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Carros 2 | Especial: Viagem pelo Mundo

 

A Turma de Radiator Springs embarca em uma Aventura Mundial ao Japão, Itália, França e Reino Unido

Quando Carros chegou aos cinemas em 2006, o público se apaixonou por Radiator Springs – seu charme, simplicidade e magia de cidade pequena parecia encantar todos que a conheciam. Ela é, de fato, a cidadezinha mais linda do Condado Carburetor. Isso de acordo com o reboque-chefe da cidade – e Mate sabe muito bem esse tipo de coisa.

Mas quando chegou o momento de revisitar a turma de Radiator Springs, os cineastas se perguntaram como esses carismáticos personagens se sairiam fora da segurança de seu lar. Mas onde?

Onde mais, no mundo todo, é claro.

“Onde quer que você vá no nosso mundo”, diz o diretor John Lasseter, ‘podemos ir no mundo de Carros’.”

“E isso é muito legal”, diz Lasseter. “Se você observar os três filmes Toy Story, há temas muito diferentes um do outro, mas todos acontecem no quarto de Andy e no mundo dos brinquedos. O que há de tão diferente neste filme é que o mundo de Carros 2 é verdadeiramente tão grande quanto o mundo em que vivemos.”

Na verdade, foi durante a turnê de divulgação de Carros que o diretor imaginou pela primeira vez seu elenco de carros em um cenário mundial. Lasseter conta que imaginou a confusão de locais internacionais como Tóquio e Paris e, rindo internamente, pensou: “O que Mate faria?” “A história de Carros 2 teve início com a ideia de levar Relâmpago McQueen e Mate para o exterior”, conta Lasseter. “Relâmpago McQueen é convidado para competir no Grand Prix Mundial ao lado dos mais velozes carros de corrida do mundo, em três lugares fantásticos: Japão, Itália e Reino Unido. É claro que Mate, que nunca saiu de Radiator Springs, sente-se como um peixe fora d’água nessas culturas diversas, o que proporciona momentos cômicos hilários.”

 


Uma aventura mundial como Carros 2 apresenta uma gama de desafios. De acordo com a produtora Denise Ream, como uma sequência, o filme já tinha um começo uma vez que muitos personagens importantes e o mundo em que eles viviam já haviam sido apresentados em Carros. “Chegar em Carros 2, diz Ream, “sabendo que já havia um modelo, foi algo que ajudou muito. Entretanto, nós ampliamos esse mundo para apresentar todos esses lugares internacionais, então o visual pode já ter sido estabelecido, mas houve muita coisa acrescentada. Isso foi o maior desafio, incorporar todas as locações dinâmicas – quase o dobro das locações de qualquer outro filme que a Pixar já fez.”

“Você tem que reinventar os mundos”, acrescenta o codiretor Brad Lewis. “Você tem que ‘car-rificar’ cada prédio ao fundo, cada adereço e personagem para trazê-los ao mundo de Carros. E tudo isso faz parte de um filme episódico com comédia e emoção. Eu me lembro de quando estávamos fazendo as primeiras apresentações à equipe que seria responsável por grande parte do desenho e escopo do filme – as pessoas ficaram com uma expressão no rosto tipo ‘você só pode estar brincando!’.”

Mas os artistas e os narradores do estúdio Pixar Animation estavam à altura do desafio. A primeira etapa foi pesquisar e a equipe é apaixonada por pesquisa – especialmente quando ela implica viajar a locais exóticos internacionais e aprender o máximo possível sobre a cultura do lugar. Eles exploraram cidades na Europa e no Japão para sedimentar detalhes da trama e garantir autenticidade ao visual dos cenários internacionais.

 

 

Vários membros da equipe de produção de Carros 2 partiram em uma turnê pela Europa em maio de 2009, visitando o maior número de cidades possível, incluindo dois dias em Londres.

