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Clássicos na Crítica | A Bela Adormecida

 

 

 

 



 

Não há quem não tenha o seu Clássico predileto! Aquele que de todas as produções realizadas por um estúdio ou um gênero específico se destaca dentre todos os demais e receba um lugar garantido em nossos corações, desde os tempos de infância até a maturidade definitiva. Em relação aos Clássicos Disney creio que a grande maioria tenha como seus “xodós” “A Bela e a Fera” ou “O Rei Leão” (ou outra das grandes produções lançadas nos anos áureos da década de 90). De minha parte, embora goste muito destes últimos e de vários outros, o longa metragem no qual sempre tive apego e muita afeição foi (e pelo visto sempre será) “A Bela Adormecida” (“Sleeping Beauty”, lançado originalmente em 1959), para mim uma das maiores produções animadas de todos os tempos!

O nosso reino vai comemorar,

Dando festas e presentes à herdeira do trono real!

Salve a nossa princesa!

Salve a princesa Aurora!

Viva o rei! O nosso rei!

Salve a nossa rainha!

Salve a princesa, salve a princesa, salve a princesa Aurora!

 

 

“A Bela Adormecida” é fruto da adaptação do famoso conto de fadas “A Bela Adormecida no Bosque” (no caso, a Disney adaptou a versão publicada pelo francês Charles Perrault) e conta a história da bela princesa Aurora (“de cabelos da luz do sol e lábios rubros de rosa”) que em sua festa de batizado acaba sendo vítima de uma terrível maldição proferida por Malévola, a rainha do Mal. Indignada por não ter sido convidada à festa ela assim o prediz:

“Antes do pôr-do-sol, no seu 16º aniversário, ela picará o dedo no fuso de uma roca e morrerá!”

Contudo, as três boas fadas, Flora, Fauna e Primavera conseguem amenizar a terrível praga, no qual a princesa…

“Se num desumano malefício, num fuso picar seu dedo, como presente de bondade anularemos a maldade. A morte não a levará, e você adormecerá e de seu sono sairá. Um beijo doce a despertará.”

Mesmo assim, receosas por sua afilhada, as fadas decidem levá-la para bem longe, no meio da floresta num chalé abandonado, criando-a como uma camponesa para livrá-la das garras de Malévola. Infelizmente, mesmo com todos as precauções tomadas, por um descuido da sorte a maldição se cumpre e agora apenas o valoroso príncipe Filipe poderá salvar a jovem Aurora do sono eterno, e para isso ele terá de enfrentar todos os obstáculos presentes na estrada do amor verdadeiro!

“A Bela Adormecida” é sem dúvidas uma das maiores realizações obtidas pela Disney em um longa de animação! Tal como uma grande amigo meu já disse, um dos seus grandes méritos é conseguir reunir todo o encanto e carisma presentes em filmes como “Cinderela”,por exemplo, com a sofisticação erudita, técnica e artística vista em produções como “Fantasia”, da maneira mais harmoniosa e deliciosa possível! O longa possui diversos atributos que proporcionariam textos e mais textos (principalmente se criados por um fã de carteirinha do mesmo), portanto falarei apenas sobre alguns pontos que considero mais relevantes para esta “avaliação”.

 

Trailer do lançamento original de 1959:

 

Começando pela trama, tal como já li em várias críticas, “A Bela Adormecida” pode ser considerado uma verdadeira reunião de vários elementos típicos presentes nos contos de fadas, tais como princesas amaldiçoadas, combates mortais, castelos, reis, fadas, dragões, entre outros, sendo que estamos falando de um conto mundialmente conhecido, o que somado a tantos clichês pode tornar a história um tanto quanto previsível. Mas ao mesmo tempo é aí que está um ponto forte do filme: conseguir reunir elementos tão familiares em uma história leve e divertida que apesar de tudo, consegue sim prender a nossa atenção e nos deixar verdadeiramente encantados, tamanha a magia e graciosidade presentes. Não é algo exatamente épico ou intricado como outras produções da casa, mas sim um longa mais tranquilo e perfeito para mergulhar-se num mundo medieval repleto de coisas fantásticas!

