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Divertida Mente | Crítica Fã para Fã

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Divertida Mente, o novo filme do Pixar Animation Studios e dirigido por Pete Docter, de Monstros S.A. (2001) e UP: Altas Aventuras (2009), teve sua primeira exibição em Cannes na última semana e a resposta do público foi espetacular, todos aplaudiram de pé e há quem diga que este é o melhor filme do estúdio. Para concordar ou discordar com a opinião, a equipe do O Camundongo foi convidada a assistir a esse novo sucesso.

Antes de começar a contar sobre o filme, gostaria de explicar o porquê os críticos estão tão surpresos com o longa-metragem. Assim como o Walt Disney Animation Studios, a Pixar teve seus bons e maus momentos. Podemos dizer que a qualidade dos filmes começaram a cair logo após de Toy Story 3 (2010), não desmerecendo Carros 2 (2011), Valente (2012) e Universidade Monstros (2013), mas não são filmes que você enxerga a essência dos sentimentos e valores apresentados nos projetos anteriores. Com Divertida Mente essas características voltam com força e de uma forma emocionante.

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Para quem não sabe, Divertida Mente conta como as emoções Alegria (voz original de Amy Poehler), Tristeza (voz original de Phyllis Smith), Medo (voz original de Bill Hader), Raiva (voz original de Lewis Black) e Nojinho (voz original de Mindy Kaling) controlam as ações de Riley, uma menina de onze anos. Após se mudar de Minessota para São Francisco, devido ao emprego de seu pai, Riley terá que se adaptar à nova casa e à nova escola, e quem tomará conta para que tudo saia perfeito são suas emoções, que se encontram no centro de controle de sua cabeça.

Bom, vamos por partes. Darei minha opinião dividida em: história, personagens, direção de arte e trilha sonora. O enredo do filme é muito bom, a história contém aspectos da psicanálise que foram muito bem adaptados para uma linguagem mais informal e própria para o público. Acredito que não houve falhas de roteiro, pois todo o processo foi bem explicado e a temporalidade também foi essencial para que tudo funcionasse. Sabe aqueles doze minutos iniciais de UP: Altas Aventuras? Pete Docter conseguiu passar a mesma sensação de começo, meio e fim com Divertida Mente. E quando digo isso, incluo a sacanagem que a Pixar faz de criar cenas que são quase inevitáveis de chorar.

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Partindo para os personagens que, por se tratarem de emoções, são muito bem trabalhados e cada um possui sua particularidade que traz graciosidade ao filme. A combinação de cores entre eles faz o longa-metragem ser não somente bonito em questão de valores, mas graficamente também. Os personagens de Riley e seus pais não são muito elaborados, mas possuem o desenvolvimento certo, sem exageros e singelo, afinal, o foco é na mente da jovem moça.

Sobre a direção de arte, fiquei sem palavras. Realmente, o estúdio pensa em todos os detalhes. É paleta de cores combinando com as emoções da jovem Riley, que combinam com o momento vivido dentro do centro de controle em sua cabeça. As cores são o aspecto principal no filme. Quem tiver interesse, vale a pena dar uma olhada sobre cromaterapia, pois ajuda a entender bastante sobre a utilização das cores utilizadas no filme. Devo admitir que meu eu interior já está desejando o artbook desse filme.

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Agora, a trilha sonora foi feita por ninguém menos que Michael Giacchino (UP: Altas Aventuras). Preciso dizer mais alguma coisa? A música tema do filme vai ficar levemente gravada na sua cabeça e você vai ficar com vontade de ver o filme e escutar a trilha sonora várias e várias vezes. Aproveite, porque a sensação é maravilhosa.

Bom, como vocês podem perceber, eu amei o filme e não foi à toa. Por se tratar de um assunto tão sensível como as emoções, a Pixar conseguiu desenvolver uma forma maravilhosa de trabalhar esse assunto. É a junção perfeita de animação, simplicidade e um toque de nostalgia. Volte a sentir o que é ter onze anos de idade novamente e desfrute de todas as emoções possíveis. Eu espero que vocês consigam captar a essência e os valores transmitidos, a exemplo da necessidade do equilíbrio entre as emoções e da simplicidade que é deixar transparecer seus sentimentos e jamais escondê-los.

INSIDE OUT

Por fim, não posso deixar do comentar sobre o curta Lava que é absurdamente adorável. Conta a história de um vulcão que deseja encontrar um vulcão fêmea para chamar de sua. O curta é basicamente cantado em um ritmo bem havaiano, que faz lembrar um pouco de Lilo & Stitch (2002). Espero que gostem!

Ah! E para aquecer vocês para o filme, deixo aqui uma pergunta: “Quais momentos da sua vida fizeram de você a pessoa que é hoje?”. Apenas pensem nisso e depois que assistirem o filme, vão entender do que estou falando. E aí, o que acharam? Estão mais ansiosos? O que vocês esperam do filme? Contem nos comentários!

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Escrito por Catarina

Colecionadora de tsum tsums, seu filme favorito da Disney varia de acordo com o humor. Apaixonada pelas trilhas sonoras da Disney e o mascote do site é o seu maior xodó gráfico.