Os cineastas anotaram a paleta de cores de cada país, diz o desenhista de produção Harley Jessup. “Na verdade, nós usamos céus cinzentos e esculturas em pedra de Londres como contraponto às cores brilhantes dos carros e do vermelho vivo dos ônibus de dois andares e das cabines telefônicas. Há muitos tons vermelhos e azuis em Londres.”

A visita incluiu paradas na Scotland Yard, no Parlamento, no Big Ben, na Westminster Abbey e na London Eye, mas Jay Shuster, diretor de arte de personagem, passou bastante tempo nas esquinas. “Numa certa manhã, eu estava parado em uma esquina em Londres filmando os carros que via, incluindo caminhões e ônibus, só para tentar capturar o sabor daquele ambiente.”

As observações de Shuster permitiram que a equipe povoasse os lugares com tipos específicos de veículos que se encontraria lá. “Espécies nativas”, como ele chama.

Os artistas se divertiram “car-rificando” alguns monumentos em cada uma das cidades que o filme explora. Jessup explica: “Nós usamos modelos de carros e motivos do final dos anos 1800 e início de 1900 e usamos suas características e detalhes para decorar os antigos monumentos e ícones de cada cidade”.

Por exemplo, na Londres de Carros 2”, o domo da Catedral de St. Paul tem a forma de um motor de carro. Uma das transformações favoritas da equipe é o Big Ben – apropriadamente chamado de Big Bentley em Carros 2. “Este é, provavelmente, o melhor exemplo da adaptação perfeita de um monumento em nosso mundo”, diz Jessup, que conseguiu fazer uma rara turnê dentro do Big Ben. “O Big Bentley tem um papel crucial na história. Para que ele se encaixasse no mundo de Carros, nós o aumentamos cerca de 250 por cento – até os mecanismos que, na verdade, caberiam em uma sala de reunião – foram aumentados em pelo menos 50 vezes o tamanho normal.” A paisagem “car-rificada” também mostra as grades e os ornamentos do Bentley.

De acordo com Lewis, também havia outro local em Londres que estava na lista de prioridades. “Nós sabíamos que íamos mostrar o Palácio de Buckingham”, diz o codiretor. “Nós sempre pensamos que seria um lugar bonito para fazer uma corrida e se fosse possível colocar a linha de chegada perto da entrada do Palácio de Buckingham, não poderia ser mais majestoso do que isso. John e eu consideramos a ideia de Mate tentar fazer os guardas rirem tão engraçada que tivemos que fazer nossa própria versão para o filme.”

 

 

A imaginação de Lasseter há muito tinha levado Mate para Paris. “Como Mate se comportaria nas enormes rotatórias ao redor do Arco do Triunfo?”, pergunta-se ele. “Sem sinalização e sem marcação na pista.”

O filme apresenta uma montagem de Paris que inclui uma cena do famoso monumento com Mate tentando seguir com o tráfego. Como em Londres, a equipe de produção “car-rificou” o Arco do Triunfo desenhando o topo em forma de um motor e colocando faróis na frente. A montagem também inclui um casal de carros se beijando em uma ponte romântica reminiscente da Ponte das Artes – um local frequentado por Lasseter e sua esposa Nancy sempre que visitam a Cidade do Amor. Lasseter também garantiu que a “garota-carro” fosse desenhada com a cor favorita de sua esposa: lilás.

E, é claro, a Ponte das Artes em Carros 2 foi “car-rificada”, junto com outros monumentos icônicos da cidade – construídos com laminado para automóvel, um tipo de laminado usado em suspensão de carros. O topo da Torre Eiffel em Carros 2 tem a forma de uma vela de ignição europeia dos anos 1930 e a base apresenta características de uma roda cromada francesa. A icônica Catedral Notre Dame de Paris no filme é adornada com 24 estátuas “car-gulas” e arcos no formato de canos de descarga.