Na verdade, creio eu que “A Bela Adormecida” foi o primeiro conto de fadas em que a Disney tomou maiores liberdades em relação ao conto original (pois mesmo tendo suas alterações particulares, tanto “Branca de Neve e os Sete Anões” quanto “Cinderela” são bem mais fiéis em relação às versões de Grimm e Perrault, respectivamente, adaptadas pelo estúdio). Aqui vemos algo mais bem elaborado, como os encontros e desencontros entre o casal protagonista ou a luta contra as forças do mal no clímax, ambos não presentes na história de Perrault, fora outros detalhes como o número de fadas (de doze foi reduzido para apenas três), a vilã que no real conto nada mais era do que uma fada velha e ranzinza que todos julgavam estar definhando numa torre qualquer, mas que na verdade aparece do nada no meio da festa e nem um pouco satisfeita (tanto ela como Malévola devem ser pessoas bem estouradas para rogarem uma maldição dessas contra um pobre bebê só por causa de um mero convite), ou ao tempo de sono da princesa que originalmente dorme não um ou dois, mas cem anos completos, para só depois ser despertada por um príncipe que ouve a lenda da donzela adormecida de um velhote do antigo reino (embora no filme haja uma referência aos cem anos quando Malévola diz: “E os anos passam… Mas o que são cem anos para quem ama de verdade?”).

 

 

Honestamente, para mim a versão Disney sempre foi mais coerente, já que mesmo sendo uma história da Carochinha é difícil acreditar que uma pessoa permanece a mesma, mesmo tendo dormido durante um século inteiro (Aurora dorme praticamente uma noite apenas…. ).De fato aí é que esta a grande diferença entre a versão Disney e a original: esta última dá um maior enfoque à questão do tempo, de a paciência ser uma virtude já que a princesa uma hora ou outra terá de acordar! Já a da casa do Mickey enfoca mais essa luta entre o bem e o mal; Filipe é o único que pode despertar Aurora e caso não consiga derrotar as forças maléficas ela está fadada a permanecer adormecida para todo o sempre (algo realmente assustador, já que de um ponto de vista prático é como se a princesa estivesse morta…).

“A Bela Adormecida” também nos presenteia com personagens deveras carismáticos e sequências incríveis (e realmente memoráveis!), a começar pela abertura com a festa de batizado que se destaca em relação à riqueza dos cenários e o realismo fascinante da animação, mas principalmente pelos belíssimos efeitos especiais vistos nas horas das bençãos, no caso os “fantasmas” (não achei um termo melhor) das rosas, pássaros e estrelas, todos sublimes (incrível para os limites da época), e entoados pelo belíssimo coro de fundo (me lembro de já ter até vertido uma ou duas lágrimas em certas sessões, de tão belo que é), fora que somos apresentados perfeitamente à toda a história e a quatro importantes personagens: as três boas fadas e Malévola.

 

 

Flora, Fauna e Primavera são verdadeiramente encantadoras, é impossível não ser cativado por cada uma delas, no meu caso especialmente por Primavera cujo temperamento mais estourado e extrovertido sempre me faz cair nas risadas (seja pelas suas reboladinhas quando está nervosa ou ao dizer “Uma fogueira não está na Malévola” ou “Eu podia transformá-la num sapo capenga!”). Este trio de irmãs de fato rende cenas realmente impagáveis, como por exemplo a eterna briga pelo azul e rosa (prefiro o azul!) ou o verdadeiro desastre que se torna a surpresa de aniversário de Aurora, mas além disso elas praticamente conduzem a história toda. São elas que tomam as ações decisivas e representam efetivamente as forças do bem, tamanho o empenho que tomam em proteger a sua querida afilhada (a qual a chamam de Rosa), a ponto de deixarem as suas diferenças de lado (falando especialmente de Flora e Primavera). Também ressalto o quanto a animação delas é fantástica, seja pelos movimentos limitados pela gravidade (como no balé de Primavera com o esfregão por exemplo) ou a fluidez de seus voos, fora o efeito do pó mágico das varinhas, perfeito!

