parte do especial DISNEY ON BOADWAY, você vai conhecer mais sobre os musicias “Mary Poppins”, “Tarzan”, “The Little  Mermaid” (A Pequena Sereia) e fazer uma retrospectiva dos musicais da Disney aqui no Brasil.

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Clique aqui e confira as demais partes deste especial!

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Escrito por Nicolas Marlon