Durante a produção, a equipe de Carros 2 também conseguiu explorar showrooms de automóveis na Avenue des Champs-Elysées e visitar o Grand Palais Museum e o Louvre. Eles viram a Bastille Opera e o Musée d’Orsay, e ficaram empolgados de incorporar Les Halles ao filme. Embora o antigo mercado de comida tenha sido demolido nos anos 1970, ele foi reerguido em Carros 2 e transformado em uma feira de autopeças. “E acaba sendo um lugar bastante interessante”, diz Jessup, “um local amplo, com estruturas de ferro fundido, grande o bastante para os carros correrem e há um mercado informal acontecendo lá dentro que é de fato realmente notável.

“Foi muito divertido trabalhar em Paris de novo”, continua Jessup. “Nós estudamos muito a cidade para Ratatouille, então foi divertido estar de volta. Paris é realmente bela.”

 

 

“Quando decidimos que íamos criar uma cidade italiana fictícia”, diz Lewis, “queríamos que fosse a nossa declaração de amor às corridas italianas. As corridas na Itália são uma paixão – nós queríamos capturar essa emoção e essa alma, da bela paisagem costeira à loucura da corrida de Fórmula 1 no principado de Mônaco – e, é claro, Monte Carlo, que tem um grande cassino”.

Para desenvolver a cidade fictícia próxima ao mar de Porto Corsa, na Itália, a equipe de produção de Carros 2 da Pixar visitou locais na costa da Itália e da França – fazendo percursos de carro de Porto Fino, na Itália, a Nice, na França, e verificando a ação durante a corrida em Mônaco.

Porto Fino forneceu muita inspiração para Porto Corsa. “A Riviera italiana é toda de telhados de terracota, com construções pintadas com cores brilhantes e uma bonita pavimentação de pedra com vegetação do Mediterrâneo e bela água azul turquesa”, diz Jessup. A equipe buscou uma sensação e um visual bem vibrantes para a cidade de Porto Corsa, e então incorporou o estilo arquitetônico da Riviera francesa ao ambiente de Porto Fino.

Apropriadamente “car-rificado” com características de carros italianos clássicos, a marina de Porto Corsa tem o formato de uma roda de automóvel, o cassino é construído sobre uma pedra em forma de um Fiat 500 ano 1948 Topolino, e a mesa de dados no cassino tem um dado de pano semelhante aos que se penduram nos espelhos retrovisores dos carros.

“A ‘car-rificação’ desses locais exóticos é como um personagem em si”, diz Lasseter. “Isso adiciona um nível de humor e entretenimento ao filme de uma maneira que os cenários de um filme da Pixar nunca fizeram anteriormente.”

 

 

A aventura no exterior em Carros 2 parte para o Japão e os cineastas estavam empolgados para mostrar as cores vibrantes que iluminam Tóquio durante a noite. “A sinalização em Ginza e as cores superricas eram extraordinárias”, diz Jessup.

Tendo visitado o Japão muitas vezes, Lasseter e Lewis estavam ansiosos para levar os carros para Tóquio. “[Nós pensamos] que se os competidores fossem para Tóquio, eles estariam expostos a uma cultura muito diferente”, diz Lewis. “Relâmpago McQueen e Mate se meteriam em ótimas situações dramáticas na qual Relâmpago poderia ficar à vontade com as luzes e a atenção internacional, mas tudo seria novo para Mate. Ele poderia ficar meio deslumbrado.”

Lasseter acrescenta: “Qualquer um que já tenha estado no Japão e ido a um banheiro japonês sabe que os toaletes tendem a fazer muito mais do que os americanos estão habituados a ver. Nós pensamos: ‘Qual seria a reação de Mate?’ e ‘Como seria um banheiro para um carro?’ Digamos que nos divertimos muito com isso.”