Malévola sem dúvidas é um dos pontos mais fortes de todo o filme. O que eu mais gosto nela é o fato de não ser a típica vilã feia e coroca dos contos infantis, mas por possuir uma beleza própria, fria e elegante respeitando a sua majestade (assim como os seus movimentos, todos graciosos, contidos e exatos). De fato, mesmo sendo uma história já conhecida e tudo o mais, nos preocupamos com o que ela é capaz de fazer, pois Malévola nada mais é do que a rainha de todo o Mal, ou seja, praticamente um demônio em forma de mulher que não mede esforços para que sua maldição seja enfim cumprida e que para tal objetivo conta com a ajuda de um corvo de estimação (não sabe o quanto eu odeio esse bicho irritante!). O curioso é que já vi muitas pessoas dizerem que tinham medo dela (principalmente na cena do dragão), mas eu nunca tive…

 

Trailer do relançamento de 1995:

 

Outra cena de destaque é a famosa “Sequência nº8”, a primeira trabalhada na produção do filme, onde vemos Aurora e Filipe encontrando-se e apaixonando-se um pelo outro. É realmente um dos pontos mais altos de todo o longa por ser algo realmente magnífico! Os cenários da floresta são perfeitos, trazendo uma perspectiva e um realismo de brilhar os olhos mais um grande número de detalhes e texturas e de belíssimos planos que a câmera realiza, tais como a visão geral do reino ou da princesa caminhando entre as sombras das gigantescas árvores! A cena por si só  já é encantadora, sempre dou risadas com os animais da floresta animando Aurora ao se fantasiarem de príncipe para culminar no encontro definitivo entre os dois. Creio que para muitos seja um tanto quanto estranho o modo como Aurora e Filipe instantaneamente já ficam apaixonados (engraçado que quando eu era criança achava isso tão normal…), talvez isso se explique pelo fato do filme ser de uma época diferente onde o romantismo estava mais em voga do que hoje em dia, o que talvez o torne para alguns meio datado, embora o resultado final seja uma cena adorável com direito à belas e apaixonadas valsas  num misterioso bosque ao som de uma das famosas e eternas melodias de Tchaikovski (no filme “musicada” e intitulada “Once Upon a Dream”), e tudo somado à, novamente, uma animação incrível com movimentos convincentes, fluídos, graciosos, elegantes! Não tem como ser mais perfeito!

Além disso, essa é uma das poucas cenas onde o longa dá maior atenção à sua real protagonista, Aurora que ironicamente, apesar de ser o centro de toda a trama, acaba tendo poucas sequências de destaque. Aqui podemos ver o quanto ela é uma jovem romântica, que sonha com o seu príncipe encantado (como está explicito na canção “I Wonder”) , embora aparentemente apresente uma maior maturidade (“Oh Deus, por que me tratam como uma criança?…”). Seria bom se o filme apresentasse mais cenas onde pudéssemos conhecê-la um pouco melhor, já que Aurora é um verdadeiro encanto! Para mim, é a mais bela de todas as princesas Disney (parece uma jovem de carne e osso quando Malévola a mostra “sonhando com o seu amor” na mais alta torre do castelo, um anjo!) e mesmo sendo criada como uma camponesa ela possui muito daquela graciosidade e delicadeza típica das princesas de contos infantis, seja pelo seu modo doce de falar e agir ou por seus movimentos delicados e minuciosamente calculados e executados (não é à toa que ela e Malévola foram animadas pelo mesmo profissional, no caso Marc Davis).

 

Aonde?…

Aonde?…

Aonde eu irei encontrar esse alguém

que um dia me encontre…

e que meu amor seja um só?….

 

Também somos apresentados a Filipe, cujo maior mérito é ser o primeiro príncipe da Disney (humano) a ter uma participação bem mais efetiva na história (porque convenhamos, os respectivos esposos de Cinderela e Branca de Neve, são bastante “apagados”, já que naquela época os animadores tinham uma maior dificuldade em animar um personagem masculino não caricato)! Gosto bastante do modo decidido e conquistador dele, se tornando o típico príncipe galante e corajoso mas cujo charme sempre conquista a todos. Ele e Aurora formam um casal lindo e as cenas em que estão juntos são sempre uma das melhores! Só é uma pena que apareçam tão pouco….

Prosseguindo, também aprecio e muito a sequência em que a maldição finalmente se cumpre. É claro, se o título é “A Bela Adormecida”, é lógico que uma hora ou outra ela vai ter de cair no sono, mas do mesmo jeito essa parte do filme não deixa de possuir um certo clima mais tenso e até mesmo com um pouco de suspense. É arrepiante o modo como Aurora é hipnotizada e começa a subir as escadas lentamente entre as sombras ao meio dos gritos das fadas desesperadas (confesso que eu tinha medo dessa cena quando criança), fora a musiquinha de fundo (se repararem no início há uma vozinha que chama “Aurooooraaa….”) cujo ritmo vai se tornando cada vez mais rápido e ágil cada vez em que ela se aproxima mais e mais do fuso da roca até o definitivo: “Toque no fuso! OBEDEÇA-ME!!!!” (PÃÃÃÃÃÃ!!!!).