Uma pequena equipe de produção viajou para Tóquio em outubro de 2009 e trouxe a inspiração definitiva para um dos cenários iniciais. Entre os pesquisados estava Sharon Calahan, o diretor de fotografia e iluminação. “Tóquio havia mudado um pouco desde a última vez em que eu tinha estado lá”, diz Calahan, “mas foi muito bom ir a algumas áreas da cidade em que eu não estive antes – lugares diferentes dos visitados normalmente. Isso forneceu um contraste intrigante com a seção maior, mais ousada e mais moderna de néon. Nós conseguimos explorar livremente para realmente nos inspirar. A sequência da festa de abertura [do Grand Prix Mundial] era ambientada em um museu e o National Art Center de Tóquio ficava logo embaixo do nosso hotel. Nós não tínhamos planejado usá-lo como inspiração, mas, quando vimos, pensamos: ‘Uau, olha que prédio bonito’.”

“Ele se prestou muito bem à ‘car-rificação’,” conta Lewis, “era belo e moderno e parecia o lugar certo para ambientarmos a festa que dava início ao Grand Prix Mundial.”

Em Tóquio, a equipe de produção pôde fazer o percurso da corrida do filme. Inspirados pela corrida noturna de Fórmula 1 que acontece nas ruas de Cingapura, Lasseter e Lewis assistiram à filmagem da corrida como referência. “Durante a corrida, você vê uma brilhante luz branca de halógeno pelas pistas”, diz Lewis. “É realmente deslumbrante. John e eu achamos que se pudéssemos pegar o néon de Tóquio e fazer uma corrida noturna com essa luz branca brilhante de halogênio seria uma grande sacada para o filme. É uma grande justaposição a Radiator Springs, a norte-americana definitiva, ter esta luz néon brilhante no centro é o contraste cultural perfeito.”

“Este filme é diferente de Carros em quase todos os aspectos”, diz Lasseter, “mas ainda é uma parte do mundo de Carros. Foi isso que o tornou tão divertido. Os cenários em todo o mundo, o esplendor, o glamour, a elegância dos ambientes europeus e o Japão, o gênero de espionagem, a forma de corrida que eles fazem, o tipo de carros de corrida que estão lá. Tudo é muito legal e foi muito divertido de fazer.”

 

Dirigido por John Lasseter, Carros 2 da Disney•Pixar chega aos cinemas em 24 de junho de 2011 (EUA), e será apresentado em Disney Digital 3D™ e em IMAX® 3D em salas selecionadas.

 

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O astro das pistas de corrida Relâmpago McQueen (voz de Owen Wilson) e o incomparável reboque Mate (voz de Larry the Cable Guy) levam sua amizade para novos e eletrizantes locais em Carros 2 quando partem para o exterior para competir no primeiro Grand Prix Mundial que determinará qual o carro de corrida mais veloz do mundo. Mas a estrada até o campeonato é cheia de perigos, curvas e surpresas hilariantes quando Mate se envolve em uma aventura intrigante de espionagem internacional. Mate se vê dividido entre ajudar Relâmpago McQueen em uma corrida de alto nível e encontrar o fio da meada em uma missão supersecreta orquestrada pelo mestre da espionagem, o superespião britânico Finn McMíssil (voz de Michael Caine) e sua fabulosa espiã em treinamento Holley Caixadibrita (voz de Emily Mortimer). A jornada repleta de ação de Mate o leva em uma explosiva caçada pelas ruas do Japão e da Europa, seguida por seus amigos e assistida por todo o mundo. Acrescentando à diversão acelerada está um elenco de novos carros pitorescos incluindo vilões cruéis e competidores de pistas internacionais.

John Lasseter retorna ao banco do motorista para dirigir a sequência do filme de 2006, vencedor do Globo de Ouro® Carros. Carros 2 é codirigido por Brad Lewis, produtor do vencedor do Oscar® Ratatouille, e produzido pela veterana dos efeitos visuais Denise Ream (produtora associada, Up – Altas Aventuras; produtora executiva de efeitos visuais, Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith). O filme entra nas pistas em 24 de junho de 2011 e será exibido em Disney Digital 3D™ e IMAX® 3D em cinemas selecionados.

 

Escrito por Jonas

O diretor de marketing de O Camundongo iniciou sua aventura virtual com a Disney há mais de seis anos e, desde então, acompanha o crescimento do projeto e se orgulha do que foi e será feito por aqui.