 

Mais à frente temos enfim a conclusão final da história, com um dos melhores climaxes já vistos em um Clássico Disney! O ritmo da cena chega a tirar completamente o fôlego, tamanho o número de obstáculos e lutas (com direito a sangue e belas metáforas, como por exemplo o uso do escudo da virtude e a espada da verdade para enfrentar todos os perigos da estrada do amor verdadeiro). O que acho mais relevante por aqui são os ótimos efeitos especiais, seja o pó mágico das varinhas, os raios, o crescimento do espinheiro e a fantástica transformação de Malévola num gigantesco dragão, efetuada da maneira mais impecável possível, incrível para uma época onde nem se sonhava com animação computadorizada (sim, tudo isso foi feito Á MÃO!); uma das coisas mais interessantes nessa parte é o modo como os trajes dela se encaixam perfeitamente na figura do monstruoso réptil, parecendo que tal figurino já havia sido planejado para essa finalidade desde o início! A trilha sonora também ajuda e muito no ritmo da cena, dando aquele ar mais tenso e ágil, tal como no primeiro ataque do dragão com o “pãpãpãpãpãpãpãpãpãpãpãpãpãpãPãPãPãPãPãPãPãPÃPÃPÃPÃPÃPÃPÃPÃPÃPÃPÃPÃ BUUUUUM!!!!”. Tudo chega a ser loucamente contagiante, a ponto do mais louco dos fãs gritar o “AGORA SE VERÁ COMIGO OH PRÍNCIPE E COM TODOS OS PODERES DO MAL!” ou o definitivo “ESPADA DA VERDADE VÁ E ACERTA O DESTINO! QUE O MAL CAIA E O BEM TRIUNFE!”! Mas o melhor mesmo é o despertar! É lindo! A música de fundo, o pequeno suspense quando ele finalmente chega no quarto, a vê, inclina-se e enfim a beija…. e de repente a palheta de cores muda, ela acorda e dá aquele sorriso lento e encantador! Acho que nenhuma outra animação me faz despertar tantos sentimentos eufóricos para em  seguida  me deixar verdadeiramente nas nuvens!

Trailer do 2º lançamento em VHS (o melhor de todos!!!):

Também não posso deixar de comentar sobre o impecável visual de “A Bela Adormecida”! Sem sombra de dúvidas, o filme possui os melhores cenários já vistos em um animado da Disney! Tal como já disse, todos estes possuem um sem par de detalhes e texturas, todos minuciosamente trabalhados (desde as ricas tapeçarias vistas no castelo de rei Estevão até o menor dos gravetos presentes na floresta), sem falar do modo como cada um consegue nos transportar para este mundo medieval tão requintado e pomposo, devido às influências góticas e renascentistas mescladas no estilo próprio do grande Eyvind Earle (responsável por todo o visual da produção)! Os efeitos de profundidade, como nos cortejos reais, no bosque ou na Montanha Proibida também são magníficos (se tem algo que gosto muito é esse efeito de perspectiva, e as produções do estúdio são um prato cheio!), assim como vários dos planos efetuados pela câmera! O resultado acaba sendo tal qual Walt Disney desejava, cada frame do longa é como se fosse uma verdadeira obra de arte, inclusive aproveitando ao máximo todos os recursos do widescreen (se não me engano esta é a primeira animação do estúdio a ser produzida nesse formato, na época filmado em bitola 70mm). Creio que “A Bela Adormecida” é um dos filmes que mais se aproveita deste formato, pois a ação se dá em todos os cantos da tela, uma verdadeira proeza da antiga equipe de animação que tinha de animar as personagens principais em meio a esses cenários deveras requintados (e trabalhosos) e, em algumas cenas, uma quantidade exorbitante de coadjuvantes somado a todos aqueles efeitos especiais e cálculos de animação e tudo em folhas de papel com a  extensão de um lençol (não é à toa que o longa demorou quase dez anos para ser produzido e, consequentemente, custou os olhos da cara)! E repito: TUDO FEITO À MÃO!

A trilha sonora é outro elemento de destaque pertencente ao filme, no caso ela é fruto da adaptação de algumas das composições presentes no famoso  ballet “A Bela Adormecida” do ilustríssimo compositor russo Piotr Ilich Tchaikovsky (cujas músicas também foram usadas no Clássico “Fantasia”, no segmento da “Suíte  do Quebra Nozes”, vindas do ballet “O Quebra Nozes”). Por ironia da sorte, Tchaikovski é o meu compositor predileto de todos os tempos (um dos meus grandes sonhos é poder assistir um dia ao vivo e em cores um dos seus ballets, especialmente “O Lago dos Cisnes”); suas criações são dotadas de um carisma fascinante possuindo ao mesmo tempo um arco dramático e psicológico bastante complexo (me identifico muito com elas, embora eu não saiba exatamente com o quê…) e Walt Disney não poderia ter escolhido melhor! Parece que Tchaikovski compôs especialmente para esse filme, tamanho o modo como as músicas combinam adequadamente com o ritmo das sequências e o estilo das personagens e, tal como já comentado, sincronizam perfeitamente com cada ação presente na tela. É belíssimo como elas conseguem proporcionar uma maior emoção e intensidade às cenas românticas, cômicas ou de maior ação! Embora tenha uma participação mais efetiva de instrumentais (todos encantadores), as canções propriamente cantadas também chamam a atenção como a eterna “Once Upon a Dream”, tema de Aurora e Filipe (deve ser uma das valsas mais famosas de todo o mundo) ou a doce “Sleeping Beauty” entoada quando as fadas põem todos do castelo a dormir. Particularmente, gosto muito desta última (embora também seja fã de “Once Upon a Dream”) mais o belíssimo instrumental entoado na cena do despertar! Enfim, uma sessão auditiva maravilhosa e única (por sinal também devo elogiar o trabalho de George Bruns, responsável pela adaptação do ballet. Embora nunca tenha ouvido a trilha sonora original, creio que não deve ter sido um trabalho muito fácil, mas o resultado final de fato é majestoso!)!

 

 

E para finalizar, não posso deixar de falar do elenco de dublagem. Tanto a versão original quanto a nacional são ótimas, por sua vez igualmente combinando com as personagens e canções. Por ter crescido vendo o filme dublado acabei apegando-me mais a essa versão e sou louco por ela, especialmente em relação aos desempenhos de Maria Alice Barreto (que também já dublou Branca de Neve e Prenda) e Norma Maria responsáveis pelos diálogos e canções de Aurora, respectivamente, e de Heloísa Helena, atriz responsável pelo “r” arrastado e as falas imponentes de Malévola (sendo que também amo o “mIlhor rosa” das fadas!). Por sinal, as intérpretes da princesa e da rainha do Mal também são as interpretações mais relevantes da dublagem original, no caso a cantora de ópera Mary Costa, com seu tom de voz suave e doce, e a voz imponente de Eleanor Audley (que por sinal também dublou outra grande vilã da Disney, Lady Tremaine, a madrasta de Cinderela). No geral, o elenco, tanto nacional quanto norte-americano, é composto de ótimas “atuações”, todas adequando-se muito bem ao estilo de cada personagem.

Talvez eu esteja exagerando com tantos elogios, mas o fato é que para mim “A Bela Adormecida” é um Clássico eterno, emocionante, impecável, belo, harmonioso e sublime! Um verdadeiro conto de fadas que sempre terá um lugar reservado em meu coração e que sempre será o meu favorito de todos! Recentemente o vi em alta definição no Blu-ray e posso dizer que está mais bonito e majestoso do que nunca! Outro grande sonho meu é poder vê-lo um dia nos cinemas! Mas quem sabe? Segundo certas princesas adormecidas: “Dizem que quando se sonha muitas vezes com uma mesma coisa, essa coisa acaba acontecendo…”

E não poderia despedir-me senão com ela:

Foi você o sonho bonito que eu sonhei!

Foi você! Eu lembro tão bem você na linda visão

que me fez sentir que o meu amor nasceu então!

E aqui está você, somente você!

A mesma visão, aquela do sonho que eu sonhei!

 

 

Fique de olho para os próximos especiais dos “Clássicos na Crítica“!


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Escrito por Luís Fernando

"Tupi or not tupi! That is the question..."